Magnus

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 Estava na cozinha com Alexander tentando o convencer que ele estava fazendo tudo errado, pois queria o ajudar e ele não deixava eu tocar em nada! Frustrante certas pessoas não quererem ajuda.

 - Shi.

 - Vai ficar horrível! - Ele olhou para trás com a sobrancelha arqueada.

 - Se ficar, é por praga sua. - Mostrei a língua para ele e peguei uma maçã.

 - Só acho que deveria aceitar ajuda.

 - E eu acho que você só deveria observar sem palpitar. - Revirei os olhos, ouvi batidinhas na porta e me levantei indo abrir. Eram os avós de Alexander e os irmão. Ambos me cumprimentaram sorrindo e entraram.

 - Que cheiro bom, o que é que você está fazendo? - Perguntou Izzy indo direto para a cozinha onde o irmão estava, estava andando atrás de todos eles e vi meu querido namorado olhando para a minha cara sorrindo.

 - Izzy o que você falou? - Ele provocou e a garota arqueou a sobrancelha para nós.

 - O que está acontecendo?

 - Meu digníssimo namorado estava me agourando até agora, vê se pode uma coisa dessas. - Revirei os olhos, ouvi a avó dele rindo e a própria foi ao seu lado na cozinha.

 - O cheiro está bom mas a aparência... - Comecei a rir.

 - Exato! Está péssima! - Falei me sentindo vitorioso por alguém ter feito o mesmo comentário que tinha feito mais cedo, quando ele decidira fazer uma torta e estava preparando um recheio que disse ser de frango, mas não estava com uma aparência tão boa para tal. Alexander se virou para me encarar e revirou os olhos. Seu avô que tinha se sentado numa banqueta ao meu lado começou a rir.

 - Ele é bem parecido com a mãe quando era mais nova. - Comentou enquanto ele e a avó estavam discutindo sobre a comida, Max estava no meu colo e Isabelle já tinha ido para a sala, então eu e o pequeno olhamos para o senhor ao meu lado, estava até um pouco perplexo com a comparação porque tirando a aparência, Alexander e Maryse parecidos?... Ele olhou para a gente. - Não estou ficando louco, ela era assim, cheia de vivacidade quando mais nova. - Ele parecia pensativo.

 - E o que aconteceu? - Ele deu de ombros.

 - A adolescência passou, veio a faculdade e ela foi morar fora por um tempo, depois, quando voltou era uma pessoa totalmente diferente, mais distante de nós. - Ele suspirou. - Confesso ter ficado com medo de que com Alexander acontecesse o mesmo, não só eu mas, minha mulher também. - Assenti.

 - E foi na faculdade que mamãe conheceu papai? - O senhor ao meu lado assentiu.

 - Foi sim e confesso que ela tinha um brilho no olhar quando o avistava que era diferente de tudo que já tínhamos visto, quando o conhecemos...

 - Confesso que até eu me apaixonava. - Ele olhou para a mulher com a sobrancelha arqueada e ela piscou para o próprio sorrindo. Rimos do comentário da avó de Alexander e depois seu avô voltou a falar conosco.

 - Foi diferente a vermos daquela forma, só que com a gente ela continuava bem distante.. Na verdade tirando os olhares que ela dava para Robert, não tínhamos nenhum outro resquício daquela menina doce que criamos. - Ele deu de ombros um pouco entristecido. - A não ser quando Alec chegou... - Nesse momento mordi o interior da boca, estava conseguindo imaginar uma Maryse mais doce, mais parecida com meu menino e depois de uma hora para a outra tudo isso mudando e ela guardando e não demonstrando tanto seus sentimentos, até que veio uma gravidez e Alexander... - Ah, ela ficou tão entusiasmada, foi como se a nossa garotinha retornasse a vida, aquela menina doce e alegre voltou e nós podíamos ver isso irradiando nela.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora