Capítulo 13

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A semana seguinte passou num ritmo mais lento do que nunca. Os dias arrastavam-se cercados de expectativas. Ao menos, tive tempo de me preparar para o que estava por vir.

Na verdade, por mais que eu quisesse, seria verdadeiramente difícil estar pronta. A cada hora passada, estava mais perto o momento em que Henrique iria me levar para a cama e obter o que tanto desejava.

Após uma noite cercada de expectativa, acordei naquele sábado de manhã junto com o sol. Ainda estava tonta de sono, porém estava ansiosa demais para poder dormir. Resolvi, portanto, tomar um banho.

Uma ducha gelada de manhã cedo era algo terrível para aquele final de julho. Eu queria, no entanto, que aquele choque do frio da água do chuveiro fosse forte o bastante para me retirar daquele estado irritante ansiedade. Funcionou por um momento. Quando eu já arrumava a minha bolsa de viagem, porém, voltava a ficar elétrica.

A programação seria encontrar com Henrique logo depois do almoço. Ele viria buscar-me de carro na portaria do edifício, como da última vez. E, ainda como na vez anterior, passaria a viagem inteira me alisando. Seria um tempo longo demais naquela pré-excitação; suficiente para ele não demorar muito em me jogar na cama e obter o seu objetivo.

Já era uma hora da tarde quando sentei-me no sofá da sala à sua espera. A minha frente, repousando sobre o vidro da mesa de centro da sala, o meu celular. Minhas duas mãos estavam juntas entre meus joelhos, enquanto eu balançava as pernas. Ao meu lado, a minha bolsa de viagem, pronta para ser sacada assim que aparecesse a identificação de Henrique na tela do meu aparelho.

Não demorou muito, e logo apareceu a foto do rapaz loiro e bronzeado naquele dispositivo. O vidro da mesa fez um barulho bem alto quando o meu celular começou a vibrar na chamada, tornando tudo aquilo mais escandaloso ainda.

Atendi. Era ele, e já me esperava lá embaixo.

Depois que desliguei a chamada, guardei o celular e levantei num pulo. Com um só movimento, agarrei a alça da minha bolsa e a levantei do sofá. Em poucos passos, alcancei a maçaneta da porta.

Antes mesmo de gira-la, parei por um curto instante, com duração suficiente apenas para que tomasse um profundo fôlego.

É, não havia mais volta.

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