Capítulo 2

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Depois de muito tempo no corredor do hospital, Anahí já se sentia nervosa por causa da falta de informações e pelo silêncio daquele lugar. Com o pensamento distante, ela não conseguiu evitar de recordar o fato de que estar ali lhe trazia lembranças, entre elas, o seu parto conturbado e dificultoso.

A enfermeira se aproximou e tanto ela quanto o marido se ergueram.

Enfermeira: Onde está o outro rapaz?

Alfonso: Foi buscar a esposa, mas eu posso me responsabilizar pela informação no lugar dele.

Enfermeira: Tudo bem então..."pegando na pilha de papéis que tinha nas mãos, a mulher olhou cada uma delas antes de voltar a falar" - O senhor Wiliam já pode recebê-los.

Anahí: Desculpe interromper, mas o que houve? Até agora não soubemos nada.

Enfermeira: Ele sofreu um acidente próximo a colina e por pouco o carro não caiu ladeira a baixo. Ao menos foi o que o pessoal do resgate nos repassou.

Agradecidos pela informação ambos foram até o quarto 125 se deparando com o amigo coberto de hematomas e com o braço esquerdo engessado. Assim que os viu, William abriu um sorriso desengonçado remetendo timidez.

William: Olá "sua voz saiu rouca, como se temesse falar".

Alfonso: Como se sente?

William: Os remédio estão fazendo efeito, então isso ja é bom.

Alfonso: Ficamos preocupados com você.

Anahí: Poncho tem razão, não faça mais isso! Não nos assuste!

O semblante desanimado do homem fez a brincadeira dela se tornar inconveniente. Annie apenas observou o amigo antes dele finalizar o silêncio.

William: Eu a vi... "Ambos se entreolharam a ponto de perguntar de quem ela falava, mas o loiro foi mais rápido, respondendo em seguida" - Maite estava linda.

Não era justo que mesmo depois de tanto tempo William nunca mais havia conseguido manter um relacionamento sério com outras mulheres. Os casos existiam, mas não duravam mais que um mês. Anahí pediu para Alfonso lhe comprar um café como desculpa para ficar a sós com aquele ser atormentado.
Sozinhos, ela foi até ele e o encarou analista.

Anahí: O acontecido foi um acidente. Certo? "Ele pareceu sentir vergonha da pergunta dela, tanta que Annie percebeu o quão grave aquilo havia se tornado".

Ela fechou a cara, assustada, apertando a boca contendo um xingamento.

William: Eu quero tê-la outra vez... Entenda.

Anahí: Desde quando se matar virou a solução? Você acha que Maite ia querer isso?

William: Sei que não.

Anahí: Claro que não! Por isso, não seja mais tão imprudente e tente ser forte para seguir.

William: Não conte a eles Anahí...

Como negar aquilo? Ela sabia que se falasse para os dois amigos, eles iriam pirar e no mínimo não o deixariam sozinho sequer um segundo.

Anahí: Não volte a fazer isso.

Em questão de segundos o loiro entrou num universo de pensamentos e olhou para o vazio daquele quarto.

William: Ela estava linda... Usava branco e suas asas pareciam mais angelicais do que eu me lembrava. Havia muita luz e um céu cheio de estrelas tão próximas que se eu esticasse as mãos poderia tocá-las. O sorriso... Esse sim se mantinha intacto.

Anahí: Um sonho?

William: Não... "ele rebateu, mas recobrou o juízo" - Talvez. Ela me salvou nesse acidente, eu sei que sim. Quando desmaiei nós nos vimos, mas eu pudia senti-la por toda parte.

Supernatural Love (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora