Já era véspera de natal, a casa estava lotada, a família inteirinha tinha vindo para cá. Alexander minha avó, mãe e tias estavam na cozinha já fazendo os preparativos para a ceia, todos sorridentes e totalmente animados para a noite.
- Magnus? - Olhei para meu pai.
- Hum?
- Você não está prestando a atenção no que está fazendo.
- Deu para perceber? - Ele riu revirando os olhos. Estávamos preparando os presentes das crianças, era tipo um jogo que fazíamos todo o ano os escondendo pela casa.
- O laço está ao contrário. - Olhei para o pacote em minha frente.
- Opa. - Desfiz o laço cor de rosa e comecei a fazer novamente. - Pai, já percebeu que a cada ano o número de presentes estão diminuindo? - Olhei para meu pai. - Não tem mais tantas crianças como antes e eles são mais chatos do que me lembrava. - Reclamei.
- Ah, com o tempo muita coisa mudou. Também sinto falta da época de vocês, parecia que aproveitavam mais os jogos e toda a diversão. - Suspirei pegando outro pacote. - Todos gostaram muito dele. - Levantei a cabeça e olhei para a cozinha em direção a Alexander que estava rindo de algo que minha avó tinha dito.
- E tinha como não gostarem? - Meu pai riu.
- Onde está o presente da Luce? - Olhei ao redor pelo chão.
- Você não embrulhou? - Ele negou.
- Ah, e se só dermos dicas de onde eles estão, sem falar qual dica é para quem e o presente que cada um achar será o seu?
- Duvido que Luce gostaria de ganhar algo que não seja rosa e muito diferente de uma boneca?
- Vamos lá pai, depois eles podem fazer trocas. Garanto que será bem divertida a cara deles.
- Não sei não, eles não vão gostar nenhum pouco disso. Capaz de ficarem de cara amarrada até o fim da festa.
- Eles precisam aprender a se enturmar mais, entrar nas brincadeiras. Lembra de quando vocês me deram um carrinho? Não reclamei, ainda fiquei todo feliz pela casa pensando em como poderia enfeitar ele. - Ainda parecia não o ter convencido. - Ah e se lembra quando a Sara ganhou uma fita rosa? Ela queria uma fita da banda preferida e vocês deram literalmente uma fita para ela, ela não ficou emburrada, ainda ficamos brincando!!
- Filho era diferente.
- Tudo bem, eu sei que eram outros tempos mas agora tudo está tão sem graça. Eles não aguentam um só não como resposta... Não que eu seja contra mimar as crianças porque as adoro mas, estão se comportando como um bando de velhos rabugentos! É frustrante!
- O que é frustrante? - Olhei para trás e minha mãe vinha sorrindo em nossa direção.
- Seu filho está reclamando das crianças. - Respondeu meu pai enquanto continuava embrulhando mais um dos presentes.
- Por que querido? - Ela estava me encarando.
- Porque elas vivem por trás dos celulares e não tem o bom e velho senso de humor. - Diana se sentou no sofá em que estava encostado e começou a passar a mão em meu cabelo.
- Tenho que dar razão a ele.
- Eu sei, só que os tempos são outros...
- Querido isso não significa que as crianças tenham que necessariamente ficar rabugentas!
- Mas querida, você mais do que ninguém tem que entendê-las.
- Ah claro que não, não estamos falando sobre elas e pedindo a opinião da mamãe como psicóloga. - Falei e meu pai suspirou.
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Os opostos realmente se atraem? (Malec)
FanficAlexander Lightwood um garoto responsável que não curte muito festas e que no momento está focado em sua vida acadêmica, não querendo se envolver com ninguém pelo fato de poder perder seu foco, algo que seu pai Robert não aprovaria e ele não queria...