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- Sexta- Feira, 22 Jan 2016 -
1pm

A semana passou a correr, e nem dei por isso. Foi preenchida de testes, e trabalhos, sem parar. Kimberly era a minha parceira em todos, o que me facilitava a vida. Os testes, até agora todos eles, me tinham corrido bem, mais uma vez graças à Kimberly, que perdia um pouco do seu tempo, para me manter em dia, na matéria.

Estava quase a dar o toque, para podermos descansar durante 2 dias.

Contava os minutos, até a hora de sair, apenas cinco minutos.

Desde do incidente triste com a Cassie, a mesma não veio mais á escola. Aiden continuava a limpar os balneários, pelo menos até quarta-feira, da próxima semana. Justin já nem sempre estava connosco, e pouco tempo passava em casa. A própria Kimberly já tentou falar com ele, várias vezes, mas o mesmo afasta-a. Não avisa onde vai, nem quando volta. Ouvimos uns rumores, que ele estava novamente com a Barbara, mas não tínhamos certeza de nada, pois nunca mais os vimos juntos.

Acordei dos meus pensamentos, com o forte. Levantei-me, arrumando os meus livros dentro da mala. Kimberly falava com o professor, e eu aproximei-me dela. Agradeceu, e saímos da sala.

- Vais almoçar a casa? - perguntei-lhe.

- Sim, a Maria fez o almoço. - sorriu. - Queres vir fazer-me companhia?

- Tenho de ligar ao Aiden.

- Ele vai ter almoço com a equipa, todas as sextas a partir de agora será assim. - deu de ombros.

- E como estão as coisas com o Justin?

- Não dormiu ontem em casa, e pelos vistos nem ao treino foi. - sussurrou, suspirando. - Ele apenas não fala comigo. Está fechado em sete copas, mas do dia para a noite.

- Talvez, ele precise de espaço, para tomar certas decisões. - disse acalmando-a. - Vai ficar tudo bem. - sorri, e ela de volta.

Saímos de dentro da propriedade, e caminhamos até á paragem de autocarros.

Estava alguma gente na nossa escola, e algumas das raparigas, cumprimentavam a Kimberly, e ficavam a observar-lhe bastante. Tal a ela, como a mim, pois a acompanhava e éramos vistas na escola juntas, basicamente todo o tempo. As pessoas já notavam a minha presença, e por vezes nos corredores, cumprimentavam-me também.

O autocarro chegou, e nós entramos dentro do mesmo. Umas raparigas começaram a aproximar-se de nós, na tentativa de ficar sentadas ao nosso lado, pois aquele autocarro era bastante grande, e tinha várias paragens pela cidade.

Olhei para a Kimberly, enquanto a mesma se ria, das figuras das raparigas.

Aquela viagem já estava a ser um inferno, as pessoas eram super chatas, e estavam sempre a fazer perguntas, e sempre chegava a parte em se perguntavam "O Justin ainda é solteiro?". Percebia-se pela forma de estar, e falar, que queriam saber era do Justin, e da sua vida pessoal para poderem comentar entre todas, o que acabava por me incomodar, e deixar-me sem paciência.

Passados uns 15 minutos, e de 5 paragens, chegámos ao nosso destino. Levantei-me rapidamente, saindo do autocarro, puxando a Kimberly tinha o hábito de ser simpática com toda a gente. Notei que alguma delas, olhavam pela janela, para poderem perceber se seria ali que era a casa dos Williams.

- A tua sorte é que a tua casa não é já aqui, senão podes ter a certeza que pelo menos três vezes ao dia, tinhas visitas. - ela riu-se. - Não te sentes mal? Sufocada? Sem privacidade?

- Elas sabem aquilo que eu escolho contar, e sabem os limites como é óbvio. Eu sou super simpática.. - interrompi.

- Notou-se completamente.

- Como sei ser simpática, também sei cortar as raízes. - olhei para ela e franzi a testa, tentando esconder um sorriso. - É verdade.

- Estou a ver, que temos uma mulher durona. - rimos.

- Não duvides.

Assim que estávamos prestes, a chegar á casa dela. Justin, sentando no capô do carro. As suas mãos percorriam as nádegas da rapariga, que se mantinha de bicos de pés, e agarrava-lhe fortemente no pescoço. O meu olhar, encontrou-se com o da Kimberly, que ganhava um tom avermelhado.

- Não acredito que ele vai cometer o mesmo erro. - sussurrou.

- Aquela é que é a Barbara? - ela assentiu.

Depois do que lhe tinha dito, ele apenas tomou a decisão errada. Foi a escolha dele, eu apenas dei o aviso, não podia fazer mais nada. Não me iria intrometer na sua vida. Não tinha esse direito.

Kimberly correu até aos portões da sua casa, e entrou pelos mesmos, deixando-me para trás. Fiquei a olhar para ela, e rapidamente o meu olhar desviou-se para o Justin, e a Barbara que olhavam também para Kimberly. Rapidamente os nossos olhares encontraram-se, e eu só pude abanar a cabeça, e seguir a rapariga de cabelos loiros. Ele deu de ombros, e entrou dentro do carro com a Barbara, que tinha um sorriso cínico nos lábios.

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