— Estás pronto, meu amigo? — Jervaise perguntara para Vincent.
— Sim.
Jervaise seguira Vincent, como um bom amigo, em sua vendetta. Ocultaram sua presença na folhagem densa e escura do bosque. Perderam algumas horas a esperar pelo alvo. Vincent almejava continuar com seu plano de vingança que lhe ardia as veias e lhe cegava. Ele escutara, antes de sair da mansão do duque, que Lorenzo pretendia visitar o Grande Mestre naquela noite. E segundo Alesso, onde encontrava-se Lucius, ali estaria Malquior. Ótimo! Mataria dois coelhos com um golpe só.
— Quando a carruagem da Vossa Alteza passar por esta estrada, pulamos no teto, e o faremos de refém. — Jervaise dissera, ajustando os braçais feitos de couro em ambos os pulsos. — Espero que Ícaro receba o meu perdão após isto.
— Ele sabia quem eu era... — Vincent dissera de forma distante. — Sabia que eu era um Assassino.
— Quem sabia? — Jervaise arqueou a sobrancelha.
— Alesso. O homem a quem matei — Vincent mantinha o olhar semoto. — Ele sabia quem eu era.
— Não há com o quê preocupar-se agora. Alesso levou teu segredo para o túmulo.
Assim que escutaram o relincho dos garanhões imperiais de pelo alvo como a neve, os dois Assassinos sabiam que aquele era dado como o momento perfeito. Saltaram do galho onde jaziam, pulando sobre o teto do coche, afundando-o com o peso. Rapidamente, Vincent deslocara-se para o lado do cocheiro a apontar o punhal em seu flanco.
— Olhe para frente e nem pense em parar este maldito veículo ou mesmo lançar-se dele! — exprimira entre dentes. — Vá mais rápido! — dissera Vincent.
O cocheiro por medo da morte que seria encomendada pelo Assassino ao seu lado, cujos olhos infernais fizeram-no suar frio pela nuca, oscilou bruscamente as rédeas dos garanhões, fazendo-os cavalgarem ainda mais depressa. Enquanto a Jervaise, restara somente invadir o comboio do príncipe. O ruivo surpreendera-se por ver o encapuzado de manto negro adentrar a sua carruagem.
— De onde saístes? — o príncipe alarmou-se, comprimindo o corpo contra o assento.
— Acalma-te, Vossa Alteza. Sou apenas um mero passageiro.
— Não! — os olhos castanhos de Lorenzo arregalaram-se. — És um deles! Um Assassino. — pôs a mão na trava da porta a fim de abri-la. — Irá matar-me!
— Estás louco? — Jervaise meneou a cabeça. — Não vou matar-te.
— Mentira!
Jervaise bufou, retirando do bolso do casaco, uma corda fina e um lenço. Agarrou o ruivo muito histérico, acabando por dominá-lo.
— Desculpe-me, Vossa Alteza — Jervaise amarrava os pulsos do príncipe. — Mas precisamos desta carona até Lucius.
— Como se atreve? — Lorenzo agitava-se. — Exijo que liberte-me!
— Novamente, queira perdoa-me — amordaçava o príncipe.
A carruagem disparava na trilha de terra, rumo a casa de verão que hospedava o líder da Seita. O príncipe encarava furiosamente o Assassino que o mantinha como prisioneiro.
— Somente colabore, Vossa Alteza. Levem-nos para o homem que causou toda esta contenda.
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Isidora irrompeu pela entrada da mansão, muito apreensiva, portando a rapieira nas mãos, seguida pelos homens da Guarda Real. Sabia o grande momento de dor que o príncipe passava, mas era necessário que ele a compreendesse. Florença não era um lugar seguro.
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BRAVURA
Historical Fiction"- Quero que seja um Assassino. O coração do pequeno menino parecia não caber no peito mediante a tamanha aflição, diante do questionamento do misterioso senhor. - Como disse, senhor? O garoto escutara perfeitamente o que o vecchio dissera...