As suas respirações se juntaram provocando uma onda de tensão. Alfonso sabia que estava ofegante e paralisado, de pé, frente ao seu pior e melhor "eu". Ela o olhava como se penetrasse toda a sua alma. Ficaram assim alguns minutos, mas Anahí se movimentou e começou a andar em direção a sala.
Ele viu a imagem dela sumir... Respirando fundo, foi atrás. Ele não entendeu o que estava acontecendo, mas ela continuou andando e subiu as escadas sem olhar para trás.
Alfonso: Aonde você vai? - ela se virou, o olhou e continuou o trajeto sem dizer nada.
Aquilo estava muito estranho, e mesmo assim ele continuou seguindo. Subindo pelas escadas, em dois degraus por vez.
Ela enfim parou no meio do corredor.
Alfonso: O que aconteceu? Porque veio até aqui?
Anahí: Quero me deitar por um segundo. Onde é seu quarto? - ele ficou em silêncio, não tinha o que dizer, nem contestar. Seu coração batia acelerado com menção de sair.
Alfonso apenas apontou o dedo para a porta e ela sorriu agradecida como uma garota indefesa e foi até lá. Ele a seguiu, mas desta vez com passos mais curtos e leves. No fundo ainda sentia temor de estar sozinho com ela. Não podia esquecer o que Anahí era.
Ele entrou e ela se recostou puxando o celular. Anahí estava tão nervosa quanto ele... Ela mal sabia o que estava prestes a fazer, mas queria fazer. Necessitava. Dentro dela a vontade parecia machucar seu peito, como murros. A vampira escreveu um torpedo avisando Maite que ia demorar um pouco mais e que estava tudo bem.
Colocando o celular no silencioso ela se sentou na cama e olhou Alfonso parado de frente a porta com um olhar desconfiado. No fundo os dois não entendiam o que estava acontecendo ali.
Cansada de tanta distancia, ela levantou se aproximando dele. Os dois se olharam fixos como ímãs e então Anahí pode ouvir o bater do coração dele, junto da sua respiração desordenada. Que sorte ele não notar a minha, pensou.
Alfonso: O que esta fazendo? Você está bêbada...
Anahí: Não estou mais.
Afonso: Têm que ir embora Anahí. Não quero problemas... Não posso deixar de lado tudo o que me disse... E me fez - ela fechou os olhos como se cada palavra dele a fuzilasse. Sua vontade era de gritar o que sentia.
Anahí: Não quer estar aqui comigo?
Alfonso: Você sabe que não tem nada haver com isso...
Anahí: Então esqueça tudo o que eu disse antes... Estou aqui na sua frente. Faça o que sente e eu vou fazer o que sinto - ela disse quase colando seus lábios sobre os dele.
Alfonso não podia acreditar no que ela falava. Ele não sabia se era certo ou errado, apenas seguiu seu coração, quando se encontraram por fim, seus lábios num beijo agressivo.
Seus corpos se uniram outra vez...
Ele a beijava como se aquilo doesse. Com Anahí não era diferente. Pela primeira vez ela não sentiu vontade de fazer mal a ele. Ela o queria agora e bem ali da maneira mais entregue possível. Os beijos eram intensos. Eles tinham essa química natural, transpiravam sex appeal. Alfonso sabia da força dela, mas Anahí parecia uma marionete em suas mãos ao invés de uma vampira poderosa. Ele a arrastava pelas paredes, derrubando tudo o que tinha a sua frente. Os beijos iam por todo o rosto, mordidas e lambidas suaves sobre seus queixos. Ela saltou na cintura dele, prendendo as pernas, como apoio.
As suas unhas subiam e desciam pelas costas dele, rasgando a camisa de Alfonso. Ele começou a passar as mãos pelas coxas dela e isso fazia Anahí jogar a cabeça para trás, se perdendo nos braços dele. Ela decidiu puxar os cabelos, agora palpáveis, o enlouquecendo ainda mais.
Os dois pareciam desesperados.
Agarrados pelo beijo ambos se conduziram até a cama. Alfonso a deitou indo para cima dela. O trovão na parte de fora da casa soou assustado os dois que pausaram, e se olharam, caindo aos risos depois.
Anahí: Pluckley ataca novamente - disse sorrindo - Esse lugar não cansa de chover?
Alfonso: Acho que não... - os dois se olharam desconcertados.
Alfonso passou os dedos massageando os cabelos dela e como resposta aqueles olhos azuis se fecharam, aproveitando a carícias. Ele a olhava incrédulo da situação em que se encontrava. Como a amava. Mais do que podia imaginar. Anahí reabriu os olhos como se pudesse ouvir os pensamentos dele. Vagarosamente e naturalmente eles voltaram a se beijar.
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Supernatural Love (Em Revisão)
Random*Fanfic de traumas diversos (Concluída) Durante uma noite chuvosa, Nora, uma humana gentil e de coração nobre encontra três bebês abandonados a deriva em um riacho, no que parecia uma jangada. Dulce, Anahí e Maite, já em idade adulta, e consideran...