SoulMate

31.

A sua expressão era maliciosa de vingança, pelo meu ato falhado, felizmente para ele, infelizmente para mim, não chegou a cair dentro da piscina, como eu tencionava.

- Para dentro da piscina não, por favor .. - Pedi entre risos, enquanto me afastava dele devagar.

- Não era a tua intenção meter-me lá dentro? - Balancei a cabeça.

- Talvez, ou talvez não. - Ri-me.

Vi o Jackson a correr atrás de mim, e cada vez mais perto, de me apanhar. Deparei-me com um muro, onde não tinha qualquer saída. Levantei as mãos, na tentativa de me render.

- Desculpa.. - Gargalhei, ainda com a respiração ofegante.

- Agora, que não tens por onde sair é que pedes desculpa? Não importa. - Sorriu.

Ele agarrou, prendendo-me contra o muro.

- A tua sorte é que não bato em meninas.

- Fico feliz, e agradecida por ter nascido menina então.

Aí as gargalhadas foram mais altas.

Voltamos para perto deles, e os mesmos secavam-se com umas toalhas.

- Estás a gostar da festa? - Ryan perguntou, e eu balancei a cabeça, confirmando á sua pergunta.

Vestirem-se novamente, e o meu pulso foi agarrado pela mão de Kimberly e o meu corpo levou um certo puxão da mesma. Mais uma vez, balançávamos ao som da música.

Aiden, já não se encontrava connosco. Olhei em redor, e encontrei-o a falar com o Justin.
Reparei na chegada, de uma presença feminina. Barbára. Observava tudo com muita atenção, principalmente o facto em que a mesma, tentou-se aproximar do Justin, e ele afastou-a, sem qualquer piedade. Ela abanou os cabelos, afastando-os dele.

Admito que fiquei um pouco orgulhosa.

Fingi ir encher os copos, e assim que me virei Justin já se encontrava sozinho.

- Ainda bem que fizeste a escolha certa. - Disse, mantendo assim uma expressão ainda fechada.

Ele deu um sorriso forçado, e tirou-me o copo da mão, engolindo de uma vez a minha bebida, afastando-se a seguir. Revirei os olhos, e voltei para enche-lo novamente.

{..}

Notei a ausência de Kimberly e Alanna, afastando-me dos rapazes. Procurei por elas, em toda a casa, mas não havia qualquer sinal da loira e morena.
Sai daquela propriedade, e podia dizer que a brisa já era mais fria. Reparei nas sombras, um pouco mais à frente, aproximando-me minimamente, podendo ver quem era.

Reconheci os cabelos da Alanna, que pelo o que eu via, agarrava Kimberly.

Apressei o passo, tendo visão da Cassie com sangue e na Barbara ainda a fazer peitos a Kimberly. Não estava com ideias, de andar á porrada novamente, apenas queria uma boa noite com bastante divertimento e sem preocupações.

Barbara preparava-se para bater na Kimberly, levando um empurrão da Alanna, e assim começou uma luta. Nesse momento, corri empurrando a Cassie que se preparava, para puxar os cabelos da Alanna. Assim que tive alcancei os braços da mesma, naquela luta, puxei-a, pondo-a perto da Kimberly.

- Elas não merecem metade daquilo que está a acontecer.

- E tu porque não te calas, e não voltas para o buraco que voltaste? - Perguntou Cassie, enquanto Barbara se limpava do relvado molhado.

Kimberly controlava-se bastante, e isso percebia-se pelo seu punho fechado, tal como Alanna. Pareciam lobos, prestes a caçar, na hora de refeição.

Eu ignorei o comentário.

- Cassie, ainda não percebi como é que consegues suportar tanta inveja pelos os outros? Deve ser triste, ser assim. Invejosa das pessoas que nos rodeiam. - Respondi ironicamente.

Barbara riu-se e bateu palmas.

- Já me tinham dito que tu eras grande campeã. Quer dizer, campeã no sentido em que tens muito lábia, mas pouca ação.

- Foi por isso que quase desmanchei a tua amiga, na casa de banho no outro dia. - Ri-me, tal como Alanna e Kimberly. - E uma coisa para ti, já que me atribuis o título de campeã, eu a ti atribui-te o título de oferecida. - Pisquei-lhe o olho, virando as costas, puxando-as comigo.

- Logo conversamos, punho a punho então amiga. - Barbara ripostou.

Cansada daquela atitude e conversa, voltei para trás, metendo-me á sua frente.

- Não faças ameaças, se não tens tomates para as cumprir babe. - Sorri irónica. Ela riu-se na minha cara. - Ou também és como a Cassie, precisa de ir chamar namorados e amigas para me virem bater ou ameaçar? - Elevei o tom de voz, num tom de gozo. - Fica calada, sempre faz melhor figura.

- Aqui quem não soube ficar calada foste tu.. Aposto que foste a correr a contar ao outro, sobre o plano da Cassie. - Barbara falou batendo palmas, novamente. - Infelizmente ele não acreditaria na tua palavra.

- Isso é o que vamos ver.

- Babe, ele ama-me. - Riram-se. - Mesmo eu lhe ter posto os cornos, ele ama-me. Só há um pequeno problema, é que eu dele só quero uma coisa? Nada. - Mais uma vez as gargalhadas foram altas da parte delas. - Talvez quando a vida dele tiver destruída, aí desista.

- Isso não vai acontecer.. Ele até te pode dar bola agora, mas acredita.. O mesmo brinquedo cansa, e ainda por cima se for rodado por todos.. - Ironizei.

Assim que lhe virei as costas, as minha costas embateram com o chão, devido ao puxão que me tinha dado nos cabelos.

"Parece que aqui, todas as raparigas tinham a mania, de falsa fé, e de cabelos."

Desta vez, a luta era um pouco mais agressiva, pois Barbara ao contrário de Cassie, tinha mais força. Ela mantinha-se em cima de mim, agarrada aos meus cabelos. Honestamente, não lhe queria magoar, pois se ela ativasse o meu lado de irritação, já a sangrar estava.

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