Quando as mãos de Edward percorreram as pernas de Anahí que já se encontrava em total estado de desfalecimento entregue aqueles toques, as lembranças de outra mão vieram na cabeça da vampira. Ela abriu os olhos tentando se situar e como num passe de mágica toda a atmosfera pareceu cair sobre seus pés.
Alfonso estava na sua frente, mostrando um sorriso satisfeito enquanto se aproximava para dar um beijo suave nela e continuar acariciando suas coxas. A mente da vampira projetou o seu objeto de desejo. Ela tornou a fechar os olhos, mas assim que os reabriu novamente, despertou do transe vendo que era Edward quem a beijava.
Anahí se afastou assustada saindo debaixo dele imediatamente, segurando o rosto com as mãos.
Edward: O que aconteceu? – ela podia sentir a voz do namorado carreada de indignação e dúvida.
Anahí: Sinto muito, mas não posso... – seus olhos conturbados deixaram Edward mais confuso ainda, de joelhos sobre a cama.
Edward: Nós namoramos a meses suficientes para acontecer algo assim. Não pensei que não quisesse o mesmo.
Ela olhou envergonhada. Edward não tinha culpa dos sentimentos que o humano lhe despertava. Por mais que a vampira quisesse, não podia esquecer Alfonso, não conseguia. Ele foi o ultimo a tocá-la.
Respirando fundo, Anahí se desculpou outra vez, saindo às pressas de lá. Ele não quis segui-la, mesmo sendo mais veloz resolveu deixa-la ir.
O corpo dele vibrava rancorosamente por no fundo não querer acreditar nos vários possíveis motivos que passavam pela sua cabeça.
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Assim que saíram da aula de música, Dulce e Christopher sorriam por alguma piada que ele contava sobre o aluno novo, soprando a flauta de forma engraçada. Eles estavam dentro do carro dele a caminho de suas casas. Dulce adorava a presença dele, principalmente pela surpresa de realmente estarem se dando bem. Ela estava contente por aprender a tocar piano. Quando os dois se juntavam, a sintonia era aparente.
Christopher: Estou feliz que sua imagem a meu respeito tenha mudado.
Dulce: ainda não mudou. Estou apenas avaliando – retrucou sorrindo pela brincadeira.
Christopher: Mesmo assim, já é um começo.
Dulce: Olha aquilo! – ela interrompeu o assunto apontando para um vendedor de pão de queijo. Aquela iguaria era difícil de encontrar na sua cidade – Vamos descer. Eu preciso de um! – sorrindo pelo exagero da fada, Christopher parou o carro e eles desceram.
Dulce comia com avidez, fazendo uma cara de satisfação a cada nova mordida. Ele a olhava admirando-a enquanto saboreava o seu pedaço.
Christopher: Nunca tinha comido isto. É realmente bom.
Dulce: Eu adoro! Minha mãe Nora, sempre fazia. É uma comida de um país diferente.
Quando terminaram de comer eles ainda continuaram sentados no banco da pequena praça no meio do centro. As pessoas andavam distraídas carregando crianças e animais. Quando notaram que havia um parque de diversões instalado lá, Christopher puxou Dulce e a arrastou até a roda gigante. Ela reclamava enquanto era levada por ele, mesmo assim cedeu entrando no brinquedo. Eles sorriram olhando todas as luzes da cidade, que parecia minúscula ali de cima. Dulce estava acostumada com aquela imagem, mas mesmo assim não deixava de ser linda.
De repente o brinquedo parou, deixando os dois no ponto mais auto. Ela se assustou com o leve balançar da cadeira. Christopher segurou seus braços contendo o impacto e nisso, os dois ficaram mais próximos. Seus olhares trocados vieram acompanhados do silêncio que se alastrou nos dois. Ele pegou o rosto dela de forma graciosa, fazendo a conexão se tornar mais forte. Dulce continuou imóvel apenas correspondendo ao toque até Christopher se aproximar vagarosamente e selar os seus lábios aos dela.
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Em Kalypto, Anahí andava sem rumo algum, apenas se movimentava para longe de todos na procura de se refugiar dos seus próprios medos. Ela sabia que tinha agido mal com Edward. A vampira queria que eles ficassem juntos e seu corpo pediu por isso, mas a imagem de Alfonso era forte demais dentro da sua mente. Esconjurando ela continuou a andar para próximo dos fundos da casa onde ocorria a sua "festa em recepção". Ela arfou por lembrar que estava retornando para aquele lugar. Sua mãe a aguardava, junto do seu pai, mas antes que a vampira saísse em direção à porta da frente ela pôde ouvir os gritos de pessoas clamando por ajuda. Curiosa, voltou os passos e seguiu as vozes, que levavam até uma parte afastada da casa numa espécie de galpão. Quando levantou na ponta dos pés para ampliar a busca sobre uma janela, seus olhos se arregalaram descrentes.
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Supernatural Love (Em Revisão)
Aléatoire*Fanfic de traumas diversos (Concluída) Durante uma noite chuvosa, Nora, uma humana gentil e de coração nobre encontra três bebês abandonados a deriva em um riacho, no que parecia uma jangada. Dulce, Anahí e Maite, já em idade adulta, e consideran...