Normal. Essa é uma palavra que não combina e nunca combinará comigo. Isso fica bem claro para mim toda vez que vejo o seu significado no dicionário ou em qualquer outro lugar. Às vezes fico pensando:
"Será este o duro destino que carregarei pelo res...
Cada vez mais e mais alunos eram eliminados, agora eramos apenas 12 competidores, se mais dois alunos se encostarem eu conseguirei ganhar, preciso me mover para outro lugar mas ao mesmo tempo eu não consigo, de repente sinto alguém se aproximando de mim lentamente, a voz diz que eu tenho mais dois minutos restantes para ficar parada. Ouço então um sussurro atras de mim...
- Fique parada... Diana!
- Quem... espera, conheço essa voz... É você... Derec? - falo assustada.
- Acertou... - disse Derec.
- Como... como você sabia quer era eu? - pergunto.
- Você tem perfume de rosas, por isso reconheci você - disse Derec.
- Sei... bem, preciso me mover ou serei eliminada, até! - falo.
- Espere! Não vá para lá, aqui, pegue esse pano - disse Derec jogando o pano sobre o meu ombro. - Não se preocupe, podemos segurar nós dois o pano, vou guiar você para um lugar onde não tem ninguém.
- Como você sabe em que direção eu estou indo? E porque eu deveria confiar em você? - falo.
- Já disse! Você tem perfume de rosas, por isso sei onde está, e porque você não deveria confiar em mim? Eu não sou nenhum monstro ou um cara mal, posso aparentar ser assim, mas não sou. Quero apenas ajudar você - disse Derec. - Me deixe ajudar você a ganhar essa prova.
"60 segundos, 59, 58..." dizia a voz.
- Está bem, apenas... apenas vamos logo ou serei eliminada - falo.
Segurei firme o pano e ele começou a me levar para um caminho, a contagem parou e então fiquei mais aliviada. Não sei quem realmente é o Derec, mas por agora, vou confiar nele.
- Cuidado, tem um buraco aqui - disse Derec.
- Como você consegue andar tranquilamente nesse lugar? - perguntei.
- Eu fiquei muito tempo na escuridão, por isso meus olhos se adaptaram a ela - disse Derec.
- Na escuridão? - pergunto.
- Sim... opa! Cuidado, mais um buraco - disse Derec. - Meus... meus pais me trancavam em um porão que ficava bem no subsolo da minha antiga casa, era muito escuro, não dava para enxergar nada, mas com o tempo minha visão se adaptou a escuridão, passei a enxergar nas sombras.
- Então você consegue me ver? - pergunto.
- Bem... não nitidamente, mas consigo. Mas o que eu disse mais cedo também é verdade, você cheira a rosas - disse Derec.
- Sei... Bem, deve ter sido um pesadelo para você ficar preso em um parão - falo. - Por que seus pais faziam isso com você?
- Porque eles me achavam um monstro, eles eram muito... religiosos sabe - disse Derec. - Eles não enxergavam isso como um dom que Deus me deu, mas um dom que o diabo me deu.
- Nossa, sinto muito por isso - falo.
- Não sinta, já passou - disse Derec. - Eu só sai daquele parão quando um professor do Castelo Magistralium apareceu, fui reconhecido como um garotinho que foi abandonado pelos pais, pois, não fui escolhido para ir para o Castelo Minori, onde todos possuíam pais que os amava mesmo não sendo humanos normais.
Me senti comovida por essas palavras, Aisha estava errada, Derec era só mais um garoto normal que foi abandonado pelos pais quando era criança. Depois de um tempo paramos e nos sentamos em umas lápides pequenas que haviam no local. Realmente era um lugar seguro onde não tinha ninguém.
- Apenas temos que aguardar por agora, e depois nos mover de quatro em quatro minutos até que dois alunos se encoste - disse Derec.
- Sim, eu posso fazer mais um pergunta? - falo.
- Claro! Pergunte... - disse Derec.
- Você é mesmo um Dominador do gelo? - falo.
- Sou! Quer que eu lhe prove? - disse Derec.
- Quero mas... aqui não é um bom lugar - falo.
- Estamos bem afastados, não vai dar em nada - disse Derec.
- Está bem - falo.
- Observe, olhe na direção da minha voz... - disse Derec.
Então no meio daquela escuridão eu consegui ver uma neve em sua mão tornando forma de uma flor.
- Viu? Aqui! Vou jogar em sua direção - disse Derec jogando a flor em minha direção.
- Gelado... - falo. - Desculpe por duvidar de você.
- Não tem problema, afinal, não se pode confiar em uma pessoa que você não conhece, certo? - disse Derec.
- Sim... - falo enquanto a flor derretia sobre as minha mãos.
- Ei! Olhe... parece que a prova acabou - disse Derec.
Bem longe consegui ver um garoto e uma garota iluminados, então várias luzes se acenderam e vários confeites e balões caíram sobre nós.
- Parabéns competidores! A prova chegou ao fim! - disse a professora Maitê através de um interfone.
- Ha ha! Ganhamos, Diana! - disse Derec se levantando.
- Sim, ganhamos - falo fazendo o mesmo.
*Enquanto isso no Estádio...*
- Uau... essa foi uma grande prova! Apesar que quase não enxergamos direito os alunos por estar muito escuro - disse o diretor Magnus.
- Mas com o detector de calor deu pra ter uma ideia onde estavam todos - disse o professor Cloud.
- Verdade, bem! Então vamos ver no telão os grupos vencedores! - disse o diretor Magnus.
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- Ótimo! Agora vamos dar inicio a próxima prova! Olhem mais um vez para o telão - disse o professor Cloud.
Quinta prova: Coma a vontade! - Apenas uma pessoa do seu grupo pode participar. O aluno(a) que aguentar comer mais que os outros ganha. Apenas uma pessoa sairá vencedora.
Notas da Autora: Olá leitores e escritores, gostou do capítulo? Se gostou deixe seu voto e comente o que você está achando da história. Beijos e até mais.
