Prólogo - Revisado

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***Nota da autora***

Esse é o prólogo só para terem um gostinho da estória, espero que gostem.O nome da principal Adaline é inglês e se pronúncia Adelaine. Outro detalhe a música cantada pela avó é um poema chamado Barca Bela do poeta português Almeida Garret, mas decidi adotá-lo para uma parte crucial da estória.

Aliás, criei um instagram literário pra falar sobre meu processo de escrita, dicas de escrita, resenha, surtos, interagir com vocês e mostrar um pouco da minha rotina, se estiverem interessados é só acessar mahescreve no instagram!

...


− Adaline! Cadê você, Adaline?— achar que ela iria esquecer da minha presença era certamente uma ilusão.

Fiquei em silêncio enquanto ouvia os passos da minha mantenedora se aproximando. Mirei o céu da tarde tentando ver as estrelas, mas o sol estava se pondo e manchava a tela azul com raios laranjas. Só mais alguns minutinhos e talvez eu conseguisse ver as estrelas pela primeira vez.

— Achei você. — A voz séria da minha avó inundou meus ouvidos. Fechei os olhos e mordi minha bochecha. Droga. — Vamos desça! Já está anoitecendo e você sabe que a noite é perigosa.

— Pelo amor de deus, vó! Essa regra de não poder ver o céu é bizarra .— implorei enquanto vovó me esperava na sacada. — Eu já tenho 13 anos, me deixe ver pelo menos a lua. — supliquei de um modo manso, esse meu tom de voz adocicado e suplicante era simplesmente nojento.

Ela se manteve firme, ereta me encarando com seus olhos azuis duros, sua expressão era séria. Estava praticamente dizendo "Não me faça subir aí, você não quer ver a ira de Jane Darling."

Bufando me levantei do telhado, me equilibrando sobre as telhas soltas enquanto caminhava no teto até a árvore gigante. A árvore milenar era gigantesca com um tronco grosso e uma copa frondosa, alta e majestosa ela crescia no quintal subindo, alcançando toda a altura da casa até o telhado onde suas folhas e galhos se dobravam. Era minha via de acesso ao topo da casa. Agarrei um dos galhos e projetei meu corpo para a árvore apoiando meus pés no tronco grosso, enquanto lançava um último olhar para o telhado e o entardecer. Então eu vi um garoto da minha idade sorrindo pra mim, ele estava flutuando. Soltei um grito aterrorizada e escorreguei, meu aperto na árvore cedeu. Senti meu corpo cair e bater nos galhos, um a um, até finalmente atingir o chão com um baque surdo. Tudo ficou preto.

...

— Pescador da Barca Bela, aonde vai pescar com ela, que é tão bela, oh pescador?— eu conseguia ouvir o canto doce, enquanto alguém acariciava a minha mão.

Abri meus olhos e pisquei algumas vezes para me acostumar com a luminosidade do quarto, minha cabeça estava latejando e meu corpo todo doía.

— O que aconteceu?— tentei dizer, mas a minha boca estava seca como o deserto fazendo com que minha voz não passasse de um sussurro.

Vovó aturdida se aproximou de mim, ela passou as mãos trêmulas pelo meu rosto enchendo-o de beijos. Tentei me levantar e a mulher se pôs ao meu lado, com a mão na base das minhas costas, para que pudesse me sentar.

—Água... — foi o que eu disse na minha cabeça, porque tudo que saiu foi um gemido incompreensível. Gesticulei, fazendo algumas mímicas apontando para a jarra de água no canto do quarto.

Ela entendeu os gestos desconexos, e correndo até a jarra enchendo um copo e levando-o até a minha boca. Bebi até a última gota do líquido fresco.

— O que aconteceu?— indaguei e dessa vez minha voz conseguiu sair, mesmo falha.

— Você caiu da árvore e por sorte a altura não era tão grande. Eu falei pra você não subir, eu sabia que era perigoso, mas você ouve a sua avó? Não! — era só o que ela precisava, uma deixa pra despejar em cima de mim o quanto eu era uma garotinha teimosa e imprudente.

— Mas vó eu nunca caio. Você sabe disso. Só perdi o equilíbrio porque...— tentava me lembrar, o porquê de ter caído e o rosto do menino sorridente que flutuava me veio a cabeça — ...porque eu vi um menino e ele estava flutuando. — procurei seus olhos, porém eles pareciam sem expressão.

Vovó estava pálida, simplesmente mudou de humor de uma hora para outra. Seu rosto delicado havia se fechado, os olhos dela vagaram pelo quarto, sem rumo por um instante e então se voltaram pra mim. Havia ódio ali. Muito ódio.

—Você não viu nada, deve ter sido a sua imaginação. — ela disse com um tom frio, se afastando subitamente da cama e caminhando até a sacada do quarto trancando-a e fechando as cortinas. — Durma um pouco.

Então vovó apagou as luzes do quarto, me lançando um último olhar temeroso antes de fechar a porta. Consegui ouvir o barulho metálico da chave no trinco. O mundo naquele quarto era escuridão e eu estava presa ali, de novo, como sempre. Deitei o corpo no colchão, ajeitando a cabeça no travesseiro e fechei os olhos.

A imagem do menino flutuando parecia tão real. Só que é impossível alguém voar como ele. É inviável. A explicação mais lógica era que tudo isso tinha sido uma obra da minha imaginação...Talvez o excesso do sol da tarde naquele telhado tenha mexido com a minha cabeça. Mesmo subindo naquela árvore desde que nasci, mesmo conhecendo todos os seus segredos, pontos fortes e fracos...

Talvez eu tivesse mesmo caído.

***Recadinho da autora***

ATUALIZAÇÃO 24\7\19- CAPÍTULO REVISADO

ATUALIZAÇÃO 16\9\20 - CAPÍTULO REVISADO E BETADO

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Espero que tenham gostado do prólogo! Obrigada por terem chegado até aqui e se decidirem optar pela continuação da leitura da história eu ficarei muito feliz. Não só muito feliz. EU VOU FICAR FELIZ PRA CARAMBA, ESSA VOU SER EU VENDO OS COMENTÁRIOS E OS LIKES DE CADA UM DE VOCÊS:

ABSJKSKDKHSEFNSEJFSDBFFJFB ---Eu sei não faz nenhum sentido certo? Isso porque cada comentário, cada voto, cada notificação me dizendo que vocês adicionaram a história na lista de leituras vai ser como um mini ataque cardíaco.

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PLEASE, DON'T HAVE MERCY ON ME! Bora se juntar pra matar a autora--Aproveitando para dizer que essa música ( Mercy-Shawn Mendes) é M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A ( assim como o boy que canta ela né ), se não ouviram, ouçam:

Muito obrigada pela audiência, a produção agradece.

Não se esqueçam de:

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Beijos Malignos,

__TheEvilQueen

Me Leve Para A Terra Do Nunca ( EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora