Capítulo 15

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VIDRO PELO CHÃO

Estamos aguardando do lado de fora do salão principal 2,todas as meninas ficam em uma fila única a espera que o nome de cada um de nós seja chamado um por um e agente ir até o salão principal 2 ,onde eu vi aquela mulher sorrir para mim.
Não sei se nós vamos fazer um teste ou iremos para um desfile,por que do jeito que estamos vestidas acho que vamos desfilar.
Cadê os uniformes e armas?
O primeiro nome é chamado.
-Tina Homer.
Os guardiões abrem a porta para a menina,depois que ela entra, a porta se fecha.
Eu sou a décima garota da fila.
Não demora nem dois minutos e o segundo nome é chamado.
Pelo visto a Tina não aguentou por muito tempo.
Depois de vinte minutos o terceiro nome é chamado.
-Nina Jolker!
A cada nome que é chamado fico mais nervosa e ansiosa.
E se eles souberem que eu não sou a Emma? E eu estiver sendo enganada ,pelo Max e por eles?
Não, Max não faria isso,ele planejou tudo até mesmo o nome,ele sabe que sou de menor e nem tenho idade ainda para fazer o teste e por isso que ele inventou esse "disfarce", para que quando eles buscassem pelo meu nome ,encontrassem a Amy de 16 anos que fugiu do Limiar e sim,a Emma de 18 anos que viva no Limiar de Pertonville.
O quarto nome é chamado. Depois o quinto ,sesto,sétimo, oitavo,nono até que...

Até que o "meu nome" é chamado -Emma MorrisFecho os olhos e respiro fundo

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Até que o "meu nome" é chamado
-Emma Morris
Fecho os olhos e respiro fundo.
As portas do salão se abrem.
Me lembro do que Sophi me disse uma vez ," esconda seu maior medo dos campeões "...
Abro os olhos e entro no salão. Logo depois que passo pela porta ,ela se fecha com uma pequena batida.
Ao me aproximar ,uma arena se ergue no meio do salão. As arquibancadas estão lá no alto (aqui em baixo só tem eu e a arena,por enquanto) e nelas pessoas olham para mim a espera do espetáculo melhor que o das outras meninas que vieram até agora.
Reparo que a uma cabine de vidro reluzente ,mais alta que todas as arquibancadas.
Vejo a mulher de vermelho que sorriu para mim lá dentro,ela está sorrindo novamente a espera do show.
Todos olham para mim.
Eu caminho até o centro da arena.
Logo quando piso no meio da arena um holograma aparece na minha frente com as "minhas informações".

EMMA MORRIS
18 ANOS
HABILIDADE DE LUTA
NASCIDA E VINDA DE PERTONVILLE

E ao lado das informações tem uma do meu rosto,a foto é realmente minha.
De repente o holograma e a foto somem e as luzes se apagam,sobra apenas a luz do lustre acima de mim.
Que estranho,não consigo respirar direito,como se eu estivesse presa e também não consigo mais ver as pessoas das arquibancadas. Só consigo ver o lustre ao olhar para cima.
Algo reluzente brilha e quase cega meus olhos.
Caminho até o brilho.
Tento atravessar minha mão mas não consigo,por que estou presa aqui na arena.
Parece ser uma redoma de vidro,mas ela não estava aqui antes.
Vejo um poço de sangue no vidro,alguma menina deve ter tentado sair da arena.
Tiro o salto alto e jogo em um canto.
Não aguento mais usar salto.
Um vulto passa por mim
Alguma coisa bem grande está aqui comigo.
Eu fui treinada para isso,para lutar com coisas maiores do que eu.
De repente o vulto passa por mim novamente só que desta vez arranha meu braço, eu grito de por causa do ardor.
Eu já vi esse arranham em algum lugar.
Então atras de mim ,ouço ele rasgar a capa do meu vestido.
O vulto passa mais uma vez,só que desta vez eu o pulo em cima dele e o levo para a luz.
É uma Besta. No mesmo instante saio de cima da Besta.
Corro para mais perto do vidro e bato várias vezes com as minhas mãos contra o vidro.
-Me tirem daqui!-grito,mas sei que eles não me ouvem.
Sei que a plateia continua aqui,mas eu não consigo ver.
Essa gente é doida de me deixar aqui dentro sozinha sem nenhuma arma ao lado de uma Besta.
A Besta corre em minha direção. Quando ela está chegando perto de mim ,eu corro para outra direção.
A Besta não consegue para e acaba perfurando o vidro,com os chifres, deixando dois pequeno buracos nela.
Então quer dizer que a redoma não resiste a força de uma Besta. Bom saber!
Tenho plano,e se eu fizesse a Besta enfiar os chifres por todos os cantos!
Contínuo a correndo e parando em um ponto,a Besta vem em minha direção e na hora H,eu volto a correr em outra direção,e como ela não consegue parar,acaba enfiando os chifres no vidro,perfurando ele. Faço este mesmo processo repetidas vezes. Até a Besta deixar a marca dos chifres em vários pontos da redoma. Ela começa trincar.
Já estou cansada de correr,está na hora do plano B.
Enquanto a Besta tenta retirar os chifres de um ponto,eu começo chutar a redoma o mais forte possível com meu pé.
A Besta consegue tirar os chifres e está vindo em minha direção,bem furiosa.
Eu contínuo chutando.
Até que ... a redoma se quebra .
Vejo cacos de vidro caírem em cima de mim. Eu me abaixo e me protejo.
O vidro se estilhaça ao chegar no chão.
Tampo meus ouvidos com as mãos ,o barulho deles quebrando juntos faz meus ouvidos doerem.
Quando tudo ou quase tudo volta ao normal,vejo que a Besta foi morta com um pedaço de vidro grande fincado em sua barriga. O vidro reluz aos meus olhos,junto com o monte de sangue derramado na arena.
Obviamente eu não sai ilesa. Com um arranhão no braço ,alguns cortes nos pés e nos braços por causa do vidro,mas estou bem.
Dois guardiões me tiram as pressas do salão.
As pessoas olham surpresas para mim (AGORA já posso ver elas),menos uma. A mulher que sorriu para mim hoje de manhã continua sorrindo,um sorriso de satisfação.
Não sei por que,mas não gosto .

TREINADA PARA LUTAROnde histórias criam vida. Descubra agora