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Me aproximei do pequeno móvel que tinha ali a abri a primeira gaveta, tirando os lenços para remover a maquiagem.
Me virei e me apoiei na pia, enquanto ele ficava na minha frente.
Ele não parava de olhar para mim, então comecei pelos olhos.
Ele colocou suas mãos na minha cintura e se aproximou mais, ficando no meio das minhas pernas.
Assim que desci para suas bochechas, fiquei um pouco incomodada com seu olhar fixo em mim.
Lari: O que foi?
João: Nada.
Lari: Você não para de olhar para mim.
João: Só estou admirando minha esposa — olhei rapidamente nos seus olhos.
Intensos.
Um calafrio desceu por minha costela.
Tirei delicadamente o batom da sua boca, me desconcentrando as vezes com sua mão na minha cintura.
João: Já conversou com sua mãe?
Lari: Não. A evitei a noite toda — peguei outro lenço.
João: O que você vai fazer quando conversar e ouvir toda a verdade e tal?
Lari: Ultimamente todos os meus pensamentos estão de cabeça para baixo. Sei lá, esfriar a cabeça um pouco, me afastar de certas coisas.
João: De mim? Por exemplo...
Lari: Não, não! — respondi rapidamente.
João: Mas, lembre-se — sorriu — se afastar de mim não muda o que eu sinto por você.
Lari: E o que você sente por mim?
João: Podemos descobrir, juntos — entrelaçou nossos dedos e prensou mais ainda meu corpo no dele.
Engoli em seco.
Lari: Se apaixonou tão rápido assim por mim, João Guilherme Ávila?
João: Digamos que sim, essa menina marreta, linda, teimosa, gostosa, inteligente, um máximo, generosa, digna, um amor de pessoa, me desafiou, me irritou — revirou os olhos — me ajudou, me compreendeu em vários momentos. Larissa, não tem uma pessoa que não se apaixone pela pessoa que você é. — sorri.
Lari: Esse homem chato na minha frente, estúpido, arrogante, delicioso, sofisticado, sedutor, idiota, sexy, apaixonante, me deixou com raiva, quase que te decapitando, me ajudou, me escutou, me aturou, me agüentou. Não tem uma pessoa que não se apaixone pela pessoa que você é, João Guilherme. — ele sorria igual a um idiota.
João: Agora vai me chamar de " meu amor "? — mordeu meu lábio.
Lari: Posso te chamar de outras coisas se quiser.

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Jolari - Não tenho culpa(CONCLUÍDO) Onde histórias criam vida. Descubra agora