*Cloud Vangor narrando*
- Por agora aguardem, veremos vocês as oito horas da noite em frente ao bosque - falo com as mãos para trás.
- Você está bem, Cloud? - pergunta Magnus colocando sua mão em meu ombro. - Receber essa noticia logo no dia em que sua esposa morreu não deve ser fácil.
- Não se preocupe tanto, Magnus - falo. - Você me subestima muito.
- Esse é nosso amigo nervos de aço - disse Maya cruzando os braços. - Vou pegar umas flores e estarei indo.
- Também - disse Maitê.
- Está bem - falo. - Vou indo na frente, vejo vocês lá.
Lorellay era uma pessoa tão amável e gentil, ela foi uma das pessoas que mais me ajudou quando precisei. E foi por isso que acabei me casando com ela. Mas ela era muito fraca, sempre estava presa a cama. Ela era muito teimosa, fazia esforços quando não podia, até que um dia ela disse que queria ter um filho. Disse a ela que podíamos adotar uma criança então, mas ela não queria adotar, ela não podia engravidar. Mas como disse ela era teimosa, conversamos com um médico e ele disse que as chances dela sobreviver ao parto eram poucas, mas ela não se importou, ela queria dar a vida á uma criança, a nossa criança. Lorellay acabou engravidando e e gestação foi bem tranquilha, ela ficava me dizendo que tudo ia dar certo, estava bem até agora. Mas então vi uma noticia na televisão, uma lua vermelha apareceria nos céus, rezei para que não aparecesse no dia do nascimento do meu filho, mas ela acabou escolhendo o dia certo. Quando a bolsa de Lorellay estourou, a levei o mais rápido possível para o hospital, era uma gravidez de risco, qualquer minuto perdido era fatal.
Fiquei ao lado dela na hora do parto, ela estava pálida e sentia muita dor, ela segurava forte a minha mão. Quando Erick nasceu ela teve uma parada cardio respiratória. Fiquei gritando seu nome desesperado enquanto as enfermeiras me seguravam afastado de Lorellay. O medico fazia de tudo para anima-la mas não conseguiram. Eu tinha perdido mais uma pessoa que era importante para mim, eu passei a achar que era por causa da maldição que estava em mim que fazia as pessoas ao meu redor morrerem. Mas esses pensamentos eu sabia que era a própria maldição tentando me vencer. Depois que passou um dia, uma enfermeira veio até a mim com meu filho em suas mãos, quando o peguei em meus braços e o olhei, foi uma sensação muito boa, era como se ele estivesse me consolando. Eu prometi que faria de tudo para proteger meu filho, eu o treinaria e não deixaria que a maldição o consumisse.
Era incrível como ele se parecia com a mãe, era teimoso igual a ela. Ele estava indo bem nos treinos, mas... eu via que eu o estava o perdendo. Mesmo contando a ele o que a maldição era capaz, ele não me dava ouvidos, falava que era uma bobagem, e dizia que eu era fraco. Ele não tinha medo do pai, sempre me desafiando. Eu sempre achei que eu não era um bom pai, se Lorellay estive viva acho que nosso filho ainda estaria aqui.
O dia que ele sumiu eu o estava treinando, ele estava de mal humor no dia porque uma garota tinha lhe dado um fora. Falei para ele esquecer isso e se focar no treino, ele queria conversar comigo mas eu não quis ouvir, "Foque no seu treino" eu dizia. É minha culpa, se eu não tivesse agido assim e tivesse ter dado mais amor a ele... talvez, talvez ele estaria comigo.
Quando ele saiu do treino ele estava coberto por sombras, estava descontrolável. O seu poder tinha despertado por completo, eu quase vi o Dragor nele, aquele olhar frio se formando, isso me fez ficar paralisado. Ele aproveitou que Elizabeth estava doente e conseguiu romper a barreira, passou pelo portão e desapareceu na floresta. Eu tentei o achar mas eu nunca o achei, sai o procurando por todos os lados mas foi tudo em vão. Eu nunca mas vi meu filho outra vez. Então um dia me tranquei no meu quarto e desejei estar morto, eu não conseguia proteger ninguém... A maldição atacou e meus poderes começaram a se descontrolar, um dos meus olhos ficou vermelho e Magnus apareceu no meu quarto apos derrubar minha porta. Fez meu sentidos voltarem. Hoje em dia eu tenho que usar uma lente para tampar a minha pequena derrota. Um olho é azul, o outro é vermelho. Faço disso como um aviso para mim mesmo, é isso que acontece quando se é rendido pela fraqueza, tenho que me manter forte pela minha família e pelos meus amigos.
Eu sinto que depois que aconteceu isso meus poderes aumentaram, mas não vejo isso como uma coisa boa, prefiro ser fraco e ter humanidade. E não ser forte e me tornar um monstro sem sentimentos. Eu posso ter perdido um poco da minha humanidade por causa desse olho vermelho, mas isso ainda não faz de mim um monstro.
Lorellay foi enterrada em um pequeno cemitério perto do Castelo, John iria nos levar lá, era mais rápido.
- Bem, aqui estamos - disse Maya com um pequeno buque de lírios amarelos.
Seguimos em direção ao tumulo de Lorellay, quando chegamos havia uma rosa vermelha sobre ele.
- Alguém veio aqui - disse Maya colocando as flores no tumulo.
- Só tem uma pessoa que colocaria essa rosa - falo a pegando e a jogado longe. - Aquele desgraçado.
- Ele ainda tem a cara de pau de vir aqui e fazer isso - disse Magnus.
- Todos os anos ele faz isso - disse Maitê enquanto colocava suas flores no tumulo. - Eu ainda não entendo o que você via nele, Maya.
- O que? Naquela época ele era diferente, eu por acaso eu iria adivinhar que ele ia fazer isso? - disse Maya.
- Isso não é a hora e muito menos lugar para se discutir isso - disse Magnus. - Vamos respeitar um pouco o amigo de vocês.
- Desculpe... - disse Maitê.
- É... Desculpe Cloud - disse Maya.
- Tudo bem... - falo.
*Dragor narrando*
- Meu lorde... estamos muito perto, não seria melhor nos afastarmos? - disse Mikael preocupado.
- Relaxa... Eles não podem sentir a minha presença - falo. - Maya... Continua a mesma, eu podia ter a manipulado na época, ela seria uma boa seguidora. Maitê... Continua bela... Aposto que a idiota ainda tem uma queda pelo Magnus, bem agora ela tem uma chance. John virou um motorista!? Que piada...
- Eles eram seus amigos, meu lorde? - pergunta Mikael.
- Bem... pode se dizer que sim, posso sentir que há algo diferente no meu querido irmão - falo. - Oh! Acho que alguém se descontrolou um pouco, isso é bom. Agora ele é um pouco mais forte.
- Eles estão indo embora - disse Mikael.
- Estão todos desprevenidos... Se eu quisesse eu os mataria agora... Mas não seria nada ético e e nem um pouco divertido. Venha Mikael... - falo indo em direção ao tumulo de Lorellay. Pego a rosa e a coloco novamente em seu tumulo. - O idiota do seu marido a tirou então estou a colocando novamente... Esqueci de lhe dizer, Erick lhe mandou lembranças, querida Lorellay.
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Notas da Autora: Olá leitores e escritores, gostou do capítulo? Se gostou deixe seu voto e comente o que você está achando da história. Beijos e até mais.
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Castelo Minori: A Escola Para Jovens Especiais(Em Revisão)
FantasyNormal. Essa é uma palavra que não combina e nunca combinará comigo. Isso fica bem claro para mim toda vez que vejo o seu significado no dicionário ou em qualquer outro lugar. Às vezes fico pensando: "Será este o duro destino que carregarei pelo res...