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- Antes fosse. - Dei outro golo na cerveja.

- Não me digas que tiveste com a Bárbara..

- Não. E, não vamos falar mais dela porquê querias bem enterrada Ryan.- Revirei os olhos. - Estive com uma amiga apenas.

- Tu não tens amigas Justin. - Riu-se. - Não que já não tenhas tido algo com elas.

- Esta é diferente. - Suspirei.

- Então porquê essa cara? - Bateu-me no peito. - Quando é que vais estar com ela de novo? E quando é que a podemos conhecer?

- Não vou estar.. Quer dizer, como queria, não vou estar. Ela fez questão de deixar isso bem claro.

- Explica-te lá melhor puto..

- Ryan, é assim tão difícil de lá chegares? Ela não quer estar mais comigo por pensar que é mais uma das outras todas. - Dei outro golo na cerveja. - Talvez, sejam coisas da minha cabeça mas, sinto grande química com ela. Garanto-te que nunca senti tão forte ligação com alguém, desde do relacionamento com a Barbara.

- Estou a ver que isso é mesmo sério.

- Nem um beijo consegui. - Resmunguei. - Tinha sempre o de "apenas amigos", na ponta da língua, por mais que eu saiba que é mais do que isso. - Acabei por completo a garrafa.

- Puto, sempre te disse. É giro quando comemos uma e outra, mas quando chega a que nós queremos.. A história de comer uma e mais outra, vai acabar por arruinar isso.

- A quem o dizes.

- Então e posso saber quem é a sortuda?

- A Parker. - Ele arregalou os olhos. - Não abuses Ryan. Não estou para brincadeiras.

- A rapariga que te dá mais para trás é a que tu queres? - Ele colocou a mão na cabeça. - Então é com ela que tens estado estes dias e até noites? - Assenti. - E nada aconteceu? - Neguei. - Mas sentes mesmo essa ligação? - Assenti novamente. - Pensei que um Williams nunca desistia.

- Mas também não obriga ninguém a estar com ele.

- Ainda por cima ela é das duras. - Riu-se, e eu olhei para ele, cerrando os olhos. - Estou só a brincar.

- Nós temos tanto em comum, mais do que eu alguma vez tive com a Barbara. Ela é super aventureira como eu. Adora explorar. É independente nos seus objetivos. Não é típica rapariga, maquilhagem e roupa, se me entendes.

- Entendo.. - Abanou a cabeça. - Entendo que isso está mesmo a mexer com o teu psicológico.

- Não gosto dela, isso é verdade. - Abri outra cerveja. - Mas adoro estar com ela.. Sinto-me tranquilo.

- Fica no teu canto bro. Vê se é isso mesmo que sentes ou é apenas atração física.. Sim, ela é muito boa. - Dei-lhe um leve murro.

- Não abuses. - Ele franziu a testa.

- Agora, sem brincadeiras. Faz isso que eu te disse.

A campainha do Ryan fez-se ouvir.

- Estás à espera de alguém? - Ele levantou-se ignorando a minha pergunta. Ouvi a voz de Alanna, e comecei me a rir. Levantei-me também, indo até á porta.

- Justin! - Abraçou-me. - Também vais ver o filme connosco? - Disse atrapalhada.

- Filme? - Olhei para o Ryan. - Não, tenho outras coisas para fazer. Portem-se bem.

O meu punho chocou com o do Ryan, e eu sai por completo da sua casa. Entrei dentro do carro, e fiz o caminho até á minha.

Os portões estavam abertos, o que me fez supor que alguém estaria em casa.

Entrei na mesma, e apenas a Maria, a empregada, se encontrava em casa.

- A Kimberly?

- A menina, veio a casa e saiu logo com o seu namorado.

- Obrigada.

- Precisa mais de alguma coisa?

- Não Maria, obrigada. - Sorri, e fui até ao meu quarto.

Tirei os sapatos, e deitei-me na cama.

Peguei no telemóvel, e mandei-lhe mensagem.

- Kiki -
- Já estou em casa.

O meu telemóvel tremeu, e revirei os olhos assim percebi quem era. Desliguei, pois tinha uma certa ideia, pela sua chamada.

Poucos momentos depois, a campainha tocou. Levantei-me rapidamente, tendo a noção de quem poderia era. Assim que abri a porta, apenas parei. Estava surpreendido e curioso, por ela estar perante a minha casa.

- A tua blusa.. - Esticou a mão, com a blusa na mão.

- Como vieste aqui?

- De táxi, ele está a minha espera. - Revirou olhos. - Vais agarrar nela ou não?

- Samantha, não sejas assim.

Ela entregou-me a blusa, e virou-me as costas.

Agarrei no seu braço, não deixando-a dar mais nenhum passo.

- Não te quero obrigar a estar comigo dessa forma. - Lambi os lábios. - Mas não vamos deixar de ser amigos por isso.

- A pergunta é mesmo essa. - Largou-se da minha mão. - Será que tu sabes ser apenas meu amigo, sem teres qualquer intenção? - Desviei o olhar. - Supôs. - Virou-me as costas, entrando dentro do táxi.

Suspirei e entrei dentro de casa. Mais uma vez, a campainha tocou, apesar de ter sido no exterior dos portões.
Vi pelo o pequeno visor, os olhos azuis da Barbara.

- Maria. - Chamei-a, num tom baixo. - Diz á rapariga que estou a dormir, e que não quero ser incomodado. - Ela assentiu. - Não abras os portões se faz favor.

- Sim menino. - Sorriu. - Pode ir descansar.

Abracei-a.

- A Maria é a melhor. - Sorri, e virei-lhe as costas.

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