Capítulo LXXVII: Flechas Prateadas.
Teresa olha para sua inimiga olha seu corpo com quase uma dezena de flechas cravadas, mas levanta sua armadura cai pelo chão cheio de escombros e ela corre rápida como um raio em direção a Iemanjá. Sua inimiga dispara impiedosamente suas flechas que não acertam o alvo Teresa era muito mais rápida que elas, não acertavam nada além do ar.
Iemanjá nunca havia errado um alvo em batalha antes, pela primeira vez sentiu a tensão da incerteza, sua mente focada, mas ainda não entendendo como aquela garota ainda conseguia lutar mesmo com aquelas feridas e o sangue. Teresa finalmente chegará perto da garota que ainda parecia preocupada e o metal se choca, as espadas da juíza encontraram um arco prateado em seu caminho.
Iemanjá pula para trás e para ao lado de seu mentor que sorria ao ver a luta, ela coloca o arco no chão e fica em posição para o combate corporal, Teresa embainha as espadas e as coloca no chão. Ambas correm e os punhos se chocam, Iemanjá continua a socar com a força de uma fera faminta, enquanto Teresa se defendia como podia, os golpes eram intensos e fortes como os de um arcanjo e a cada vez que ela não acertava o alvo eles ficavam mais rápidos e mais forte até que um mesmo defendido arremessa Teresa alguns metros para trás tamanho a força e impacto.
Teresa sabia que se continuasse naquele ritmo ela não poderia vencer, estava ferida e ficar de pé custava muito de seu poder. Ela muda de posição como com as mãos abertas e o tronco firme observa Iemanjá e fecha os olhos aguardando a impiedosa inimiga que não espera e caminha em direção a sua inimiga. Como esperado ela aumenta o impacto e velocidade, com muito esforço Teresa não é lançada mais uma vez no ar e usando sua concentração e a artimanha que aprendera acerta o peito de sua inimiga duas vezes e os seus braços uma em quatro pontos cada, mas isto lhe custa um poderoso soco em seu rosto que a joga contra uma casa próxima derrubando o muro de concreto que a cercava. Iemanjá sorri e olha para Uriel que aplaudia o que parecia ser a vitória certa, mas após um momento ela sente o sangue em sua boca e a dor em seu peito e braço. Ela cai em meio aos destroços da igreja ainda tentando entender o que tinha acontecido, olhava as estrela e por um momento ela temeu a morte. Nesse exato momento sua juíza apareceu triunfante com as espadas em punho, ainda sangrando e com o rosto muito inchado.
Teresa saca sua espada branca e prepara para a execução da pequena Iemanjá, mas quando a espada já descia ela é parada a juíza desiste antes de executar aquela criança, em seu intimo sentia que isto não seria o certo, mesmo ela sendo sua inimiga e tendo um poder que poderia superar o seu.
Uriel:- Obrigado por não mata-la Teresa. O arcanjo diz já ao lado das duas.
Teresa:- Da próxima vez eu não vou segurar a minha espada.
Uriel:- Sua piedade para com ela salvou a sua vida hoje, mas como você mesma disse da próxima vez eu não segurar a minha espada.
Uriel pega a garota que ainda parecia em choque pelas feridas que deviam ser tratas e rápido ambos somem no mesmo instante. Teresa cai no chão pedregulhoso sentindo o cheiro de seu sangue e finalmente invadida pela dor e o desgaste daquele dia incessante de batalhas. Sentiu ali medo, estava totalmente vulnerável e seu qualquer inimigo por mais fraco que seja aparecesse ela morreria.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Teresa - A Juíza dos Anjos
FantasyConta a história de uma garota pobre vivendo entre os mais ricos de Ribeirão Preto e os mistérios do sobrenatural guerra entre anjos e demônios, mortes, sexo e intrigas são os ingredientes desta história.