Supernatural Love (Em Revisão)

Momentos divinos

Dulce estava a caminho da casa de Christopher ainda se questionando se era a coisa certa a fazer. Ela podia pedir desculpas no dia seguinte, mas a culpa que estava em seu peito era mais forte. Ela decidiu ir voando, ate lá, além do mais, Christopher já sabia de tudo mesmo. Quando se aproximou da casa, percebeu que só havia uma janela com a luz acesa, decidiu chegar mais perto, cautelosamente, e viu que era a do quarto de Christopher.
Ele estava sentado de olhos fechados, com um violino apoiado em seu queixo. Ele tocava Inverno, das quatro estações de Vivaldi. Sua destreza era impressionante, em nenhum momento sequer ele errou uma nota, pelo menos, ela não havia percebido nada. A melodia invadia os ouvidos e sentidos de Dulce, a fazendo olhá-lo de uma forma diferente. Christopher estava tão entregue aquela canção forte e delicada que nem notou a hora que ela adentrou sua janela, pousando a sua frente. O som dos seus pés indo ao chão foi o que fez ele se despertar do transe, ainda podendo ver de relance as asas dela sumirem. Ele pôs o violino sobre as pernas ainda em silencio

Dulce: Me perdoe por entrar no seu quarto  sem antes avisar... Mas eu precisava vir.
Christopher: Agora sei porque me disse aquelas coisas. Antes eu... – ela o interrompeu.
Dulce: Não precisa explicar. William me contou que não sabia, por isso, vim pedir desculpas pela minha reação descontrolada e impulsiva.
Christopher: Não se preocupe. Você não vai muito com a minha cara, então já se adaptou a me tratar dessa forma. Já entendi Dulce. – ela sentiu uma pontada pelo que ele estava a dizer. Aquilo não era uma verdade completa.
Dulce: Eu não te odeio – falou sorrindo sem graça – Sou só uma pessoa difícil de compreender – ele não a respondeu, apenas continuou a olha-la - A Propósito, você toca muito bem.  Nunca tinha ouvido uma canção tão linda.
Christopher: Gosta de violino?
Dulce: Sim, sou fascinada! Mas nunca levei jeito com instrumentos. – ele pediu que ela sentasse numa cadeira posicionada de frente a cama, e ela sentou.
Christopher não disse mais nada, somente fechou os olhos e se preparou para tocar o violino. Ele tocou para ela, enquanto a mesma o admirava sem cessar.

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Na universidade, Anahí estava perto de pular na porta da biblioteca "isso é um crime!" ela nem se importava. Pois o trabalho e a adrenalina valiam a pena, sua visão foi distraída por uma coruja que passou, a fazendo cair antes do planejado, ao se levantar ela ergueu  a cabeça, dando de cara com Alfonso que a olhou perplexo. Os dois se entreolharam com as respirações por um fio. Ela estava se sentindo tão sufocada frente a ele, que teve que abrir a boca para facilitar o respirar. Eles ficaram assim por longos segundos. Eles quase encostaram seus lábios durante a tragédia, mas Anahí se afastou e ele a puxou de volta com força fazendo-a regressar.
Alfonso: O que faz aqui?
Anahí: Pergunto o mesmo.
Alfonso: Perguntei primeiro Anahí.
Anahí: Não devo explicações a você.
Alfonso: Você está namorando aquele cara não é? Gosta dele? – ele nem sequer se importou em esconder seu ciúme. Aquilo fez a vampira estremecer correspondida.
Anahí: Ouviu o que eu acabei de dizer sobre dar explicações? – ele não a soltou, mas Anahí se afastou – Preciso pegar um livro urgente. - ela fez menção de subir a escada da biblioteca, mas Alfonso a puxou novamente, só que desta vez, segurando seu rosto com força para que não escapasse do beijo. Ele nem precisava. Anahí também queria seus lábios, tanto quanto ele os dela. Os dois se corresponderam ansiosos, até que seu ar faltou e aos poucos eles e soltaram.

Anahí: O que pensa que está fazendo... – reclamou ainda com os olhos entre abertos de puro êxtase.
Alfonso: Não sei... Fui impulsivo – Alfonso colocava as mãos na cabeça não acreditando no que tinha feito - Eu não... Só vim buscar o mesmo livro que você, antes que diga que te sigo. Mas não... Nem o quero mais.

Alfonso correu, deixando Anahí sozinha, olhando a imagem dele se afastar.

Ela mal podia conter a respiração desordenada.