SoulMate

06.

Entrei para dentro da sala, e o professor ainda não se encontrava na mesma. Sentei, e a Kimberly ao meu lado.

- Desculpa, a culpa é minha.

- A culpa é tua? - arqueei a sobrancelha. - Ela ser uma total criança irritante, que pensa que pode pisar todos? Acho que não.

- Ela não tem quase popularidade nenhuma, e é isso que ela está a tentar conseguir, tocando na minha família.

- A isso chama-se dor de cotovelo e querer centro de atenções. É o que ela tem, e o que quer ser. Não te culpes pela merda de pessoa que escolheste para ser tua melhor amiga. - disse um pouco bruta.

- Ela não era assim. Sempre foi super calma, e amável. Por vezes metíamos-nos em grandes problemas, por minha culpa. Sempre fui super aventureira, ao contrário dela. Nunca enfrentou ninguém, e nunca humilhou ninguém. - pôs as mãos na cabeça. - Não sei porque ficou assim..

Percebi que estava um pouco abalada com a situação, mas eu não tinha nada haver com isso.
A confusão era dela. Meti-me porque á minha frente, ninguém humilha ninguém.

A Cassie entrou para dentro da sala com um sorriso sínico.

- Talvez vás gostar da surpresa. - disse-me, sentando-se duas mesas à frente.

Fiquei um pouco confusa, pois não me percebi ao que se referia.
Poucos momentos depois, sou agarrada pelo braço de um desconhecido, e arrastada para fora da sala.

As minhas costas embateram com a parede, e o meu pescoço com o cotovelo do rapaz.

- Já te disseram para não te meteres na confusão dos outros? - o rapaz pressionou mais o cotovelo.

A Kimberly saiu da sala, e ameaçou o rapaz, como ele se riu, ela apenas desapareceu no corredor.
Boa.

- Tão forte, mas precisa do namoradinho para a defender. - revirei os olhos.

- Já ela tem alguém, ao contrário de ti. Pensas que vens para aqui e és campeã? Dás-te mal.

- Não tenho medo de nenhum de vocês, e tal como avisei a tua namorada, aviso-te a ti. Não te metas com as pessoas erradas.

Com isto dito, fingi que lhe ia acertar no meio das pernas, o que o fez afastar um pouco. Logo de seguida, aproveitei a distração, acertando com o meu punho na sua face. Ele começou-se a rir. Tentou atacar-me, mas eu acertei-lhe com um pontapé no peito, e ele recuou com alguma força contra os cacifos.

- Não te iludas, só porque sou uma rapariga.

A Cassie apanhou-me em falsa fé, e empurrou-me. Como não estava à espera, acabei por cair no chão, e de me magoar no joelho, sentindo umas dores horríveis no mesmo. Contorci-me, agarrada ao joelho.
Tentei não pensar muito, e decidi levantar-me mas foi em vão, pois ele deu-me um pontapé na boca. Senti o gosto a sangue, e o riso de Cassie fez-se ouvir.

Alguém me puxou, e deparei-me com o Justin. Irmão de Kimberly.

Começo a ver grande confusão, e o meu irmão estava lá metido.

- Nunca mais voltas a tocar na minha irmã. Dou cabo de ti. - vi-o a apertar as bochechas do rapaz, e o mesmo tinha sangue a escorrer-lhe pelo nariz.

- Anda, vou-te levar a enfermaria. - disse Justin.

- Não vou deixar o meu irmão aqui.

- Foi o teu irmão que me disse, para te levar para a enfermaria.

Assenti, e tentei andar. Um gemido saiu da minha boca, pois o meu joelho estava super frágil.

Ele abanou a cabeça, e tentou-me pegar ao colo.

- Não abuses. - revirei os olhos.

- É que assim, nem amanhã estamos lá.

- Não te pedi nada. - revirei os olhos.

Logo o meu irmão, veio ao nosso encontro.

- Então? O que ainda fazem aqui?

- A tua irmã não quer ajuda. - deu de ombros, afastando-se de nós.