Jantar a três

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A fada deixou Lucy e foi, procurar uma bebida calmante. Quando chegou à cozinha, viu que a empregada "Madeleine" estava envolvida num casaco, preparando algo no fogão.

Dulce: Desculpe, não sabia que estava aqui.

Madeleine: Não se preocupe - disse um pouco assustada com a minha presença - eu ouvi dona Lucy, então vim o mais rápido preparar o remédio dela.

Dulce: Como assim? Isso sempre acontece? - perguntou puxando uma cadeira para se sentar.

Madeleine: Geralmente sim. Ela têm esses pesadelos... - baixando o tom de voz a empregada revelou - Alguns dias antes do falecimento da senhora Nora, aqui foi bem agitado, ela ficou sem dormir por três dias inteiros. Tivemos que dar remédios mais fortes a ela.

Impressionada por não saber disso, Dulce não gostou muito dos fuxicos da empregada, mas pelo menos, lhe foram úteis. Agora descobrira o que não lhe era novidade, porém, ela teve certeza de não ser alucinação as palavras da tia.
Anahí fez alguma coisa... E grave.
Seus pensamentos foram interrompidos por Madeleine, que cutucou seu ombro avisando que já ia para o quarto.

Dulce: Deixe isso comigo. Pode ir descansar, eu levo pra ela - Madeleine contestou um pouco, mas Dulce se mostrou resistente. Até que ela cedeu.

Madeleine: Tudo bem, se a senhorita insiste. Dê a bebida junto desse comprimido vermelho.

Dulce: Pode deixar - ela pegou a bandeja e foi ao quarto.

Lucy respirava mais calma. Os sinais de transe ainda estavam no seu rosto. Ela olhava o nada, como que perdida.
Quando me anunciei pondo a bandeja com os remédios próximo dela, seu olhar vazio veio até mim. Eu podia sentir o temor neles. Ela novamente segurou meus braços, me assustando. Dei um pequeno salto de reflexo, respirando forte em seguida.

Dulce: Pare de fazer isso! Apenas me avise quando for me segurar.

Lucy: Você vai ainda hoje?

Dulce: Impossível. Ainda tenho coisas pendentes aqui, você sabe.

Lucy: Mas precisa ir! Ainda pode ser revertido... Maite não conseguirá ver. Somente você pode!

Dulce: O que eu posso ver que ela não verá?

Lucy: Essa não é sua irmã Anahí... Essas mudanças... Vão torna-la outra se alguém não impedir! A transformação já começou por completo! Ela já fez o pior!

Dulce: O que ela fez? Diga de uma vez! Seja clara tia!

Lucy entrou novamente em estado de choque. Dulce já estava ficando mais transtornada que ela.
As meias palavras a deixavam louca.
Ela decidiu ignorar a tia e dar de uma vez os remédios. Ela os tomou sem falar mais nada.
A acomodando na cama, a fada se sentou e observou Lucy adormecendo.

Dulce: Não se preocupe. Tudo vai ficar bem. Assim que eu vier do local onde fiquei de ir no sábado, eu pego minhas coisas e volto de imediato para casa, tudo bem?

Lucy: Se prefere assim. Eu só espero que tudo se resolva - disse baixo, antes de dormir de vez.

Ainda agarrada a sua mão, Dulce presssiinii a mão da tia e depois a soltou. Agora é minha vez de tentar dormir...

Ela voltou ao quarto, exausta da madrugada conturbada, nem olhou as horas, apenas se joguei na cama. O Edredom a recobriu, relaxando seu corpo.

Dulce deu alguns minutos, até fechar os olhos, mas a forte luz que invadiu se rosto lhe surpreendeu "Diabos! Já é de dia" Pegando o que sobrou da coberta ela recobriu os olhos.

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{Sábado}

Maite se arrumava para sair com William...

Escolher a roupa certa era um carma. Passou horas fazendo combinações, mas nada parecia ficar bem. Ainda de toalha, ela pôs o rosto para fora do quarto e gritou por Anahí. Até a vampira aparecer no corredor. A anja fez um gesto para que entrasse, e ela o fez.
Fechando a porta, se sentou na cama angustiada.

Anahí: O que você quer?

Maite: Me ajuda a escolher uma roupa? Vou sair com William para o restaurante Álibi, perto do centro, e preciso ficar bem apresentável.

Anahí: Não faço milagres, mas posso tentar encontrar alguma coisa por aqui - Anahí, revirou todo o guarda roupa. Até achar algumas peças que lhe agradaram. Mas preferiu selecionar a peça chave: um vestido preto e justo. Ela juntou mais alguns acessórios e finalizou o look.

Maite: Como você consegue ser tão boa nisso? Obrigada - ela a abraçou com fervor e quando se afastaram o olhar de Maite era de confusão.

Anahí: Algum problema?

Maite: Sua pele... Não está tão fria como de costume. Ela está... Morna. - Anahí serrou os dentes, em nervos.

Anahí: Sabe como é... Essas mudanças no meu corpo estão fazendo algumas elevações de temperatura.

Maite: Entendo. A propósito, você pode ir conosco - Anahí soltou uma gargalhada em deboche.

Anahí: Velar os outros não é minha função.

Maite: Não vai velar ninguém. Eu posso mandar o Willian chamar o Alfonso e...

Anahí: Eu já disse que não vou.

Maite: Não vou deixar você sozinha. Aliás, lá tem uma boate, na parte lateral e você pode gostar - levantando a sobrancelha, a ideia pareceu lhe agradar.

Anahí: Não custa nada não é? Posso ficar lá enquanto vocês se agarram, mas nada de chamar Alfonso.

Maite: Annie, Não fale assim! Vamos apenas comer!

Anahí: Minha irmã... Se não agarrar, eu faço questão de agarrar aquele homem por você - Anahí sorria ignorado o olhar de Maite para ela.

Maite: Ótimo. Vamos nos vestir?

Anahí: Certo. Espere, que eu já vou me aprontar - quando ia sair, Annie se recordou de algo - E Dulce, não ligou?

Maite: Nem sinal - assentindo com a cabeça ela se foi.

Supernatural Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora