Magnus

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Alexander estava no meu colo tristonho depois da visitinha à cobra de sua mãe. Nem a conhecia, mais já a odiava por fazer meu garoto chorar.

-Então, eu nunca cheguei e contei nada para o meu pai e para a minha madrasta. Eu simplesmente cheguei em casa com um garoto e o apresentei como meu namoradinho. - Sorri com a lembrança. - Eles ficaram um pouco pasmos, até que tio Fell amenizou toda a situação porque ele já era assumido e então, eles ficaram bem... de boas, depois de um tempinho claro. Demorou um pouco mais para a minha madrasta se acostumar com a ideia do que para o meu pai, ele falou que desconfiava desde que eu era mais novo - Dei de ombros sorrindo. - O que posso fazer se desde pequeno lacro?! - Ouvi uma risada fraca de Alexander e já me senti um pouco mais feliz. Não queria vê-lo assim, por causa de sua mãe.

-Eu era bem quieto na infância, era pior que Max para me enturmar com as crianças da minha idade, desde cedo preferia ficar na biblioteca de meu pai. - Estava passando a mão pelos cabelos do Lightwood enquanto ele falava, seu cheiro me inundava e o fato de estar ali, tentando o fazer se sentir melhor, sendo um tipo de porto seguro para ele me fazia explodir de felicidade e se não fosse pela situação a qual nos encontrávamos, na qual ele estava eu provavelmente já o teria agarrado.

-Isso já era de se imaginar... - Ele me deu um tapa de brincadeira na coxa e eu ri.

-Quem me ajudou foi minha irmã, ela é super ativa, não para nunca, ama fazer amizades, em qualquer lugar que vai as pessoas gostam dela... - Ele estava sorrindo enquanto falava da irmã. - Você e Isabelle se dariam muito bem, ela também ama festas e ainda mais, moda.

-Gostei dela! - Ele parecia ter se esquecido por um momento de sua mãe enquanto conversava comigo sobre sua irmã. - E também do seu irmão.

-Ele provavelmente vai falar de você durante uns par de dias em casa. Isabelle irá ligar curiosa e querer saber nos mínimos detalhes, quem é você e o que nós somos. - O que nós somos? O que nós éramos? Amigos, apenas isso... Magnus Bane estava na friendzone. Ri.

-E ai você vai contar para ela a história da nossa linda amizade, com você sendo extremamente teimoso e irritante comigo. - Ele olhou para mim e revirou os olhos.

-Talvez conte que você é uma pessoa pura, de alma boa que resolveu me ajudar depois de um acidente. - Sorri e ele também, depois o próprio voltou a deitar e ficamos daquele jeito por um tempo. - Seus amigos não devem estar muito felizes com você tanto tempo comigo. - Ele falou do nada, tinha pensado que já dormira mas estava enganado.

-Eles nem vão notar minha falta.

-Mentira.

-Talvez.

-Por que decidiu me ajudar? Por que de todas as pessoas, Raphael ligou para você?

-Por que dessas perguntas agora?

-Curiosidade.

-Bem, há a remota possibilidade de eu ter falado algumas vezes sobre você em casa. Mas é só uma possibilidade. - O vi corar e sorri.

-P-por que você falaria de mim?

-Está envergonhado? - Ele permaneceu calado mais vi que seus olhos ainda estavam abertos. Coloquei uma das mãos em sua cintura e comecei a mexer fazendo cosquinha e ele começou a se revirar rindo.

-P-para...Magnus... - Já falei o quanto amava quando Alexander ria? Ria de verdade?

-Me responda, por que você fica envergonhado constantemente? - Parei e voltei a fazer cafuné nele.

-Porque, porque...Oras, porque eu fico. - Comecei a rir.

-Você está se enrolando para falar, um sinal de nervosismo.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora