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Afastou-se e respirou fundo.

- Consequências de álcool Samantha. - Suspirou. - Não quero que te preocupes. O Justin já tratou desse assunto, por mais que desejasse ter sido eu..

- Eu lembro-me de ter ido para o meio da confusão, onde tu estavas também envolvido.. - Ele assentiu. - Começou tudo a esmurrar-se. A Kimberly basicamente no meio de tudo e, quando me tentei meter lembro-me de ter tido uma dor bastante forte e cair no chão. É tudo o que me lembro Aiden.

- O rapaz quem o Justin confrontava, acertou em ti quando queria ter acertado no Justin.

- E depois?

- Depois o quê? - Perguntou franzindo a testa. - A Kimberly foi a primeira a ver-te. Estava grande confusão! Nem tu, nem ela se deviam ter metido. - Resmungou.

Abanei a cabeça, pois não queria saber mais pormenores. Esquecer tudo, era o que queria.

- Também já sei que andaste á porrada com a Barbara e a Cassie. - Ele falou, deixando-me em choque. - A Kimberly contou-me.

- Elas mereciam.

- Tu nunca andaste tantas vezes á porrada. Nunca foste rapariga de agressividade. Sempre odiaste tal coisa Samantha.

- As coisas mudam, as pessoas igual..

- Isso quer dizer, cada vez que ouvires algo que não gostes vais partir para a violência?

- Tu não tens mural Aiden. - Balancei a cabeça. - Tu costumavas andar á porrada cada vez que ias a festas..

- Por eu fazê-lo não quer dizer que o tenhas de fazer.

- Estou farta daquelas duas. - Respondi, sentando-me no sofá. - Farta de as ver humilhar pessoas, e acharem que podem ficar por cima. Odeio injustiças.

- Ignora. Acredita que vais sair a ganhar.

- Será que tu te consegues ouvir e fazer o mesmo?

- Eu sou rapaz Samantha. Há coisas que as raparigas não entendem e, isso é uma delas. Os rapazes tendem a entrar na violência por tudo e por nada.. Sabes que se tiver sóbrio, sei ignorar.

Assenti, sentindo-me completamente derrotada.

Ele tinha razão. Se as ignorasse talvez elas não tivessem por onde puxar, e várias coisas seriam evitadas.

- Como está a correr as empresas? - Perguntei, quebrando aquele ar constrangedor.

- Penso que bem. Tenho algumas reuniões por computador mas, acho que os aliados dos pais estão a tratar bastante bem da empresa.

- O tio Peter está á frente daquilo? - Ele assentiu.

- Acho que nos vem visitar em breve. - Sorriu.

Peter, era quem nós tratávamos como tio, apesar de não ser de sangue. Foi ele que cuidava de nós, e ao mesmo tempo trabalhava na empresa. Era o melhor empregado dos meus pais, e bastante fiel. Ele adorávanos, tal como nós a ele.
No natal, quando os meus pais não estavam em casa, ele vinha e fazia sempre de pai natal. Era mágico com ele.

- Talvez devêssemos tratar dessa nódoa não achas?

- Como é que tu não ficaste com nenhuma marca? - Ele rolou a blusa que tinha, e nas suas costas, no lado da costela direita, tinha um corte um pouco grande, e por volta roxo. - Meu deus Aiden..

- A Kimberly já tratou disso. Ela é que tem a pomada.

- Nós temos primeiros socorros.. - Riu-se.

- Talvez seja melhor ires descansar. A enfermeira disse ao Justin que, pelo menos nas primeiras 24 horas terás de descansar. Evita movimentar-te muito e fazer muitos esforços.

- Que seca.. Talvez me sente no sofá, e veja alguns filmes.

- Queres companhia? - Olhei para ele.

- Não.. Acho que devias ir para perto da Kimberly. Ela precisa mais de ti que eu.. Mas, podias me fazer um chá e colocar bolachas num prato. Talvez seja melhor trazeres o pacote. - Sorri.

- Quando é que vais deixar de pensar nos outros, e preocupares-te mais contigo?

- Eu estou bem, e se precisar de alguma coisa eu ligo-te prometo.

Ele abanou a cabeça, e dirigiu-se para a cozinha.

Mudei várias vezes de canal, pois nada de interessante passava pela televisão, num domingo de "manhã".

Momentos depois, Aiden pousara a caneca com chá, e um prato com bolachas, pondo a seguir o pacote. Olhei para ele, que tinha um sorriso rasgado na cara.

- Pousa o pacote. - Ordenei.

- Vais ficar gorda Sam.. - Riu-se.

- E? Estou me nas tintas. - Tirei-lhe o pacote da mão, pousando-o na mesa. - Adeus Aiden. - Sorri, acenando-lhe.

Ele beijocou a minha testa, e acabou por sair de casa.

Dei um golo com cuidado para não me queimar, acabando por me deliciar com o sabor a baunilha e caramelo.

A campainha fez-se ouvir.

- Aiden se te esqueceste das chaves, vou-te matar por me fazeres levantar do sofá! - Gritei, indo em direção á porta.

Assim que abri a porta, a minha vontade foi de fecha-la outra vez.

- O que vieste aqui fazer?

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