SoulMate

14.

- Eu não acredito que nós voltamos á um ano atrás Justin. Tu andaste novamente á porrada por causa dela. Mais uma vez a culpa foi .. - interrompi-lhe.

- Ryan!

- Ryan o caralho, Justin! - elevou o tom de voz. - Depois da merda toda que ela te fez, tu ainda és capaz de te preocupar com ela?

- Ryan! Deixa de ser otario! - elevei o tom de voz.

- Otário? Essa gaja só te traz problemas meu. Mete-te os cornos, é amiga da pessoa que goza mais com a tua irmã, e tu ainda lhe defendes?

- Já estás a abusar. - rosnei, aproximando-me dele.

- Também me vais bater por causa de uma porca como ela? - nesse momento o meu punho bateu contra a sua cara.

- Justin! - Barbara gritou.

Scott meteu-se logo entre nós, e Jackson afastou-se com o Ryan.

- Vou-te levar a casa. - disse num tom fraco e rouco.

Barbaria assentiu, e seguiu-me até ao carro.

Chegamos perto do meu carro, e ela contorceu-se, deitando o que antes tinha ingerido. Rapidamente cheguei perto dela, e ajudei-a, sem se sujar.

Passado alguns momentos, ela levantou a cabeça e a sua cara estava super pálida. Passei as minhas mãos pela sua pele, e os meus olhos, encontram, os seus azuis brilhantes. Entramos para dentro do carro, e dirigi até a minha casa.

Eu estava completamente maluco, mas eu ainda tenho um sentimento bastante forte por ela, afinal de contas, foi o meu primeiro amor. Tivemos uma relação longa e muito emocionante. Como é óbvio e por mais que eu tente parecer, eu sou um rapaz sensível, que apesar de tudo a sua ex namorada ainda continua a ser o seu primeiro amor.

Assim que os meus portões foram avistados, ela remexeu-se no banco.

- O que fazemos aqui? - sussurrou.

- Se fosses para casa nesse estado, amanhã de manhã estava lixada com o teu pai. É melhor avisares, que não vais dormir em casa.

Ela cambaleava muito a cabeça, e o seus olhos não se permaneciam muitas vezes abertos.

Revirei os olhos, e sai do carro. Tirei ela de lá dentro e agarrei-a no colo. Fechei o carro, e entrei em casa. Subi as escadas com cuidado para não fazer barulho. Cheguei ao meu quarto, e deitei-a na cama.

- Dormes comigo?

- Isso não vai acontecer Barbara.

Ela fez uma cara estranha, e percebi que queria vomitar.

Levei-a rapidamente para a casa de banho interior no meu quarto, e ela vomitou para dentro da sanita. Agarrei nos seus cabelos, com algum cuidado.
Reparei que perdia as forças, e ajudei-a a manter-se sentada.

Estava sentado encostado á banheira, e ela estava encaixa entre as minhas pernas, com a sua cabeça no meu peito.

- Não acredito que te perdi. - sussurrou.

Não respondi, pois nem eu tinha uma resposta concreta.

- Sinto-me tão bem perto de ti. Da maneira que cuidas de mim. - olhou para mim. - Eu amo-te, e sempre amarei.

- Se tu me amasses, nunca tinhas feito o que fizeste.

- Todos nós cometemos erros, e esse foi um deles. - desviou o olhar, pousando novamente a sua cabeça no meu peito. - Só de pensar, que por beber um copo a mais, acabei por cometer o maior erro da minha vida, perdendo a coisa mais importante para mim.

- Faz parte do passado.

- Justin? - sussurrou.

- Sim?

- Obrigada por cuidares de mim.

Não respondi, apenas inspirei fundo.

- Posso tomar banho? - Assenti.

Levantámos-nos, e eu sai da casa de banho, fechando a porta. Deitei-me na cama, e ouvi o chuveiro a correr. Passei as mãos pelo cabelo, pois estava confuso. Vesti alguma cena para me deitar.

Ela saiu da casa de banho com o meu robe branco, e ficou á porta da casa de banho.
Dei por mim a observar o seu corpo nu. Engoli a seco.

- Diz que não me desejas. - aproximou-se. - Que não me queres tocar.

Levantei-me e aproximei-me mais dela. Aproximei-me dos seus lábios, e ao mesmo tempo agarrei o robe com o pé. Vi-a fechar os olhos, pensando que lhe ia beijar. Coloquei-o entre nós.

- Veste-te. - disse, deitando-me no colchão que tinha posto no chão.

Ouvi o seu suspiro. Virei-me de costas, e tapei-me completamente com a manta.

- Boa noite Barbara.