Faça sua escolha

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Anahí: Claro, nem tudo são flores, sempre vai haver um "efeito colateral".

Dulce: No meu caso, eu posso perder a força muito depressa, ou até mesmo algo pior, chegando a me impossibilitar de voar por um tempo indeterminado se houver muito esforço nessa habilidade de levitação. Já com você...

Anahí: Eu não me importo com o que seja. Preciso saber o que houve com a nossa mãe, Custe o que custar!

Dulce: O custo é alto... E isso inclui você nunca mais conseguir controlar sua sede por sangue humano - Anahí paralisou seu olhar, se fixando em Dulce, que parecia preocupada - Para ampliar seus poderes terá que beber sangue... Humano - Anahí não achou aquilo tão ruim, já que o sabor humano era bem melhor, mas por outro lado, se antes era perigoso ficar perto de Alfonso, agora seria o dobro.

Ela se sentiu dividida mais uma vez.

Anahí: Sangue humano... Descontroladamente.

Dulce: Isso será uma última opção. Vou me informar e encontrar outra maneira a qualquer custo. Nem quero imaginar se você não conseguir se controlar. Seria muito arriscado.

Anahí: E se não tiver outro jeito? E se for à única maneira de sabermos alguma coisa concreta?

Dulce: não precisa ser assim Annie. Você pode se perder de vez e eu não permitirei isso. Vou achar outra solução - Anahí já havia se recostado na parede, com os braços cruzados. Só de imaginar as coisas que podia fazer.

Ela presenciou a sua maldade, viu até onde podia chegar por sangue humano e aquilo era realmente um perigo.

Dulce: Eu vou ler esse livro mais um pouco para tentar encontrar alguma coisa. Depois conversamos sobre isso - Dulce se levantou a puxando junto - Vai dar tudo certo... Vai ver. Agora vou conversar com Maite sobre os poderes dela - sem resposta, Dulce voltou à cozinha e Anahí subiu para o quarto.


Deitando no sofá que havia lá a vampira se encolheu tentando analisar tudo que tinha acabado de ouvir da fada. As horas se passaram, junto das várias chamadas perdidas de Alfonso acumulando em seu celular. As imagens da noite em que passou junto a ele estavam ligadas aos seus momentos com Nora em sua mente. Os beijos da mãe, e os dele. Sentimentos distintos, mas ao mesmo tempo semelhantes.

Ela já tinha aberto mão dele uma vez, e teria de fazer aquilo novamente, mas dessa vez tinha que ser feito. Além de tudo o relacionamento dos dois seria impossível de qualquer forma, ele é humano e ela uma vampira "eu sou imortal" era essa a resposta para todas as perguntas que ela tinha em mente. Minha mãe precisa de mim e eu sou a única que pode fazer algo por ela. "Chegou a hora de retribuir por tudo" mesmo se utilizando disso para se acalentar, ela não pôde conter as lágrimas.

Limpando o rosto ela se pôs de frente ao espelho e soltou os cabelos que estavam amarrados num coque. Os penteou. Seus olhos estavam com a expressão vazia. Ela tinha que desligar as emoções:

"eu já matei. Só vou fazer de novo, mas agora, por uma boa causa" repetiu frente ao seu reflexo.

Seu tom de voz era outro. Agora estava forte, grave. Ela tinha que mudar. Tinha que assumir a personalidade dos seres da sua espécie. Sem coração, sentimentos ou piedade.

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Maite estava admirada com o que a irmã tinha lhe revelado. Agora ela podia fazer várias outras coisas. Dulce decidiu ocultar alguns detalhes, já que não era necessário citar por agora, além de que a fada sabia que a irmã não ia precisar usá-los. Maite havia descoberto que tinha o poder de dar a vida, mas devia ser usado com cautela, pois, além de ser perigoso demais, durante o ato ela podia ter sua própria vida sacrificada.

Maite: E se eu usar com coisas pequenas?

Dulce: Bom... Se você utilizar por muitas vezes. Vai chegar um momento que não será mais possível esconder suas asas. O mesmo serve para mim - ela se assustou com aquilo "Isso não podia!" pensou angustiada. Willian ia saber de tudo se não houvesse como esconder, mas ela não usaria, até porque não havia necessidade.

Maite: Então você colheu bastante coisa por lá não é.

Dulce: Pois é... Aliás. May, têm uma coisa que está martelando na minha cabeça há alguns dias - Maite a olhou intrigada pela pergunta.

Maite: O que?

Dulce: O que Anahí fez durante esses dias?

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