Ela muda-se para o Canadá, com o seu irmão mais velho, após a morte dos pais. Sensível e cautelosa, são os dois adjetivos que mais lhe caracterizam. Após a morte dos pais, torna-se numa pessoa fria. Teve de se mudar para o Canadá por decisão do irmã...
- Consegues ser direta? - Perguntei um pouco rude.
- Escusas de falar assim, porque não tenho culpa nenhuma. - Resmungou, num tom um pouco alto. - Enquanto a Barbara dizia-te mil e uma mentiras, sobre os sentimentos por ti.. O Scott e ela andavam-se a comer. - Baixei a cabeça, levantando-a segundos depois, vendo-o ainda a olhar para mim, mas de maneira diferente. - Pelas palavras da Cassie, isso aconteceu várias vezes.
- Mais uma vez fiz figura de otário? - Disse baixo, mas num tom agressivo. - Não acredito.. - Sai da mesa, fazendo-a sair da bancada também. - E tu ficaste este tempo todo calada Samantha.
- Eu não queria ser a razão de uma amizade estragada, ou até mesmo de uma briga. - Olhou atentamente para mim. - Por falar em brigas, o que é que te aconteceu?
- Peguei-me com o Scott. - Desviei o olhar. - Eu já sei o que ele te disse, e essa foi a razão de ter ido embora. Só tenho pena, que acredites em tudo o que te dizem sobre mim até mesmo o rapaz que mais te quer ver afastada de mim, pelos vistos. - Afastei-me dela, indo até á porta de sua casa, pronta para ir embora. - Falamos depois Samantha.. - Abri a porta, e tentei sair da mesma, mas ela agarrou no meu braço puxando-me de volta.
- Não te vais embora chateado comigo Justin. Eu não tenho culpa, e principalmente não tenho nada haver com isso. - Falou num tom calmo. - Eu tive uma conversa com o Jackson, que me fez por pontos finais em muita coisa, e não pelo mau sentido. - Olhei-a atentamente.
- Primeiro duvidas de mim, mesmo depois de eu ter te dito tudo o que sentia, e ter sido o mais honesto possível. Depois, isto? - Balancei a cabeça. - Não me vou voltar a magoar a mim mesmo. Não vou criar mais ilusões sobre nós, quando percebi que não será possível.
- É, e será possível Justin. - Aproximou-se. - Eu acredito em ti. Eu quero estar contigo, quero confiar em ti. Apenas, não fiques chateado comigo.. Só não queria criar confusões, ainda por cima, ainda era meio nova cá. Se criasse logo brigas entres pessoas, imagina o que diziam de mim..
Num impulso, coloquei as mãos nas suas bochechas, colando os nossos lábios. Mesmo com o lábio magoado, não resisti de a beijar um pouco com brutalidade. Fiz pressão nas suas nádegas, para ela poder saltar para o meu colo. Sem cortar o beijo, andei até ao sofá, sentado-me no mesmo. As suas mãos despenteavam o meu cabelo, e massajavam o meu pescoço.
- Temos que cuidar das tuas feridas.. - Murmurou, deixando ainda a sua testa colada a minha. Vi as suas bochechas ganharem um tom avermelhado. Assenti, ganhando um pouco de fôlego. Se tivéssemos continuado, talvez eu não me controlasse.
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" All I wanna do is to make you happy. "
Saiu do meu colo, dando me um beijo curto nos lábios.
Ajeitei-me nos boxers, e aconcheguei a cabeça no ombro do sofá. Sentia a minha cabeça baralhada, devido à adrenalina, e a mistura de emoções que tinha tido momentos atrás.
Ouvi os seus passos, e sentei-me normal.
- Podes te por como estavas. - Sorriu. - Só tens de virar de barriga para cima.
Deitei-me assim como ela me pediu. Vi-a com algum cuidado colocar o liquido do algodão, e a aproximá-lo da minha cara. Assim que senti o fresco, relaxei e fechei os olhos.
Guardou tudo, e foi arrumar as coisas no sítio certo. Coloquei a minha mão na minha barriga, ainda assim de olhos fechados.
- Estás cansado? - Abri os olhos, assentindo. - Os teus olhos estão a ganhar um tom avermelhado.
Fiz-lhe sinal para se deitar perto de mim, pois o sofá era grande o suficiente para os dois. Ela, contornou o sofá, e num movimento pensava que ia cair.
- Estou a ver que vais cá dormir, mais vale dormir como deve ser. - Gozou, subindo as escadas. Fiquei confuso, mas agradeci por não me mandar embora, pois não me estava a apetecer conduzir. Muito menos ir para casa.
Chegou e jogou-me duas almofadas brancas, e um cobertor branco grande. O sofá estava aberto, o que deu mais espaço para ambos. Voltei a fazer sinal, e ela deitou-se de costas para mim. Tirei os sapatos. Estava a pensar em tirar a blusa, mas acabei por optar mantê-la. Desligou as luzes, e voltou para perto de mim. Senti-a aconchegar em mim, já virada na minha direção.
- Quero que confies mais em mim, como eu vou confiar.. - Murmurei. Dei lhe um beijo no nariz, pois era onde a minha boca chegava. Ela inclinou a cabeça e com algum cuidado, deu-me um beijo curto. Apenas entre lábios.
- Não me magoes.
- Não o vou fazer. - Procurei pela sua mão entrelaçando-a com a dela.
Enrolamos pernas, e sentia o meu olhar bastante pesado. As festas que me dava na cabeça, faziam com que adormecer fosse a coisa mais fácil. Enquanto o seu braço fazia alguma pressão no lado esquerdo do meu pescoço.