81

4K 139 1
                                    


Senti alguém balançar meu braço. Ouvi uma voz longe que cada vez mais se aproximava. Senti tirarem meu cobertor de cima de mim e foi aí que meu corpo despertou.
Silvana: Filha, acorda! — gemi frustada. Abri os olhos e minha mãe estava sentada, esperando que eu acordasse — Vamos jantar? — me sentei e olhei em volta.
Lari: Cadê o João?
Silvana: Está lá embaixo conversando com seu pai — ela riu — é um moço bom de papo — sorri de lado e fui interrompida pelo bocejo — Ele desceu quando você dormiu, e acho que está rindo até agora de algumas coisas que seu pai disse.
Lari: E o que ele disse? — me levantei e fui para o closet, tirei a parte de cima do pijama e peguei um vestido curto de moletom.
Silvana: Suas histórias de quando era criança — veio junto comigo.
Lari: História da época que ele era um pai para mim — suspirei.
Silvana: Larissa...
Lari: Vamos descer? — a interrompi. Espalhei meu cabelo, arrumando-o ao mesmo tempo.
Ela respirou fundo e assentiu. Ela entrelaçou meu braço no dela e saímos do quarto.
Silvana: Sobre isso de quando ele era seu pai, eu preciso te dizer uma coisa — descemos as escadas.
Lari: Mãe, eu sei que ele precisava ir para o trabalho e você também, e sei que quando chegavam, chegavam cansado, tudo bem, já estou comovida — entramos na cozinha.
Silvana: Não é isso. Eu queria te dizer a verdade sobre o seu pai verd...
Leandro: Silvana? — entrou na cozinha. — vamos jantar lá fora hoje, providência tudo pará-la. Boa noite, Larissa.
Lari: Boa noite, pai.
Silvana: Vou falar com os empregados — me soltou e foi falar com os empregados.
Lari: Onde está o João?
Leandro: Está no jardim. Vá até lá e diga a ele que já chego, só fui pegar os papéis que irei mostrá-lo.
Lari: Claro — passei por ele e sai para o jardim. Descalça? Sim. Mas não importa. Isso me lembra a infância.
Olhei em volta procurando o João e ele estava na mesa a qual jantaremos hoje, com uma garrafa de cerveja na mão e olhando o celular.
Cheguei por trás e coloquei minhas mãos em seus olhos, tampando sua visão.
Lari: Advinha quem é! — sussurrei no seu ouvido e mordisquei ali.
Vi os pelos de sua nuca subirem. Se arrepiando. Ele pegou minhas mãos e me puxou.

Jolari - Não tenho culpa(CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora