Um drinque no inferno.

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Capítulo XII: Um drinque no inferno.


Carlos caminha até Teresa, que levanta com a sacola na mão e visivelmente assustada.

Carlos: - O que houve? Você esta quase branca. Ele pergunta olhando nos olhos dela.

Teresa:- Eu assustei com um rato nada demais. Ela mente para evitar um questionário de perguntas e se ela contasse o que virá sem dúvidas todos pensariam que era louca.

Carlos fingiu acreditar e sem pedir acompanha Teresa que já andava para casa, uma dúvida surge na cabeça dela e resolve perguntar como se quisesse puxar assunto.

Teresa: - Carlos onde está seu carro?

Carlos:- Está na oficina, problema nos freios sabe como é. Ele coça a cabeça e continua a andar.

Teresa não diz mais nada, não gostava do tipinho dele, os dois caminharam até chegar ao destino, Teresa segue sem agradecer e com certa pressa. Ao entrar em casa sem olhar para trás Carlos notando como a garota não sentia o mínimo de empatia e vai embora. Teresa coloca as cinzas num pote, eram prateadas com um brilho estranho e era a prova que ela tinha do que tinha visto poucos minutos antes. Cansada, com a cabeça a mil, Teresa vai direto ao banheiro e relaxa com um banho quente ao som de Evanescence.
Assim que termina o banho Teresa segue até a cozinha e belisca alguns doces e refrigerante, graças a Carlos ela não iria ver a amiga hoje o que era estranho, apesar de irritante elas conversavam todos os dias.
Assim que termina ela já estava exausta e vai direto a cama, pensando em tudo que seus olhos viram, de repente um frio estranho e incomum invade o quarto, ela se cobre e fica agradável. Sons de gritos começam invadindo o quarto eram gritos altos e desesperados, Teresa pula da cama e corre tentando abrir a porta, mas sem sucesso. O desespero toma conta da garota e o piso começa a cair num buraco negro sugando todos os objetos do quarto, a garota se segura na porta enquanto é puxada, mas é sugada para o enorme buraco negro. Os gritos estavam mais altos e claros, eram súplicas, mas onde ela estava? Ela levanta e no instinto chama por alguém, mas sem resposta. Ela caminha perdida o cheiro forte no ar, uma espécie de carne podre com enxofre, ela tapa a boca e nariz com a camiseta e anda seguindo uma luz vermelha. Quando finalmente termina o corredor ela vê o que ninguém imagina, um grande anjo com seis asas e sua beleza descomunal, com cabelos castanhos descendo até a cintura e olhos brancos como a neve. E o olhar perverso julgando pessoas e as condenando aos mais terríveis castigos. Teresa estava imóvel diante da cena e não percebeu o monstro a agarrando por trás, quase sem tempo de reagir tudo fica escuro novamente. Quando conseguiu enxergar estava numa sala, sentada diante de uma enorme mesa coberta por um couro estranho, quando olhara para trás não havia nada estava sozinha lá.
Após alguns minutos, aquele mesmo anjo que ela viu julgando entra descendo do céu acompanhado por uma mulher, aquela era a mulher mais bonita e sensual que já vira em toda a sua vida, Teresa os olha com medo e um pouco de curiosidade. Os dois sentam em cadeiras semelhantes à dela, a mulher levanta e busca o que parece ser vinho e serve aos três em taças de ouro.

Anjo: - Olá Teresa eu sou Lúcifer e esta é Lilith. O ser faz a apresentação sorridente.

Teresa: - Espera você é o diabo? Ela diz com o todo o seu corpo arrepiando. Seu pensamento estava concentrado, mas perdido com aquela ideia horrível.

Lúcifer: - Sim esse é um dos nomes que me deram, mas fique tranquila eu não quero lhe fazer mal. Apesar da voz soar sincera ele não era o diabo.

Teresa: - Então estou no inferno? A pergunta com uma óbvia resposta foi tudo que sua mente confusa conseguiu elaborar naquele momento.

Lúcifer: - Sim este é o inferno, mas você não esta morta, lhe trouxe aqui, pois eu queria te ajudar. As palavras dele o deixará ainda mais confusa, mas sem dúvidas tinha algo relacionado ao que ela viu a pouco tempo.

Teresa: - Ajudar em que? Ela pergunta ainda com o coração batendo forte.

Lúcifer: - Bom você esta vendo coisa que ninguém mais vê, você é especial quero te fazer um proposta.

Teresa o fita sem dizer nada estava com a boca seca e bebe o que parecia ser um vinho muito doce e gelado.

Lúcifer: - Preciso que você nos ajude em troca de tudo que você quiser. Uma frase típica dos discursos cristãos que naquele momento parecia o melhor a dizer por ele.

Teresa: - Mas ajuda em que? Como era óbvio ela não sabia o que aquele ser queria com uma garota comum.

Lúcifer: - Preciso entrar em seu corpo e lutar numa guerra, prometo que ele ficara inteiro.

Teresa: - Não eu não vou ajudar você. Ela não sabia o porquê dissera aquilo sem pensar, mas sentiu ser o mais certo.

Lúcifer: - Pensa bem você pode ter tudo o que sonhar e desejar.

Teresa: - Não, você vai ferrar a terra e me deixe sair daqui agora. Mais um momento de bravura que ela no exato momento julgou ser um grande erro de sua parte.

Lúcifer sem muita paciência levanta e caminha até uma porta, a única da sala e a abre dezenas de homens machucados entram na sala, vão até Teresa que tenta fugir sem muitas chances eles a agarram e arrancam suas roupas. Ela grita enquanto um após o outro violentam seu corpo, vagina, anus são brutalmente violentados por aqueles 30 homens. Após horas Lúcifer finalmente ordena para que parasse, a garota esta sangrando e suja, com sêmen por todo o corpo e nenhuma lágrima ela o olha e diz: - Não e vá se ferrar.
Lúcifer sorri e quando e os homens se aproximam dela novamente, mas quando o primeiro a encosta tudo fica branco e toda a dor some e ela sente uma paz única, como estivesse flutuando. Abre os olhos e pula olhando ao redor, ainda estava em sua cama, olha o relógio ao lado 03h00min da manhã. Deita com o coração batendo como uma escola de samba, quando finalmente se acalma e deita olha para a janela aberta e vê a taça de ouro a mesma que bebera no inferno.

Teresa - A Juíza dos AnjosOnde histórias criam vida. Descubra agora