Cachorros?

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Na biblioteca da universidade, Dulce buscava um livro enquanto observava de longe o diálogo de Anahí e Edward, que pareciam não deixar de dar risadas. Ela olhou com tanta atenção que quando foi puxar um livro, ele caiu, junto de uma pilha. Esconjurando ela se pôs a pegar tudo. Quando se reergueu novamente, ficou a centímetros do corpo de Christopher que surgiu basicamente "do nada".

Dulce: Que susto! - retrucou- O que faz ai parado?

Christopher: Ia oferecer ajuda.

Dulce: Não precisa. Eu já juntei tudo - respondeu gesseira- Com licença.

Christopher: Ei! - exclamou se pondo na frente dela impedindo a sua passagem - Calma. Porque a pressa Dulce?

Dulce: Nossa! - disse com expressão irônica - Ele se lembra do meu nome. Que interessante.

Christopher: Porque não lembraria?

Dulce: Não sei, talvez pela sua enorme agenda de "interesses" com vários nomes. Não pensei que o meu seria importante o suficiente para ser lembrado.

Christopher: Porque fala isso? Se estiver se referindo a algo que Maite disse...

Dulce: Espera um pouco... - o repreendeu com um sorriso sarcástico, enquanto reorganizava os livros - Porque ela me diria algo? Não precisa me explicar absolutamente nada Christopher. Não me importa como leva ou deixa de levar a sua vida, como eu acabei de dizer, é sua vida.

Christopher: Eu queria muito sair com você um dia desses Dul. De verdade.

Dulce: Sabe o que eu acho - ela pegou no rosto dele, pondo a mão delicadamente, se aproximando o suficiente para insinuar um beijo, Christopher até fechou os olhos pela sensação das suas respirações próximas. Mas ela pausou - É melhor procurar por outro nome - sussurrou frente a sua boca, e se retirou.

Ele sorriu pela ousadia de Dulce. Ninguém nunca o havia rejeitado daquela forma.

Ela era o que ele queria...

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Maite estava numa grande incógnita. Não sabia se contava a verdade para William ou se mantinha o segredo. Ele sem perceber, falava algo sobre seus pais que quase nunca ficavam em casa, viviam em viagens de negócios com os pais de Christopher e Alfonso.

William: Você nem imagina o quanto ele exige que eu acabe logo o curso, para poder cuidar dos negócios.

Maite: Imagino - respondeu retornando ao presente - E você, quer ir?

William: Só se eu te levar comigo.

Maite: Até lá já vai ter encontrado outra mais bonita e interessante que eu - falou com um fio de desapontamento.

William: Nem em sonho senhorita você vai se livrar de mim assim, fácil - ele a encheu de beijos, proporcionando um momento agradável.

Os dois se levantaram do seu local de encontro, que era na maioria das vezes o pequeno jardim da casa das Portisavirroni, preparados para irem embora... Mas William foi surpreendido por uma sombra negra que se aproximou deles e segurou Maite. Logo o desconhecido vedou a boca dela com o que pareceu um calmante, já que em segundos a anja desmaiou.

Eles a arrastaram para longe. Desesperado gritando por Maite, William tentava se soltar, mas outro o segurava.

O capuz que usavam, impedia a identificação, William era atlético e graças a isso pôde se soltar por alguns segundos... O suficiente para arrancar a roupa de um deles. Mas antes de pensar em algo, ele foi surpreendido pelo que via. Não eram pessoas e sim uma espécie de, cachorro? Do nada após a descoberta eles desapareceram, largando-o no chão e levando a sua namorada junto.

O seu estado de choque o impediu de pensar no que fazer por alguns minutos. Não podia ser. Ele tremia enquanto puxava o celular com as mãos trêmulas, o primeiro número que surgiu foi o de Alfonso.

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Do outro lado... Alfonso estava tentando se concentrar na aula, mas a sua raiva não o deixava prestar atenção em nada. Ver Anahí de conversinha com o cara novo da turma o intrigava "Não era ela que não podia ficar perto de humanos?" Na verdade era dele que ela não podia "seu idiota!" a raiva que sentia por si próprio era consumidora.

Seu telefone tocou, tirando a atenção de todos, inclusive de Anahí, mas ele se virou ignorando-a. A professora de estatística o repreendia pelo toque não estar no silencioso, enquanto ele se afastava da sala para atender o telefonema.

Alfonso: O que foi William? - Do outro lado, mal se pôde ouvir o que ele dizia. Suas palavras eram pela metade. O único que conseguiu compreender foi que Maite tinha sido raptada por monstros. Daquelas irmãs ele podia esperar tudo - Calma, fique onde esta! Eu já estou indo até você. Tudo bem, vou avisar as outras.

Embora fosse uma situação de risco, ele tinha que avisar Anahí, mas aquilo não seria algo muito agradável.

Guardando o celular de volta ele respirou o bastante para se acalmar antes de ter que falar com ela outra vez. E foi o que fez, voltou para a sala e foi em direção a vampira, que paralisou incrédula pela sua proximidade. Ele ignorou o olhar duro de Edward e se fixou apenas nela. No seu ouvido sussurrou o que estava acontecendo. Anahí não disse nada, apenas levantou e deixou tudo de lado correndo para fora.

Edward a seguiu as pressas e Alfonso sentiu uma pontada no peito ao ver a cena, antes de fazer o mesmo. O restante da turma não entendeu nada, só olharam a movimentação dos três.

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