Magnus

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Tinha saído realmente irritado da casa de Alexander, ele tinha sido tão idiota que me deu nos nervos na hora. Como alguém podia ser tão cabeça dura como ele? Tinha apertado tantas vezes o botão do elevador para ele subir logo que já estava pensando na possibilidade de ir pelas escadas, se tinha alguém que conseguia me tirar do prumo num passe de mágicas, esse alguém era Alexander Lightwood. Quando por fim o elevador chegou, entrei o mais rápido de pude e voltei a apertar o botão do térreo, pelo amor esse negócio estava precisando de reparos, o mais rápido possível. Quando por fim ele se fechou pensei ter ouvido a voz dele me chamando, realmente Magnus já estava a ponto de delirar com a voz do garoto? Revirei os olhos, tinha decidido ir para casa e se dependesse de mim, antes iria dar uma saída para respirar um pouco e talvez conhecer pessoas novas.

Coloquei minhas coisas no carro e fui até uma boate que tinha na próxima esquina, se eu estava cansado? Claro que estava, estava exausto, só que minha irritação com o Lightwood me fez acordar na hora. Sabia que se fosse direto para a casa eu provavelmente não pararia de pensar no garoto, em como ele deveria estar e principalmente, em qual seria o problema que ele tinha.

Quando cheguei na boate logo a música alta invadiu meus ouvidos, fui até o barman e pedi a bebida mais forte que ele tinha. Fui até a pista de dança e lá comecei a tentar relaxar, logo senti alguém vindo atrás de mim e pegando na minha cintura, me virei ainda dançando e vi um cara um pouco mais velho do que eu, com os cabelos pretos grudados no rosto por conta do suor e instintivamente me lembrei de Alexander e sua combinação pálida de cabelos pretos e olhos azuis, afastei a lembrança de minha cabeça e voltei minha total atenção para o cara que eu nem sabia o nome. Estávamos dançando praticamente grudados, depois fomos para o canto da boate aos beijos e confesso que não estava sendo algo muito emocionante para mim. Enquanto ele estava beijando meu pescoço eu voltei a pensar no garoto de olhos azuis e mais do que na hora me afastei do cara.

-Hoje não querido. - Falei sorrindo e o empurrando, sai andando sem escutar a resposta dele, que não deveria ter sido nada legal. Voltei para o bar e pedi mais uma bebida antes de voltar para casa. Irresponsável de beber sendo que eu estava dirigindo? Claro, mais quem disse que eu já não estava acostumado com isso... Fiquei mais um tempo na boate e quando olhei para o relógio em meu pulso percebi que tinha perdido a noção da hora e já eram três da manhã e então resolvi ir em bora.

Quando cheguei em casa fui direto para meu quarto, tomei um banho e vesti um pijama verde de frio com vários abacaxis flutuando. Me joguei na cama e esperava o sono vir. Não estava funcionando muito, virei de um lado para o outro na cama, a todo o momento pensava em Alexander. Queria saber como ele estava, queria estar lá com ele, mesmo ele sendo um completo idiota eu estava preocupado. Me levantei e fui até a cozinha, logo em seguida olhei no relógio e já eram quatro horas.

-Ah santa Beyoncé o que esse garoto está fazendo comigo? - Fui até a geladeira para pegar água e ouvi alguém andando pela casa, olhei para trás e vi Raphael com um pijama tão sem graça que chegava a me dar dó dele.

-O que você está fazendo aqui? Não deveria estar de babá? - Ele me perguntou enquanto ia até a fruteira.

-Alexander é a pessoa mais ingrata que eu conheço. - Me encostei na pia e comecei a encarar Raphael enquanto o mesmo comia uma maçã. - Ás vezes eu sinto vontade de afogar ele na privada. - Raphael arqueou a sobrancelha.

-A tá! Se você está com tanta raiva dos olhinhos brilhantes, por que não sossega e vai dormir em vez de ficar pensando em sua raiva por ele?

-Estou preocupado com ele.

-Então para de fogo e vai até a casa do garoto.

-Não é tão simples Santiago. - Falei cerrando os olhos.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora