Capítulo 23

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CORAÇÃO PULANDO E SANGUE CORRENDO

Hoje acordei cedo,na verdade não acordei, pois nem cheguei a dormir. Vi o sol nascer a Leste,com todo seu brilho soberano.
Benjamin já me chamou várias vezes em minha porta ,mas eu não o atendi,eu quero apenas ficar sozinha com a dor que estou sentindo pela morte de Max.
Passei a noite toda pensando: só vou acreditar que Maxron está morto se eu mesma ver ele,mas acho que não aguentaria vê ló em um caixão sem se mexer.
Se ele estiver morto mesmo,eu tenho que cumprir uma dívida com ele mesmo assim. Eu prometi que encontraria sua irmã ,Vega,e é o que pretendo fazer.
E quando encontrar Vega, vamos fugir para longe da dor,mas o problema será se a não não quiser fugir para longe de nós. Caminho até a penteadeira e abro gaveta onde guardei a foto de Vega . Pego a foto.
O vidro quebrado dos frascos de perfumes que quebre ontem a noite ainda está no chão,pois Lattyfa ainda não chegou para limpar a bagunça que eu fiz.
De repente uma ideia chega até meu cérebro. Regras foram feitas para serem quebradas e a regra aqui é não entrar nós lugares em que você não foi autorizado a entrar. Já sei exatamente onde procurar por Vega.

HORAS MAIS TARDE...

O relógio bate e da janela do meu quarto posso ver toda a capital e até mesmo além dela, Rosenland. Agora o sol se põe a oeste com toda sua majestade.
Era isso que Leah me dizia todos os dias : "O sol nasce com seu brilho soberano e morre com sua majestade".
Suas palavras bonitas sempre me deram força. Uma vez ela disse que gostaria de ser professora.
Ela seria uma ótima professora,tenho certeza disso.

A poltrona de couro é macia e me deixa confortável.
Seis horas da tarde ( em ponto) Carol entra no escritório e se assusta ao perceber que eu estou aqui e ainda mais porque estou sentada em sua poltrona de couro
-Emma?-diz Carol meio confusa.
-Bom dia !-digo
-O que faz aqui? Nosso treino começa só mais tarde hoje!-ela diz se debruçando na mesa.
-Não vamos treinar hoje!-digo.
Carol sorri.
-Não? Por que não vamos?-ela pergunta.
Mostro a Carol a foto de Vega.
-O que é isto?-ela pergunta.
-Onde está essa garotinha?
-Eu não sei.
-Então se você não sabe como iria cumprir com nosso trato?!
-Emma,eu cumpri o trato!
-Me dizer para procurar no baile de boas vindas,não é ajudar muito!-digo.
-É só uma...
-Garotinha-completo- Sim e eu a quero.
-Por que Emma?-ela questiona- É apenas uma garota uma pequena e insignificante vida,não vai fazer falta. Olhe a sua volta ,ninguém mais ama de verdade, ainda vivemos neste mundo , pois temos medo da morte,temos medo de ver algo que não queremos ver, não há amor,há interesse.
-Há amor sim.
-Onde?
-Em você e na sua irmã. Ainda existem pessoas que vivem e morrem pelas pessoas que elas amam,você vive pela Abbie. Eu vivo por essa garotinha ,eu ainda estou aqui por alguém. -digo.
Carol fica quieta,por alguns minutos.
-Procure no último andar, tenho certeza que você vai encontrar o que procura. -ela diz.
Eu me levanto da poltrona e caminho até Carol.
-Vivemos por amor.-eu digo-É disso que é feito o mundo. Todos vivemos por alguém Carol. Até mesmo as pessoas mais perversas e nojentas.

Contínuo a andar,só que desta vez na direção da porta.
Nunca em toda minha vida falei algo assim tão puro e verdadeiro,como acabei de falar para Carol.
Eu vivo pela promessa que fiz a Maxron. Vivo pela Vega ,por Leah e todas as outras meninas.
Ouvi dizer que no último andar ficam todas as crianças menores de treze anos que estão destinadas a ir para o Limiar,quando completarem treze anos.
O último andar é sétimo, por isso obrigo minhas pernas a continuarem subindo as escadas do quinto andar. Ouso vozes se aproximando.
Não podem saber que estou em um andar proibido.
Duas mulheres-uma mais alta e a outra mais baixinha- passam por mim ,param e perguntam:
-

Ei o que faz aqui?-a mulher mais baixa pergunta.
-Ah eu estou procurando o banheiro, você sabe onde fica o mais próximo? -pergunto ,para disfarçar .
-Espera ela não é a...
Antes que a outra mulher possa terminar de falar lhe dou um soco no queixo e ela cai na hora. Sua amiga tenta fugir ,mas eu lhe dou um chute na barriga e ela cai.
Aprendi esses golpes paralisantes com Carol,mas nunca imaginei que ia usar eles.
Deixo as mulheres caidas no meio da escada e contínuo a subir as escadas.
Acabo de terminar de subir as escadas do sexto andar e reparo não há muitos guardiões nesse andar.
Deve ser porque a cara deles pode assustar as menininhas.Mas a cara das mulheres velhas daqui assustam mais.
As mulheres usam vestidos brancos,meia-calça branca e um sapato com um sato não muito alto.
Ela são sérias.

Uma mulher passa ao meu lado e eu a faço parar de andar
A mulher me olha assustada, como se eu fosse ataca lá. Acho que ela faz parte do grupo de pessoas que me viram lutar,mas porque tem medo de mim?
-Hey onde estão as garotas? -pergunto.
-N-N-na vacina.- ela diz, gaguejando.
Vacina?
Eu a solto e ela sai correndo.
Logo avisto no fim do corredor ,uma luz azul saindo de uma porta.
Minha curiosidade começa a nascer e eu caminho em direção a luz azul.
Quando chego me deparo com um cômodo grande e está cheio de meninas aqui.
Cientistas andam no meio das vinte fileiras só de meninas-cada fileira tem dez meninas.
Em cada menina eles estão aplicando um líquido branco dentro de uma seringa,enfiam a agulha da seringa bem no local onde ficam as veias do pescoço,eles injetam todo o líquido.
O líquido deve ser bem forte ,pois uma das meninas cai e ela mal recebe todo o líquido da seringa.

 O líquido deve ser bem forte ,pois uma das meninas cai e ela mal recebe todo o líquido da seringa

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Esse "remédio" deve ser usado para apagar a memória das meninas.
Entro na sala.
Muitas meninas estão pálidas, magras e fracas ,suas mentes parecem estar viajando em outro lugar,como se estivessem em numa hipnose.
Elas estão vestindo uma camisa e uma calça branca,estão descanso e seus cabelos estão amarrados em forma de rabo de cavalo.
Quando estou decisida a ir lá e impedir que eles continuem, um cientista me para.
-Senhorita acho que você não devia estar aqui!-ele diz.
Tenho vontade de partir para cima dele,mas tenho que pensar pequeno.
-Mil desculpas ,mas é que Carol Nopel me pediu para que eu viesse aqui buscar uma garota chamada Vega Wood, parece que ela está interessada em algo nessa menina,então por obséquio será que o senhor não poderia me entregar a garota e me deixar leva lá para a Senhorita Nopel!-digo calmamente.
Mal consigo acreditar que EU falei isso de tal jeito que nunca imaginei que um dia falaria em minha vida.
-Se ela já não tiver sido vacinada ainda, acho que posso encontra lá sim. -ele diz e entra no meio das vinte fileiras de meninas.
Sou obrigada a esperar do lado de fora do cômodo.
Dez minutos depois o homem aparece novamente,só que desta vez com uma garotinha magra e de pernas finas segura em sua mão.
A menina tem cabelos castanhos claro e olhos vedes tão puros quanto a água cristalina. Ela é pequena porém parece estar se esforçando para que pareça ser mais ativa do que as outras meninas ,está tentando ficar acordada,para não morrer.
O homem me entrega a menina e volta para dentro do cômodo ,fechando a porta da sala para que mais ninguém incomode.
Olho bem para o rosto da menina,para ver se realmente é Vega.
Sim é ela.
Vega cai sobre mim,ela está pálida e fraca desmaiar.
Olho em seus olhos,entre abertos.
-Pode descansar! -digo baixinho.
Pego Vega no colo,ela está leve feito uma pluma. Tenho que levar essa menina para longe dessas pessoas,mas é impossível.

TREINADA PARA LUTAROnde histórias criam vida. Descubra agora