- Olhem lá! É a Floresta Labirinto! - disse um garoto com a cabeça para fora da janela.
- É mesmo! - disse outro garoto fazendo o mesmo.
- Enfim, chegamos... - disse John com uma voz mais aliviada.
- Já estava demorando! Não aguento mais ficar nessa Van - reclamou Aisha.
- Eu é que devo dizer isso - falei enquanto olhava a floresta pela janela - Estou nessa Van a mais tempo que qualquer um.
- Você é a primeira que o John busca, não é? - perguntou Aisha.
- Sim, sempre sou - respondi olhando em sua direção.
Nós paramos em frente a trilha que sempre seguíamos na floresta e saímos de dentro Van, aguardamos o John estacionar ela em um lugar secreto que tinha perto da estrada. Então assim que ele voltou, começamos a caminhar em direção a entrada secreta do Castelo Minori. Nossa pequena caminhada seria um pouco difícil por causa da subida e nós ainda tínhamos que levar a nossa mala. Dois garotos Dominadores da força ofereceram a sua ajuda para aqueles que estavam com muitas malas e estavam com dificuldades de leva-las sozinhos.
- Será que a Ária já chegou? - Aisha perguntou de repente.
- Acho que sim, lembra que a Van dela sempre chega primeiro - respondi enquanto dava passos largos.
- Verdade... - Aisha começou a olhar em volta. - Mesmo eu tendo passado por essa floresta várias vezes eu ainda me arrepio, ela é muito sinistra. Alguém já veio aqui, John? Tipo... "As pessoas normais".
- Sim senhorita Aisha, muitos jovens vem aqui mas eles não adentram muito na floresta por medo de se perderem - respondeu John enquanto seguia em frente. - Afinal, a floresta faz jus ao seu nome.
- Alguém já se perdeu aqui, John? - perguntei enquanto andava ao seu lado.
- Sim senhorita Diana, vários por assim dizer. E bem... nunca mais foram vistos e ninguém conseguiu achar os corpos - respondeu John enquanto passava a mão em sua cabeça.
- Por que os corpos não são encontrados? - perguntou Morfeus.
- Diz a lenda que há um guardião na floresta que não gosta de humanos. Se algum humano entra em sua floresta ele o faz se perder, ele traça um caminho que vai na direção do local de descanso do ogro da floresta. Por isso os corpos, bem... não são encontrados - explicou John.
- Nossa... Mas e nós? Apesar de termos poderes ainda somos humanos, certo? O guardião também nós odeia? - perguntou Melissa.
- Hum... de um certo modo, não. Nunca tivemos problemas com ele... - respondeu John após se desviar de um galho cheio de espinhos.
- Por quê? Agora fiquei curiosa - disse Aisha enquanto caminhava ao lado de John.
- Acho que é por que não somos iguais aos humanos, nós vemos o mundo de outra forma. Não fazemos mal a natureza, praticamente fazemos parte dela por causa de nossos poderes e de nossos ensinamentos - explicou John. - Mas não é todos os humanos que o guardião odeia, aqueles que tem um bom coração ele não os machuca, aqueles jovens que vem na floresta e retornam são os de coração puro, e os que não retornam... Bem, vocês já sabem a resposta.
- Nossa, é meio bizarro... mas não deixa de ser incrível - disse Aisha.
- Algum aluno do Castelo já desapareceu, John? - perguntei.
- Sim, ele se chamava Erick Flow. Era um dia chuvoso e tudo parecia calmo até ouvimos um estrondo ecoando pelo Castelo. Erick era um Dominador das sombras, e dominar esse poder era difícil e ele é bastante raro. Nesse dia ele estava treinado com seu pai como de costume, mas ele acabou se rebelando e deixou que as sombras falassem mais alto. Tentamos o acalmar e o impedir que saísse do Castelo mais não conseguimos... Depois que ele entrou nela nunca mais o vimos, ele simplesmente... desapareceu.
- Pai? Quem é o pai dele? - perguntou Morfeus.
- Cloud... Cloud Vangor, é o professor de vocês - John respondeu.
- O professor Cloud também é um Dominador das sombras, certo? - disse Melissa. - Nossa... até o filho teve esse poder...
- Sim senhorita Melissa. Mas ao contrario do filho, ele conseguiu dominar o poder das sombras. Cloud sempre foi um ótimo professor, não acham? - disse John.
- NÃO! - disse a maioria dos alunos ao mesmo tempo.
- Ele sempre grita com a gente - resmungou um garoto.
- Ele é muito rigoroso - reclamou uma garota.
- Ele é chato - disse uma garota enquanto olhava para suas unhas bem feitas.
- Ele faz a gente treinar muito... - disse um garoto com uma voz abafada. - E eu tenho um pouco de medo dele.
Aisha solta uma risada e fala - Medo?
- Ele não deixa a gente descansar direito - resmungou outro garoto. - Sempre nos mandando fazer isso, aquilo...
- Ah... vamos lá, ele é um professor legal - John disse enquanto sorria.
- NÃO MESMO! - disse a maioria dos alunos ao mesmo tempo outra vez.
- Eu acho ele legal - falei.
- Eu também acho, e meio que já me acostumei com o seu jeito de ensinarmos e treinarmos - Aisha falou após limpar um suor em sua testa. - Eles reclamam porque são frescos!
- Não tenho nada contra a ele - disse Melissa. - E não acho que ele assustador, não vejo motivo para se ter medo dele.
- Eu acho a mesma coisa, irmã - Morfeus disse enquanto olhava em sua direção.
Enquanto caminhávamos os alunos ainda continuaram reclamando do professor Cloud, Aisha ficou conversando com eles e tentando mudar a forma que eles viam o professor mais acabou sendo em vão. Ele podia ser muito rigoroso as vezes, mas ele é um bom professor.
Então depois de um tempo, finalmente tínhamos chegado na passagem secreta do Castelo Minori. Era uma muralha de rochas extremamente grandes, caso alguém se aproximasse, iriam achar que era apenas um aglomerado de rochas, e nada mais que isso. John se aproximou dela e tirou uma corneta de sua mochila e a tocou, então a passagem a nossa frente foi se liberando lentamente.
- Pessoal, chegamos! - disse John ficando em frente a entrada já a mostra. - Sejam bem vindos ao Castelo Minori!
Notas da Autora: Olá leitores e escritores, gostou do capítulo? Se gostou deixe seu voto e comente o que você está achando da história. Beijos e até logo.
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Castelo Minori: A Escola Para Jovens Especiais(Em Revisão)
FantasyNormal. Essa é uma palavra que não combina e nunca combinará comigo. Isso fica bem claro para mim toda vez que vejo o seu significado no dicionário ou em qualquer outro lugar. Às vezes fico pensando: "Será este o duro destino que carregarei pelo res...