Orfeo.

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Capítulo LXXIV: Orfeo.

Teresa sentia o  cheiro de sangue e suor, misturados com a poeira e a cara de espanto daquelas pessoas, ela não sentia muito poder saindo daquela criatura e não era problema. O grande lobo salta preparando um ataque ela já estava cansada e pula em direção a criatura, a guerreira cai de pé e um pouco de sangue manchava sua roupa, o lobo cai no solo formando uma enorme poça de sangue.
Ela solta a cabeça da criatura que ainda estava em suas mãos, caminha até as suas espadas e as tira do chão e nesse momento ela nota o numero de olhos brilhando no escuro que agora a olhava com fúria. Uma dezena de lobos pula em direção a ela, Teresa segura suas elas espadas e gira rápida como treinará e as cabeças caem no chão.
Os corpos ainda se debatiam quando ela finalmente sentiu a origem daquilo, um par de olhos nãos monstruosos como destas criaturas, mas humano e bem consciente. Ela corre em passos rápidos e precisos pelos escombros, seja o que for não se mexia, a juíza golpeia o que deveria ser o tronco do ser e o barulho do metal de chocando e os vultos das espadas nas sombras tentando parti-la ao meio são parados pelas espadas dela.
Os olhos somem dando lugar a bater de varias asas, muitos morcegos voando ordenadamente até o centro de onde era a igreja, lá revela um homem loiro e com um sorriso maléfico sem duvida aquilo era um vampiro um rei da noite.
Vampiro:- Deixe eu me apresentar Teresa, eu sou Orfeo o primeiro vampiro.

No século XVI um servo que vivia numa plantação de trigo, renunciou a sua fé em Deus e orou para que o diabo o salvasse daquela vida miserável e injusta.
Um homem loiro e branco de origem da atual França, foi atendido por uma entidade um tanto sombria e poderosa, uma nobre condessa atendeu aos seus pedidos de justiça, Abaddon a mãe da bruxaria o seduziu até o cemitério. Sua beleza o deixava extasiado, nunca uma nobre se quer olhara para ele e a mais linda de todas que ocupava sua mente antes de todas as noites o levava para a escuridão e ali ela o beija fazendo juras de amor.
Orfeo seduzido diz sim a tudo o que ela propunha sem pensar no que estava fazendo de fato e assim ele vendeu algo além de sua alma, sua vida e sua vontade em troca de poder para punir aos filhos de Deus. Preso pela sua condição ele começou a vagar a noite e matar qualquer um que Abaddon mandasse e ele exigiu uma ultima coisa antes de finalmente se entregar.
Orfeo:- Eu quero que seja minha e de mais ninguém por toda a eternidade.
Abaddon que era apaixonada na beleza e no seu amor pelo seu mestre, mesmo sabendo que não poderia romper com o acordo o responde: - Feito.
E assim Orfeo e Abaddon dividiram os séculos que se passaram até os dias atuais como um casal insano de amantes que busca acima de tudo o poder total e Orfeo era tão poderoso quanto qualquer demônio ou anjo e nunca havia testado os seus limites.

Teresa - A Juíza dos AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora