Capítulo 27

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BALA NO PEITO

No começo tudo fica embasado,mas logo posso ver tudo mais claramente.
Estou no meu quarto. Benjamin está aqui. Vega.
Espera! Benjamin está aqui e Vega!!!
Começo a me debater em cima da cama,mas não consigo falar nada.
-Calma . Calma!-ele diz segurando minha mão.
Eu me acalmo e levanto da cama.
Começo a procurar por Vega,no banheiro, closet...
-Hey a garota que você escondendo aqui, está bem!-ele diz,me deixando um pouco mais aliviada.
-Onde ela está? O que você fez com ela?-digo.
-Eu não fiz nada com ela! Ela está na cozinha ,comendo. Está sob minha proteção e pelo visto pela sua também.
-Eu ia te contar Benjamin!
-Sei,ia sim...-Ele diz .-Olha eu guardo seu segredo ,se você me contar teus planos!
O pior é quero muito desabafar,mas não sei se posso confiar em Benjamin.
-Não tenho plano nenhum! -minto.
--Confie em mim!
--Ok,tenho que sair daqui! Eu não sou quem você pensa que eu sou!
-Como assim?
--Eu não posso ficará aqui,eu tenho uma família lá fora,ou pelo menos um pouco dela!-digo.
-- Tá, então eu te ajudo a sair para visitar sua família ,se você prometer que vai voltar antes do enterro de Abbie Nopel.-ele diz.- Se você não voltar eu mesmo te denuncio ao governo,por ter saído da Central e ter me seduzido .
A ideia de que "eu seduzi" Benjamin me da vontade de rir.
-Isso é uma ameaça?
-Não ,por enquanto é apenas um aviso!
É a minha oportunidade de sentir o ar da liberdade. Não vou mentir,vou ur e voltar. Eu só quero um dia,apenas um dia.
-Eu aceito.-digo e corro para seus braços lhe dando um abraço. - Obrigada Benjamin ,você não faz ideia do quanto isso é importante pra mim!
Deito minha cabeça em seu ombro e sinto sua respiração acelerar.
Benjamin nunca ficou assim ao meu toque.
-De nada.-ele diz.- Você vai ver seu namorado ,não é?
Me afasto de Benjamin.
-Eu gostaria de poder ver ele sim,mas não vou.
Benjamin me encara. Seus olhos continuam azuis como o oceano,só que estão mais frios.
-O velório será daqui a uma lua (amanhã) e irá acontecer as sete horas no cemitério da Central,quero te ver la ao meu lado. -ele diz.-Vamos fugir amanhã de manhã, esteja preparada.
Benjamin se dirige até a porta.
-Obrigado.-agradeço novamente,antes que ele saia.
-Não precisa agradecer!-ele diz e sai do quarto,me deixando sozinha.
E mais uma vez enquanto olho o sol da manhã me pego pensando em Max. Sinto sua falta. Por dentro estou ansiosa para ver Leah,Sophia e todas as outras meninas.
Preciso respirar um pouco do pequeno ar que me resta aqui dentro. Abro a janela do quarto.
Lá em baixo-nos portões principais - vejo um tumulto logo na entrada da Central, uma mulher de preto está entrando. Carol.
Preciso falar com ela.
Saio do meu quarto, (ainda estou com meu pijama branco e fino) subo as escadas correndo. Corro pelo corredor e desço até o penúltimo degrau da escada que me leva até o salão principal 1.
Preciso falar um ela.
Quando chego a porta de entrada do salão principal 1 se abrem e Carol aparece diante de mim.
No começo achei que ela estivesse olhando para mim,mas havia alguém atrás de mim. Angie Codellairo.
Logo Ti me pega pelo braço e me tira das meio das duas.
-Não se meta!-ele diz no meu ouvido.
Mas eu não dou ouvidos a ele. Era para Angie ficar no lugar de Carol enquanto ela estava na Rússia e ainda mais de luto pela irmã.
-Que bom Carol ,que recebeu minha mensagem!-diz Angie.-Me acompanhe por favor.
-Não -diz Carol.
-O que?
-Eu não quero você no meu lugar,nem agora ,nem nunca! Minha irmã morreu,mas eu não.
-Mas você não está de Lu...
-Luto sim-Carol completa.-Mas nem por isso vou deixar você sentar na minha cadeira,você já tem a sua!
-Carol deixe de ser infantil,você não tem estabilidade suficiente para sua pose da Central! Por que não vai cuidar da sua irmãzinha? A é mesmo ela está morta!-ela diz.
Carol não responde, apenas tira uma faca do casaco e atira na direção de Angie,ela desvia e a faça fica presa na parede.
As duas começam a trocar socos e chutes.
Do outro lado do salão vejo Eve escondida atrás dos pilares ,no meio das sombras .
Ela segura algo em suas mãos. Ela aponta o objeto para uma das duas mulheres que brigam feito cão e gato.
Não consigo ver o que ela segura.
Com esforço consigo identificar o objeto.
É uma arma e Eve esta prestes a tirar em Carol.
Antes dela apertar o gatilho ,um entro no meio da briga e jogo Carol e Angie para longe uma da outra.
Sinto daqui o sorriso largo de Eve.
Ela aperta o gatilho e eu sinto a bala atravessar meu peito como um foguete decolando .
Vejo sangue cair no chão.
No mesmo instante caio.
Posso ver a luz do grande lustre me segar,fecho os olhos quero me proteger da luz.

TREINADA PARA LUTAROnde histórias criam vida. Descubra agora