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Chegamos no shopping e ele parecia um pouco vazio. Prefiro assim, do que ficar me escondendo atrás de seguranças segurando pessoas que querem me ver.
Talvez por que seja dia de semana que está mais vazio. Não que eu não goste, eu amo o carinho de todos, mas assim eu me sentirei mais confortável.
Ele estacionou o carro e nós descemos. O estacionamento do shopping estava deserto, só nós lá. O João Guilherme acabou tirando o terno, e folgando as mangas da blusa, subindo-a até os cotovelos. " Larissa, não olha, se não você vai acabar se jogando em cima dele." Meu subconsciente gritava. Arrumei meu cabelo e minha roupa vendo pelo reflexo do vidro do carro. Será que ele será o mesmo ogro que conheci ontem no jantar? Se sim, terei que ter muita paciência. Assim que ele ficou pronto nós seguimos direto ao elevador que nos levou para dentro do shopping. Como eu disse, tinham poucas pessoas ali. Algumas nos olhavam e sorriam, eu retribuía.
João: O que quer fazer?
Lari: Você que sabe!
João: Não quer fazer compras?
Olhei para ele e ele olhou para mim, com a sobrancelha erguida e segurando o riso. Acabei soltando uma risada abafada.
Lari: Sinceramente não, amo essas coisas mas, e um tédio ficar trocando de roupa toda hora para ver se uma da certo.
Revirei os olhos e ele riu alto.
João: Você é a primeira mulher que vem comigo no shopping e não quer fazer compras.
Lari: Se quiser, podemos entrar e olhamos para você.
Apontei para frente, onde ficava uma loja de roupas masculinas bem recomendadas.
João: Já tenho muitas, e também acho um tédio ficar escolhendo roupa.
Sorri sem mostrar os dentes e olhei para a frente novamente. Do lado da loja de roupas masculinas tinha uma loja de jogos. Várias crianças brincavam dentro de um carinho e outras na moto. Mas uma me chamou atenção, ela estava dentro de um cercado lotado de bichos de pelúcia e sorria animadamente. Não me segurei, me aproximei deixando o João para trás e cheguei perto dela, e me agachei do lado do cercado. Ela me olhou ainda sorrindo e levantou um flamingo rosinha, me entregando. Sorri e peguei ele. Pelo canto dos olhos vi o João, com as mãos nos bolsos e nos observando.

Jolari - Não tenho culpa(CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora