Fiquei um pouco triste pela Kimberly, pois o plano da Cassie estava a funcionar, e o Justin estava a cometer o seu pior erro. Ele iria por perder a confiança e proximidade que tem, com todos aqueles que o rodeiam, apenas por um mero objetivo da parte de Barbara e Cassie.
Entrei para dentro de sua casa, e eu não dava encontrada com ela. Uma senhora, bateu contra mim.
- Desculpe Maria. - sorriu.
- Se está á procura do menino Justin, ele saiu agora, com a namorada. - abanei a cabeça, perguntando sobre a Kimberly. - A menina Kimberly, foi para seu quarto.
Agradeci, subindo rapidamente as escadas. Abri a porta, e ela estava sentada na cama, com os joelhos dobrados, os seus braços apoiados nos mesmo, e a cara escondida no meio deles.
- Ele vai acabar por perceber Kimberly. - disse, sentando perto dela.
- Enquanto isso, ele vai acabar por perder todos que gostam dele, e realmente se preocupam com ele. - olhou para mim, e desta vez os seus olhos tinham a cor vermelha, bastante visível. - Foi para isto, que o vi chorar? Que o vi a partir coisas, do sofrimento que ela o causou? Os meus pais pouco querem saber, e se eu o perder nas mãos dela, vou acabar sozinha. - a sua voz era baixa, é bastante fraca. Percebia que aguentava as lágrimas, e isso fazia com que o meu espírito ficasse desanimado. - Eu não irei suportar vê-lo de novo em tal mundo.. tão obscuro e cheio de sofrimento, por uma pessoa que não merece.
- Nunca irás ficar sozinha. - dei um pequeno sorriso. - Tens o Aiden, tens me a mim.
- Só gostava, que ele entendesse que ela não é certa para ele. - suspirou.
Tentei confortar-lhe com algumas palavras. Rimos algumas vezes, e acabamos por estar as duas a falar de outro assunto, e era isso que ela precisava. De esquecer por momentos.
Almoçamos, e combinamos com os rapazes de ir jogar bowling. Como nenhuma de nós conduzia, Aiden veio-nos apanhar.
Assim que a viu sair de casa, ele saiu de dentro do carro, e correu na sua direção. Abraçou-lhe, e deu-lhe um beijo curto nos lábios. Percebi que ela tinha ficado envergonhada, pois tinha sido á minha frente. De seguida, chegou-se perto de mim, e beijou-me a testa, também dando-me um abraço.
Entramos para dentro do carro, e fizemos o caminho até ao centro de bowling. Eu mantinha os olhos na estrada, apesar da minha mente estar completamente fora dela.
Entramos para dentro do centro, e já os berros do rapazes se faziam ouvir. Vários adolescentes também lá estavam. Para meu espanto, avistei o cabelo meio loiro, do Justin, e a sua expressão aborrecida.
- Não sabia que ele também estaria aqui. - Kimberly reclamou.
- Ele combinou com o Ryan, também pensava que ele não iria estar. - deu de ombros.
Aproximamos-nos deles, e assim que nos puseram a vista em cima, arrastaram-nos para jogar também. Eu recusei, pois o meu objetivo tinha-se tornado noutro. Percebi que tentavam distrair a Kimberly, e o mais engraçado, era a expressão do Aiden pouco satisfeito com a situação. Sentei num dos bancos, dois lugares afastada do Justin. Ele suspirava várias vezes de seguida, tendo a mesma atitude de uma criança de 3 anos, totalmente contrariada.
- Vais continuar? - olhei para ele. - Por amor de Deus, se não queres estar aqui, vai-te embora. Não estejas com essa atitude.
Levantei-me, em direção do bar que lá tinha. Pedi uma Coca-Cola para mim, e fiquei á espera que ma entregassem.
- Nunca te fiz nada de mal, e tu estás me sempre a falar mal. - resmungou. - Se quiseres também começo, a ser um filho da puta.
Arqueei a sobrancelha.
- Vê como falas comigo Justin. - sussurrei. - Não achas que já te estás a comportar como tal? Quer dizer depois do que o que te disse, tudo o que fazes é o total contrário? - ele desviou o olhar.
- E porque é que te importas tanto comigo?
- Não estou importada contigo, mas parece que os que estão á tua volta apanham com algumas das consequências não achas? - entregaram-me a Coca-Cola, e eu agradeci, dirigindo-me á mesa alta, colocando a mesma dentro do copo com gelo.
- A vida é a minha, logo eu tomo as decisões. Sou maior de idade, não tenho de dar explicações a ninguém.
Abanei a cabeça.
- Não vale a pena, faz o que quiseres Justin.
Coloquei a palhinha no copo, e voltei ao meu lugares. Um banco ficou mais pesado, e percebi que o Scott tinha vindo sentar-se ao meu lado.
- Já lhe foste contar é?
Olhei para ele, e sorri.
- Deixa de ser infantil Scott, já te avisei que não sou igual a ti. Estou à espera que tenhas colhões suficientes, para admitir aquilo fazes nas costas dele.
- Quem disse que ainda o faço?
- Só pesa na tua consciência amor. - pisquei-lhe o olho, e desviei.
Ouvi a bufar, e eu revirei os olhos.

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SoulMate
FanfictionEla muda-se para o Canadá, com o seu irmão mais velho, após a morte dos pais. Sensível e cautelosa, são os dois adjetivos que mais lhe caracterizam. Após a morte dos pais, torna-se numa pessoa fria. Teve de se mudar para o Canadá por decisão do irmã...