5pm
Estava perante a casa do Ryan.
Depois de caminhar mais de 3 vezes de um lado para o outro, decidi tocar a campainha.
A porta foi-me aberta, e os meus olhos avistaram uma nódoa roxa pouco visível.
- O que queres? - perguntou rude.
- Vim-me desculpar pela minha atitude para contigo. Não foi a minha intenção dar-te o murro.
- Não é a primeira vez que o fazes por causa da Barbara.
- Não comeces com isso se faz favor. Eu vim aqui desculpar-me, não para bateres mais na mesma tecla. Eu não estou com ela, nem vou voltar a estar. Ontem estava passado.
- Por causa dela, repito.
- Ryan quem é que está.. - Kimberly parou assim que me viu.
- O que fazes aqui? Não ias ter com a Samantha? - perguntei, franzindo a testa.
Ela abanou a cabeça, e entrou novamente para dentro de casa.
- Eles estão todos aqui Justin.
- E não me diziam nada?
- A Kimberly disse que ainda estavas com a Barbara. Ela dormiu na tua casa não foi? - Assenti, e ele abanou a cabeça. - Envolveram-se já sei.
- Mas que merda Ryan?! Tu achas mesmo? Eu posso ainda gostar dela, e tu perfeitamente sabes que isso não muda do dia para a noite, já pensaste pela mesma experiência. Preocupo-me com ela como é óbvio, mas o que aconteceu á um ano atrás, não se vai voltar a repetir. - elevei o tom de voz.
- Justin, eu apenas não te quero novamente agarrado a coisas, e afastado de nós. Conheço-te desde de puto, e essa foi a tua pior fase.. Não te quero ver nela de novo. - colocou a sua mão no meu ombro.
- Isso não vai voltar a acontecer, acredita.
Ele abanou a cabeça, e bateu mais uma vez no meu ombro.
- Entra, estamos a ver a guerra de jogos entre o Jackson e o Chad. - riu-se, e eu retribui-lhe com um sorriso.
Entrei dentro de casa, fechando a porta atrás de mim.
Estavam praticamente todos lá.
O meu olhar cruzou-se com o da Kimberly, apesar de a mesma ter desviado por segundos, e um sentimento de culpa percorreu o meu corpo. Jackson e Chad gritavam do jogo de futebol que estavam a fazer um contra outro.
Encontrei Samantha sentada no sofá, com as suas pernas em cima de Scott.
Ryan sentou-se perto de Aiden, e começaram a gritar para ambos se desconcentrarem, o que me fez dar uma pequena gargalhada.
Sabia que tinha de falar com ela, e apesar de não ser a melhor altura, aquele sentimento permanecia, e era desconfortante. Toquei no seu ombro, fazendo-a olhar para mim.
- Podemos falar? - ela assentiu, e dirigiu-me até á cozinha do Ryan. - Desculpa como falei contigo esta manhã.
Ela baixou a cabeça, mas rapidamente enrolou os seus braços no meu peito.
- Desculpa o que te disse. Como é óbvio, quando tiveres mal, prefiro que venhas falar comigo. - sussurrou, o que me fez sorrir. - Apesar de não apoiar nada a vossa relação, quero te ver feliz.
- Kimberly, eu não estou com ela, e não vou voltar a estar. - ela olhou para mim, e sorriu. - Sofri muito com ela, e não quero voltar a sentir tal coisa novamente. E sei que afastava me muito de vocês, e isso não vai voltar a acontecer.
- Mas tu ainda gostas dela..
- Um pouco, foi muito forte o que tivemos, mas também acredito que com o tempo isso vai acabar por se ir desvanecendo.
- Devias arranjar outra namorada. - riu-se.
- Não, obrigado. Por enquanto adoro a vida de solteiro, e curtir a minha vida livremente, como eu quero. - ri-me.
- Imagino que sim.
Entreguei-lhe um beijo na testa, e enrosquei-a novamente nos meus braços.
- Os pais não voltar tão cedo Kimberly. - sussurrei.
Ela afastou-me e olhou para mim. Os seus olhos transmitiam desilusão e preocupação.
- Como sabes?
Retirei o telemóvel do meu bolso, e mostrei o email que tinha recebido umas horas atrás.
"Justin querido,
Eu e a tua mãe iremos viajar para a Europa, durante algum tempo em trabalho.
Maria irá dar conta do recado em casa, sempre que precisarem. Não nos liguem, pois provavelmente estaremos muito ocupados. Espero que compreendam, este caso é importantíssimo para a minha carreira e da vossa mãe. Avisa a tua irmã e cuida dela.
Todos os meses iremos por uma quantia em ambas as contas.Um beijinho grande.
Pai, Mãe"
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SoulMate
FanfictionEla muda-se para o Canadá, com o seu irmão mais velho, após a morte dos pais. Sensível e cautelosa, são os dois adjetivos que mais lhe caracterizam. Após a morte dos pais, torna-se numa pessoa fria. Teve de se mudar para o Canadá por decisão do irmã...