Disappointment

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P.O.V  Allana Fox's 

Uma semana, fazia uma semana que meu pai estava em coma. Durante esses sete dias não fui a escola, porque a qualquer momento ele poderia acordar e eu queria estar lá. Jeremy sempre que possível passava no hospital, de tarde Jú e Lya ficavam comigo junto com os meninos, Justin esteve ao meu lado durante boa parte da semana e Pattie, ela sim passou todo o tempo cuidando de mim.

Pattie me informou que meu pai estava dirigindo a BMW 116 preta e que a policia suspeita de uma sabotagem no freio e no airbag, eles vieram inclusive falar comigo para saber se meu pai tinha algum inimigo ou alguém que não o queria por perto, descartei que tenha sido sabotagem, mas sim foi, e foi o maldito do Dylan.

Hoje eu tinha que ir a escola, mas depois irei direto para o hospital, combinei com Pattie de que qualquer coisa que aconteça é para ela me ligar. Peguei minhas coisas e desci, as meninas estavam me esperando, fui até a garagem antes de entrar no carro, vi a BMW 116 branca do meu pai, ele ama os carros da BMW e então quando foi comprar ficou indeciso se levava o preto ou o branco, e acabou levando os dois. Dei partida tentando afastar a angústia e o medo do meu coração.

- Amiga dá um sorriso, por favor. - Jú pediu e eu sorri desanimada, sem mostrar os dentes.

Parecia que o relógio estava andando para trás. Mais meia hora e eu estaria dentro do carro rumo ao hospital.

- Eu vou ligar para o Justin, quero saber se ele vai hoje. - peguei o celular discando o número dele, que não atendeu. - Só chama. - falei e então tentei ligar novamente, e foi para caixa postal. 

- Ele deve estar resolvendo uns esquemas no galpão. - Chris disse simples.

- É deve ser. - guardei minhas coisas e em seguida o sinal tocou.

- Eu vou com vocês. - Chris disse e eu assenti, saímos em direção ao estacionamento, Ryan estava lá a nossa espera.

- E ai pequena, como você está ? - perguntou me dando um abraço. 

- Indo. - respondi simples, logo depois entrei no carro e eles murmuraram que já iam me alcançar.

Estava dirigindo e resolvi ligar o rádio, tentei me distrair e pensar positivo, pensar vai dar tudo certo, que hoje meu pai vai acordar, mas tinha algo me incomodando. Desci do carro carro e fui de encontro com as meninas e os meninos, subimos de elevador e eu estava um pouco impaciente.

- Pattie. - a cumprimentei. - Pode ir descansar, eu vou ficar aqui. - falei, pois a dois dias ela só ia para casa tomar banho e trocar de roupa. 

- Eu não vou deixar você sozinha. - disse sem perceber que os casais estavam vindo. 

- Não estou sozinha, os pombinhos ai, vão ficar comigo. - sorri fraco. - Você já ficou muito tempo aqui, Pattie, imagino que sinta falta de um cama descente, uma comida de verdade. - ela assentiu. 

- Se precisar de alguma coisa pode me ligar. - assenti, ela me deu um abraço apertado. - Vai dar tudo certo. - disse em meu ouvido, depois se despediu de todos e caminhou até o elevador. 

Fiquei um tempo conversando com o médico que estava cuidando do meu pai e ele disse que não sabia quando meu pai iria acordar, mas que tinha esperanças de que ele ficasse bem. O médico me explicou que meu pai está em coma estrutural, por conta do traumatismo craniano, e que com o tempo pode ser que ele acorde. Todas as providencias para controlar os sinais vitais dele e prevenir infecções já foram tomadas, agora nos resta rezar e aguardar. 

Fui até o banheiro lavar as mãos e me olhei no espelho; meu rosto estava um pouco inchado meus olhos vermelhos, por eu andar sempre chorando. Assim que eu estava saindo recebi uma mensagem, não reconheci o número, como sempre. Não pude acreditar no que eu estava vendo, outra vez meu coração se despedaçou, eu não sabia se era pior ver ao vivo ou por um vídeo. 

Adrenalin And LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora