O professor apitou, dando início ao exercício.
Scott era super prestável. Passa-lhe a bola, e ele a mim. Algumas vezes eu falhava a passar-lhe, o que lhe provocava gargalhadas.- Não te preocupes, isso vai lá com o tempo. - disse ele, entre gargalhadas.
- Mas já estou a melhor, diz lá?
- Talvez. - cerrei os olhos. - Estás sim.
Continuamos com o exercício, e demorou por volta de 15 minutos. Já tinha melhorado bastante, ao controlo da bola, nos pés. Não desisti, enquanto não o consegui fazer na perfeição
Um apito fez-se ouvir, e todos nós paramos, fazendo uma roda á volta de Robert.
Ele elogiou o Scott, pelos meus progressos, tal á Kimberly e ao Aiden, ao Justin e uma rapariga, que não conhecia.
O professor, deu nos ordem de podermos voltar para o balneário, e assim o fizemos, excluindo os rapazes de futebol.Chegando ao balneário, estava a despachar-me para ir ao banho, até que oiço um grito de alguém. Sai da zona dos banhos, voltando ao balneário central. Uma discussão entre Kimberly e uma outra rapariga, era alta e agressiva.
- Porque não admites que a tua família é uma merda? É verdade. Todas nós sabemos. O teu irmão, não se controla. Talvez já comeu, esta escola toda..
- Inclusive a ti. - Kimberly cuspiu as palavras.
- Cala-te. Foi um erro. E tu és apenas uma menina mimada, que pensa que é popular. - riram-se.
- E quem és tu? - disse, fazendo as atenções virarem para mim.
- Sou aquilo que querias ser. - respondeu, num tom superior.
- Invejosa, atrofiada e infantil? - ela arregalou os olhos. - Não obrigada. Deixo esse papel para ti.
Agarrei no braço da Kimberly, fazendo-a ir comigo.
- Ainda bem que encontraste alguém que te protege, já que os teus pais não querem saber de ti para nada. - a rapariga disse rindo-se.
Virou-me as costas, e a sua mão embateu contra a cara da outra rapariga.
- Falares de mim é uma coisa, agora envolveres os meus pais na conversa, a coisa dá para o torto. - falou, de uma forma ameaçadora.
Agarrei novamente no braço da Kimberly, puxando-a com mais força, para os banhos.
- Não devias ter perdido o controlo. - disse enquanto me preparava para entrar no chuveiro.
- Ela faz com que eu perca. Ela sabe o meu ponto fraco.
- Como é que sabe?
- Eu e a Cassie éramos melhores amigas, até o ano passado. O meu irmão magoou-lhe e ela vingou-se em mim. - revirou os olhos. - É sempre a mesma conversa. As pessoas normalmente aproximam-se de mim, devido á popularidade na escola, ou pela popularidade do meu irmão.
- Não percebo. - abanei a cabeça. - O que é que o teu irmão é assim tanto nesta escola?
- Não apenas nesta escola. É o capitão da equipa de futebol, raras foram as vezes que perderam. É conhecido pelo "deus grego" - fez uma cena estranha com os dedos. - Está sempre em festas. Toda as raparigas o desejam.
Terminei o banho, tal como a Kimberly.
- Apenas ignora. - penteei o cabelo.
- Tento ao máximo, mas há coisas que não consigo engolir.
- Mas também não te vais descontrolar, cada vez que refiram os teus pais, por mais revoltante que seja. Só lhes vais dar razão.
Já estávamos vestidas, e fomos para apanhar as nossas malas. Só que "por acaso" elas não estavam lá.
- As malas? - Kimberly perguntou.
Revirei os olhos, e sai do balneário.
Fomos em direção à sala, que íamos ter. Entrei nela, e lá estava a Cassie.
Agarrei-lhe pelo braço, pondo-a fora da sala.- Larga-me estupida! - elevou o tom de voz, e as pessoas do corredor olhavam para nós.
- As malas?
- Quais malas? Não sei de tal coisa. - sorriu.
- Não tenho paciência para raparigas infantis, e sem educação, totalmente irritantes. - cuspi as palavras.
- Encontrei. Estavam debaixo das bancadas do campo. - Kimberly disse, aproximando-se.
Uma roda juntou-se á nossa volta, devido á minha mão ainda apertar o braço da Cassie.
- Vou-te avisar de uma coisa. Não sou das pessoas que tu queiras ter problemas. Estou-te a avisar. Não voltas a mexer nas nossas coisas. - disse num tom ameaçador, cerrando os dentes.
Larguei-lhe o braço, afastando-me da multidão.
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SoulMate
FanficEla muda-se para o Canadá, com o seu irmão mais velho, após a morte dos pais. Sensível e cautelosa, são os dois adjetivos que mais lhe caracterizam. Após a morte dos pais, torna-se numa pessoa fria. Teve de se mudar para o Canadá por decisão do irmã...