- Não preciso de saber. - Sacudiu as mãos dando um golo na bebida. - Mas algo te perturba e, fez com que ficasses com esse humor para baixo. Então, esta noite vamos tentar que aconteça o contrário..
Franzi a testa.
- Ju—
- Não precisas de algo que te tire a mente, do que o que seja? - Desviei o olhar. - Então não discutas. Prometo que irá ser divertido.
- Tudo bem.
- Então coloca outra cara.. - Dei de ombros. - Ou, então não.
Dei uma pequena risada á sua cedência fazendo-o sorrir.
Acabámos de comer e saímos do estabelecimento.
Entrámos dentro do carro e, ele começou a dirigir para longe. No caminho, o meu telemóvel tremia imensas vezes, fazendo-me suspirar.- Samantha dá-me o telemóvel. - Arqueei a sobrancelha. Segundos depois, senti o carro a parar. - Se faz favor?
- Porque razão é que te iria dar o meu telemóvel?
- É suposto esqueceres o que está acontecer.. Não, estar a ser relembrada com cada chamada.
Resmungou, esticando a mão, de modo a que lhe entregasse o telemóvel. Acabei por ceder, sabendo que provavelmente iria me arrepender minutos depois. Mas, a verdade é que não queria ouvir nada de Aiden.
Voltou a dirigir até ao destino e, instalou-se um silêncio.- Não quero mandar em ti mas, quero fazer-te esquecer do resto.
- Não era suposto ser apenas uma volta como amigos?
- Chamas isto outra coisa? - Dei de ombros, e ele balançou a cabeça.
Já estávamos dentro do carro á alguns minutos.
A minha falta de paciência e o excesso de ansiedade fez com que, me remexesse inúmeras vezes no banco.- Falta pouco.
Como saberia ele o que eu estava a pensar?
Poucos minutos depois, o que para mim, pareceu ter sido uma eternidade, parou o carro. Parámos de lado da estrada, onde só se via apenas mato.
- Agora és um serial killer? - Agora, fui eu a quebrar o silêncio.
- Tenho aspeto disso? - Assenti e ele forçou um sorriso. - Talvez, tivesses tido cuidado, nesse caso. - Dei uma pequena gargalhada, fazendo-lhe sorrir.
Ele adentrou entre as árvores e eu segui-lhe. Os barulhos eram imensos dando-me alguma vontade de recuar. Apesar do que sentia, não mostrei parte fraca.
Abaixava-me algumas vezes, devido às grandes folhas que estavam no caminho.- Começo a ter ainda mais certezas que és um serial killer. - Ele ignorou completamente o meu comentário.
Avistei várias cadeiras com pessoas lá sentadas, alguns adolescentes e outros mais adultos. Todos pareciam confortáveis nos seus lugares. Afastado daquele campo, havia um largo enorme.
Havia também uma pequena ponte verde que tinha uma vista mais próxima para o horizonte e, para o lago.Os meus olhos observavam cada pormenor daquela paisagem, ficando fascinada.
Senti o meu braço ser puxado de leve, indicando-me duas cadeiras largas. Sentei-me e, percebi que o Justin fazia algo no seu lado esquerdo.
Enquanto isso, continuava a observar as pessoas que frequentavam aquele sítio. Maior parte, eram casais, o que me fez repensar o porquê do convite.Tocou-me no ombro e, entregou-me uma bolacha que continha no meio marshmallow derretido e chocolate. Estranhei um pouco a sua simpatia ou, até mesmo, onde foi ele arranjar tais coisas.
- Já tinhas isto planeado.. - Ele franziu a testa. - As bolachas, o chocolate e o marshmallow. - Olhei para a bolacha, que transbordava de chocolate.
- Se reparares, toda a gente tem um cesto. - Comentou, fazendo-me observar as cadeiras, que continha cestos pretos, no lado esquerdo.
Dei de ombros, engolindo completamente a vergonha. Percebi que ele tentava conter um riso e isso fez com quem virasse a cara e, me insultasse milhares de vezes.
- Mas é isto que a pessoas fazem o tempo todo que aqui estão?
Perguntei, deliciando-me com a mistura de sabor de marshmallow derretido com o chocolate. Combinação perfeita. Ele olhou para o relógio que tinha no pulso.
- Mais 5 minutos e irás ficar maravilhada. - Comentou, dando uma trincada na bolacha.
- Suponho que todas as outras ficaram maravilhadas? - Ele olhou para mim, e mais uma vez forçava para não sorrir, fazendo-me arquear a sobrancelha. - Vou levar isso como um sim.
- Não o vou negar. - Revirei os olhos. - Mas também não vou confirmar essa "suposta" ideia. - Franzi a testa. - Só ainda três mulheres estiveram aqui, pelo menos, comigo.
- Não tenho nada haver com isso. - Encolhi os ombros.
Ele não me respondeu, olhou para o relógio e, depois para mim.
- Agora.. - Olhou para o céu, fazendo-me seguir o seu olhar.
Segundos depois, várias lanternas de várias cores voavam, seguindo o vento. Eram milhares e com milhares de cores. Tentei forçar não estar tão fascinada com as misturas que aconteciam e, como elas se integravam no céu mas, o meu fascínio por aquele momento era demasiado forte. Um sorriso bastante aberto foi colocado no meu rosto.
As pessoas todas que antes tomavam atenção ao que acontecia, levantaram-se e acenderam lanternas também.
Justin tinha duas, ainda não acesas, apenas em papel.
- É a nossa vez. - Sorriu. - Eu mostro-te como se faz.
Ele tinha um pó que colocou no ferro, e de seguida com o seu isqueiro, acendeu na parte de baixo. Segui os seus passos, e preparava-me para lançar.
- Fecha os olhos e solta os teus problemas.
Olhei para ele franzindo a testa. Ele deu uma pequena risada.
- Estou a falar a sério Samantha.
Revirei ligeiramente os olhos, entregando-lhe um sorriso fechado. Cedi, fazendo o que tinha pedido.
Abri ligeiramente o olho, para me certificar que não estaria a gozar comigo. Ele mantinha-se de olhos fechados, e eu acabei por fechar os meus.Dei 3 problemas á lanterna, para a lançar. Abri os olhos, e lancei-a. Esvoaçou espalhando-se com as das outras pessoas, e até mesmo com a do Justin.
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SoulMate
FanfictionEla muda-se para o Canadá, com o seu irmão mais velho, após a morte dos pais. Sensível e cautelosa, são os dois adjetivos que mais lhe caracterizam. Após a morte dos pais, torna-se numa pessoa fria. Teve de se mudar para o Canadá por decisão do irmã...