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Leandro: Olha quem chegou — começou a rir.
Silvana: Filha, não ligue para o que ele diga. Ele está completamente bêbado.
Leandro: Só bebi um copinho de nada. E que bom que está aqui, Larissa, vamos colocar as cartas na mesa.
Lari: Quando eu souber sobre o assunto.
Silvana: Filha, vamos sair daqui — chegou perto de mim.
Lari: Não. Quero saber dessa tal verdade.
Silvana: Não é nada importante, vamos...
Lari: Se não é nada importante, por que não me diz? — me aproximei da mesa do meu pai.
Ficando de frente a frente com ele, só com a mesa no meio de nos.
Leandro: Vamos, Silvana, fale.
Silvana: Leandro, pare — gritou. Sua voz estava chorosa.
Lari: Fale, Leandro. Agora.
Leandro: Fale direito comigo, Larissa. Sou mais velho que você, mereço respeito.
Lari: Fale logo — gritei e bati minha mão na mesa.
Leandro: Me respeite, garota — gritou de volta — Eu te criei durante todos esses anos da sua vida, respeito é a única coisa que você pode me oferecer.
Lari: Você quer tanto falar a verdade, pode falar então.
Leandro: Esperaria sua mãe confessar que no dia da nossa lua de mel — levantou a voz — confessou que estava gravida, e a única coisa que eu tinha feito com ela era um beijo na merda do casamento. Durante todo o nosso noivado ela saia com outro, agora quando ele sumiu ela veio chorar no meu ombro — gritou — adoraria ter tido uma filha com ela. Ter uma filha do meu sangue. Minha filha — gritou novamente e jogou o copo que estava na sua mão na parede, arrancando um grito meu e da minha mãe — Mas não, não. Agora, Silvana, cadê o pai dessa garota que nunca esteve aqui para sequer olhar na cara dela? Ler uma história para ela dormir? Nunca apareceu. E se aparecesse, pensaria se poderia vê-la. Eu a criei como minha filha. Em certos momentos pensei que realmente foi minha filha. Mas ela não puxou a nada a mim. Não é minha filha. Não é. — uma lágrima escorreu pelo meu rosto. — Agora Larissa, pergunta para tua mãe onde seu pai está! — me virei para minha mãe.
Ela chorava baixinho perto da porta.
Lari: Mãe...
Silvana: Morto. Ele está morto. — soluçou.
Engoli em seco, e sai correndo dali, sentindo as algumas descerem pelo meu rosto.

Jolari - Não tenho culpa(CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora