Me Leve Para A Terra Do Nunca ( EM REVISÃO)

Capítulo 28-Antes da Meia-Noite.

Vou dividir esse capítulo em dois porque esse aqui já ta muito grande ;) Posto o outro se deus quiser -e ele há de querer- ainda essa semana

Ando por tempo suficiente na mata para me martirizar por todos os erros que eu consegui cometer em um dia. Me martirizei por uma hora até ter o meu momento interrompido por uma dupla de crianças estridentes.

-Ela chegou! Ela chegou!-gritavam ambos Todd e Cariel aos quatro ventos com suas vozes aguda de criança.

Os dois agarraram ambas as minhas mãos e me arrastaram até a Árvore do Nunca quando fui abordado por uma Sininho furiosa.

-VOCÊ QUASE ESTRAGOU TUDO! MEU DEUS EU TE PROCUREI POR TODO LUGAR! ONDE VOCÊ ESTAVA?-indagou com os lábios espumando de raiva.

-Fui dar uma volta por aí, vocês me abandonaram o dia todo. – respondi de volta. Ela respirou fundo irritada.

-Você sabe muito bem que o Peter não dá um ponto sem nó. Pelo amor de deus Adaline! Você quase estragou tudo que ele preparou. –disse voltando a manter a calma. Se virou de costas pra mim e com as asinhas batendo rápido ela começou a se afastar cada vez mais. – Venha.-ordenou e não hesitei em segui-la para dentro da mata.

-Onde está me levando? –indaguei para a fada que voava nervosa de um lado para o outro como um beija-flor indeciso.

-Preciso te dar um banho, tá fedendo a vômito. – disse simplesmente da maneira rude de sempre. Senti falta da boa e velha Sininho.

Ela me guiou para dentro do mata escura, até chegarmos as margens de um lago grande com uma cachoeira no canto. Lagoa da Sereia. No segundo em que reconheci onde estava estremeci. A imagem de uma Piscinoe deformada me puxando cada vez mais para baixo na água volta a minha mente. Minhas mãos começam a suar, as penas vacilam, sinto o meu pulmão inteiro se contrair e começo a ofegar como se estivesse afogando.

Os gêmeos começam a chorar e se agarram nas minhas pernas me chacoalhando. Estou tão mole que eles conseguem me derrubar no chão e isso de certa forma me tira daquele estado de pânico. As duas crianças se jogam sobre mim me abraçando. No chão, abraços os dois corpinhos delicados e os puxo para mais perto de mim sem ligar para uma Sininho estridente que grita enlouquecida para que me deixem em paz.

Esfrego as mãos nos seus cabelos molhados de suor por tempo suficiente para que a minha respiração se normalize normalmente. Me sento e digo para os dois garotinhos para não se preocuparem comigo, que havia apenas me assustado com uma sombra qualquer.

-Vocês dois! Saiam de cima da Adaline e vão buscar as Antusas e convoquem as Hamadríades. – ordenou aos gêmeos que consentiram e saíram correndo em direção a floresta. Ela se virou para a Lagoa, afastou-se rapidamente e sobrevoando a água, com seu brilho reluzindo no líquido em movimento gritou- Naiáde!

- O que você está fazendo, por que ta chamando esse nome aleatório? E as sereias?-meus olhos se apertaram em direção as águas silenciosas, tenho certeza que a qualquer momento algo vai pular dali e me enforcar.

-Sereias? Por que quer saber de sereias? São só um bando de mulheres-peixe que usam da sensualidade e da voz pra atraírem os homens pra dentro da água só para comerem as entranhas. Não é a toa que cheiram tão mal. Sou uma fada, não me confunda com esses girinos. –falou grossa e rude com o tom ofendido.

-Acho que você não gosta muito de sereias né?- indaguei com um sorriso no rosto. –Eu também não.

Ela sorriu.

-Elas acham que são as donas do mundo não acham. Vaidosas , arrogantes e egocêntricas. Só porque tem o tamanho ideal e um belo par de peitos. – falou gargalhando enquanto tirava sarro e distribuía mais um tanto de bocagens .