Amy Young é uma jovem de dezessete anos que vivia na pequena cidade Loudenberg até ser obrigada a fugir com suas irmãs, uma vez que o mundo se tornou um grande campo de batalha.
Porém, como em toda guerra mundial, houve uma queda no número de soldad...
Não consigo dormir. Rolo de um lado para o outro tentando encontrar uma posição confortável. Quando me viro vejo que Maxron não está na cama. Me levanto rapidamente e desço as escadas para o bar. Ron, Declan e Phillip estão arrumando a bagunça que os clientes fizeram a pouco enquanto estavam aqui. - Onde está o Max? - pergunto. - Ele saiu! - diz Ron. - Pra onde? - pergunto. - Não precisa se preocupar moça, ele não é um criminoso! - diz Ron. - Quer dizer, na verdade ele é, mas sabe se cuidar! - Não se preocupe Amy. - diz Phi. - Eu te levo até ele! Phillip e eu saímos rua a fora ao encontro de Max
Até que chegamos em um pequeno prédio desabitado que fica em um terreno afastado da capital. Ele está caindo aos pedaços e suas janelas estão cobertas por pedaços grandes de madeira. - Ele está lá dentro! - indica Phillip. - Obrigada Philip. - Não foi nada. Aliás, o que está prestes a fazer por ele e pela Vega é muito corajoso!
Dou sorriso em agradecimento, mas sua fala serviu apenas para aumentar minha ansiedade e nervosismo.
Phi vai embora me deixa sozinha diante do prédio. Engulo em seco e entro no local.
É bem escuro por aqui. A pouca iluminação que tem é natural vinda da luz da lua. Não há móveis, apenas um sofá coberto por um lençol amarelado pelo tempo. Cada centímetro desse lugar tem paredes com mofo e infiltração.
- Maxron? -chamo.
Ninguém responde neste primeiro andar. Subo a escada. Os degraus de cimento me parecem firmes apesar de sentir uma superfície molhada por baixo das botas conforme vou subindo. A escada me leva a um corredor com vários vãos sem portas. Olho para a esquerda, nada. Olho para a esquerda e reparo em uma luz um pouco mais forte vindo do último vão. Caminho até ele. Quando chego, Maxron está sentado de baixo da janela em um canto escuro. O cômodo está no mesmo estado que os demais, mas é o único que tem uma lâmpada que apesar de fraca está funcionando. Me sento ao seu lado e pergunto: - Também não conseguiu dormir? - Não.- ele diz e dá um de seus pequenos e perfeitos sorrisos. - Tudo bem? - Acho que não teve um dia se quer em toda a minha vida em que eu não disse que estava bem, mesmo não estando. - Ele diz .- Passei quase dez anos cuidando da minha pequena e agora eu deixei eles a pegassem, assim tão facilmente. - Não, a culpa não foi sua. Foi minha! - Amy, ela estava fugindo de mim. Essa é a verdade. - ele diz. - Em Gunterberg, eu matei um guardião na frente dela. Ela se assustou e fugiu do monstro. Eu. - Sei que só queria protege-la! - digo . - Na verdade isso é única coisa que sei fazer. Eu a vi dar seus primeiros passos, a ouvi falar pela primeira vez meu nome, pois eu era o única que estava lá. Ela é a minha única fonte de vida,, é o que mantém vivo, eu a amo mais do que a minha própria vida Amy.- ele diz E agora tem lágrimas caindo dos olhos de Maxron. - Eu faria qualquer coisa por ela. - ele diz. - Mas...
- Mas?
- Mas agora, você está aqui e eu acho que não quero te perder.
- Por que?
Maxron fica calado por um momento Sinto meu coração ficar aquecido, o que é um sentimento estranhamente novo. - Eu gosto de olhar pra você e de te admirar enquanto você reclama. Pensar que não vou ter mais esses deleites não me deixa confortável, principalmente sabendo que se você morrer vai ser por minha causa. - Max dá de ombros. - E, talvez eu goste de você mais do que imaginei. Surge uma vontade repentina de aproximar de Maxron e cuidar de sua dor. Meus lábios queimam conforme ficamos mais próximos. Meu corpo estremece, consigo senti-lo lutar contra minha mente. Não faça isso Amy. As mãos de Max tocam minha cintura. Posso ouvir sua respiração quase tão ofegante quanto a minha. Nossos narizes se tocam e minha mão direita roça sobre seu pescoço. Quando me dou conta seus lábios estão tocando os meus como ondas do mar que tocam as pedras depois de um vento forte. Sinto meu ser se entregar a este momento por completo.
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Minha pele se arrepia. Eu viajo em seus lábios macios. Nunca mais quero me separar dele, mas as coisas do mundo me impedem de fazer tamanha loucura.
Nos distanciamos um do outro. Não tenho o que dizer, então me levanto pronta a sair desse lugar. - Amy... - ele diz. - Não vai embora, foi eu quem te beijei.
Respiro fundo. Eu quero me arrepender mais das minhas decisões, mas ele parece ser o tipo de decisão que vou acabar me arrependendo.
- Eu não estava indo embora. - minto. Ele sorri. - Não confio em você. - É bom não confiar mesmo.
Passamos o resto da noite juntos. Ficamos conversando até Max pegar no sono, eu fiquei acordada a noite toda. O sol já está brilhando no céu agora.
Eu me levanto e visto minha blusa de moletom. Maxron ainda está dormindo. Me aproximo dele e ao pé da sua orelha, sussurro: - Eu vou voltar por você. Hoje é o dia em que seu plano vai se concretizar. Eu estava prestes a ir embora, mas Max acorda bem na hora. - Você se apaixonou por mim? - ele pergunta. - Talvez. - digo antes de dar as costas e sair.
