SoulMate

07.

A Kimberly veio também para perto de mim e o Aiden.

- Como estás? - perguntou preocupada.

- Pensava que tinhas ido embora. - dei de ombros.

- Claro e deixar-te sozinha com o Jack?! Ele é maluco. - disse irónica. - Fui chamar o teu irmão.

Nesse momento ouvi o grito grave e bastante assustador. Olhei e o Justin estava a ser agarrado, pelo Scott e Jackson, enquanto o "namorado" da Cassie ria-se limpando o sangue do nariz.
Cassie mantinha-se boquiaberta a olhar.

Kimberly vai perto dela, e berra-lhe para a cara.

- Isto é culpa tua! Se tu não fosses tão invejosa e mesquinha nada disto teria acontecido. - gritou. - Não tenho culpa que o Justin não quisesse mais nada contigo, e ainda bem que não o fez. Tu não vales nada. - senti a dor na sua voz. - Tens inveja da minha família, da minha popularidade, de tudo o que me pertence. És uma interesseira que vai acabar sozinha Cassie. - cuspiu as palavras, empurrando-a.

Reparei que a nossa turma estava toda na porta, tal como alguns de outras turmas, tal como professores, mas ninguém se meteu, ou tentou separar, o que achei fora do normal.

Aiden levantou-me ao colo.

- Tu vais com eles também, o teu lábio está horrível. - percebi que a Kimberly falava com alguém.

- Não te armes na mãe. Eu estou bem, não é a primeira vez ou é?

- Justin, se faz favor.

Passado um pouco, vi o Justin perto de nós. Viramos á esquerda, e depois á direta. Uma porta de vidro, com letras grandes "Enfermaria". Justin bateu á porta, e logo de seguida foi nos aberta, por uma senhora um pouco baixa, com cabelo ruivo encaracolado, não volumoso.

- Bom dia Mrs. Wilma. - disse Justin.

- Novamente em confusões Mr. Williams?

Ele deu de ombros, entrando dentro do gabinete.

O Aiden já estava a ficar cansados dos braços.
A Mrs. Wilma, arregalou os olhos quando viu-me nos braços do meu irmão. Entramos a seguir ao Justin. Fui colocada em cima da maca, enquanto o rapaz de olhos caramelizados, sentou-se na cadeira ao lado.

- Era suposto vocês os três, estarem neste momento em aula? - Assentimos. - O menino pode me acompanhar até á secretaria.. Está magoado?

O Aiden negou.

- Venha comigo, e entregará o papel aos professores das vossas turmas. Mas primeiro, o que é que a menina tem?

- Dói me bastante o joelho, e pelo o que parece está inchado.

Ela aproximou-se de mim, apalpando-me o joelho, e eu gemi assim que senti uma dor no sítio.

- Não é grave, mas convém tratar. Enquanto eu vou com este rapaz á secretaria, Mr. Williams, aplique-lhe o spray azul e depois o saco de gelo. Você já está confortável nesta sala, e sabe onde estão as coisas. Para o seu lábio, acho que também sabe o que deve fazer. - ele deu de ombros.

Aiden beijou-me a testa, e disse que depois para ir ter com ele ao bar. Assenti, e ele saiu da sala com a mulher ruiva.

Justin suspirou, levantando-se. Abriu um armário também de vidro, tirando o tal spray azul.

- Consegues puxar as calças para cima?

Como utilizava leggins, foi fácil. Levantei até ao joelho, e o Justin aplicou o spray. Assim que senti o frio em contacto com a minha pele quente, fechei os olhos, mordendo o lábio, foi buscar um saco de gelo.

- Conta até 40, e depois podes tirar o saco.

Ele foi buscar um algodão, e aplicou no mesmo água oxigenada, pelo seu lábio inferior. Aplicou outra coisa no mesmo, e voltou a sentar-se na cadeira, também com um saco de gelo, nos lábios.

- Para entregar ou imprimir a porra de um papel é preciso tanto tempo? - pronunciei-me rude.

- Tu és sempre assim? - olhei para ele, arqueando a sobrancelha. - Tão apressada, e antipática?

- E tu és sempre assim? - ele ficou confuso. - Tão interessado na vida dos outros?

Mais uma vez, deu de ombros suspirando.

Bateram à porta do gabinete, e a expressão do Justin, mudou assim que abriu a porta.

- Como estás? - a voz familiar de uma rapariga, fez-se soar.

- É preciso ter muita lata. - riu-se. - Miúda, eu nunca gostei de ti, não quero mais nada contigo, e é bom que deixes a minha irmã em paz. Desaparece. Aproveita e vai curar do nariz do teu amigo, não ficou lá em muito em bom estado. - ouvi novamente a porta a fechar.

Pela sua resposta, era a Cassie.