Amy Young é uma jovem de dezessete anos que vivia na pequena cidade Loudenberg até ser obrigada a fugir com suas irmãs, uma vez que o mundo se tornou um grande campo de batalha.
Porém, como em toda guerra mundial, houve uma queda no número de soldad...
Acabo de chegar na praça principal. Os carros-forte com as garotas do Limar de Pertonville se aproxima da Central. Pego a foto de Vega que Maxron me deu. Olho bem para o rosto da menina. Não vou deixar que que você tenha o mesmo destino que eu. Guardo a foto no bolso da blusa de moletom. Respiro fundo. É agora. O primeiro carro-forte estaciona em frente ao portão principal. As meninas começam a sair. Algumas lutam contra os guardiões que permanecem inabaláveis mesmo diante de chutes e gritos, diferentemente da população que observa a cena com enojo. Dou a volta pela fonte e corro para debaixo do carro-forte. Tenho que entrar despercebida no meio delas. É neste momento que me lembro que essa parte do plano era do Max, a única pessoa que não gostaria que se envolvesse com isso.
Então, de súbito ouço o som de uma bomba explodindo do outro lado da praça. Com a explosão, uma fumaça branca toma conta da praça fazendo que ninguém consiga enxergar. Apenas ouço gritos por todos os lados e guardiões correndo com pressa até o local da explosão. Eles rapidamente entram em alerta. Enquanto isso, saio debaixo do carro-forte e me levanto já no meio das meninas. Com toda a confusão ninguém percebe que entrei. Quando os guardiões vêem que a ameaça acabou e ninguém está ferido, eles voltam sua atenção para nós. Nos juntamos em fila única. Um grupo de guardiões nos guia para o interior da Central. Dou uma última olhada de relance por toda a praça e avisto Maxron escondido atrás de uma árvore. Eu sabia que ele não iria ficar de fora do próprio plano. Ele sorri para mim e eu sorrio de volta. Vou sentir falta desse sorriso, mas é melhor que eu não tenha distrações.
A gigantesca porta de madeira lisa se abre e nós entramos.
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Confesso que estou meio chocada com a beleza e o luxo do lugar. É inimaginável.
Quando menos espero um guardião já está me agarrando pelo braço e me puxando a força para uma sala.
Ótimo, mal entrei e já fui pega.
O papel de parede da sala é clássico, quase uma obra de arte, eu arrisco dizer que seja de veludo. Há pequenas rosas desenhadas em cada espaço da pintura nas paredes. Tem uma rosa gigante desenhada no piso de mármore, no meio dela há um pequeno diamante protegido por uma superfície de vidro. Entramos em uma outra sala, quase tão grande quanto a primeira. No fim da sala há uma porta de madeira. Em frente a porta uma bela mulher observa conforme as outras meninas vão entrando. Ela veste um vestido vermelho longo, tem cabelos negros como carvão e lábios carnudos meio avermelhados. Ela sorri para mim quando o guardião me empurra para mais perto das outras. Antes de todos se retirarem da sala, deixando apenas as meninas, um guardião diz: - Se arrumem para hoje a noite. Em seguida, algumas mulheres entram no cômodo e começam a tirar nossas medidas. As mulheres vestem blazer azul e saia branca, o que deve ser a cor oficial aqui dentro também. Mas aquela mulher estava usando um vestido vermelho, ou seja, ela é diferente dessas pessoas. Quanto terminam de tirar as medidas, elas nos acompanhando até a porta de madeira que nos leva até um corredor espaçoso e mal iluminado, mas igualmente luxuoso. Minha estilista me entrega uma chave com uma etiqueta pendurada, nela há um número gravado. - Quarto 111, segundo andar, seja rápida! - ela diz e vai embora. Corro até o fim do corredor, outras meninas também correm na mesma direção, parecem todas perdidas e confusas. No fim do corredor há várias escadas para descer, algumas vão para esquerda e outras para a direta. As meninas descem as escadas em disparada a procura de seus quartos. Quarto 111, segundo andar. Começo a correr pelas escadas também, imitando o movimento das outras. Em meio a confusão vejo uma garota ser pisoteada. Não posso ajuda-la, mas quero. Ah, como odeio meu coração mole. Desço alguns degraus na direção da menina. - Me dê sua mão! - digo. A menina agarra minha mão e se levanta. - Obrigada! - ela diz e sai correndo. Volto a descer as escadas.
