Os opostos realmente se atraem? (Malec)

Magnus

Estava nos braços de Alexander Ligthwood e dessa vez, diferente das outras, ele se entregou verdadeiramente, sem medo. Eu estava realmente com ele.

Senti assim que nossas bocas se selaram que eu pertencia de alguma forma louca à ele e sabia também que a partir desse momento algo começaria a se desenrolar entre nós... Estava totalmente imerso e ciente de cada toque dele em meu corpo, em cada movimento que nossas línguas travavam uma explorando a boca do outro e inda mais em seu coração, estávamos tão colados que eu conseguia o sentir acelerado.

Nos separamos em busca do maldito ar, abri os olhos e Alexander também. Será que ele finalmente seria meu? Meu melhor amigo? Parceiro? Namorado? Marido?... Várias perguntas a serem resolvidas só que a única coisa que consegui fazer foi sorrir, explodia de tanta felicidade, ele tinha tomado a iniciativa do beijo e dessa vez ele nem pensou em me empurrar para longe. Suas mãos estavam pousadas na base de minhas costas ainda me pressionando contra ele, eu estava com os braços em volta de seu pescoço , estava com o meu coração também acelerado. Tudo o que tinha planejado estava dando mais do que certo, via um brilho nos olhos de Alexander que fazia com que meu coração ficasse cada vez mais acelerado e todo meu corpo e mente pedisse por ele.

-Você não tem noção de como queria isso. - Falei um pouco baixo ainda enquanto o encarava, Alexander se aproximou mais um pouco e me deu um selinho demorado, logo em seguida beijou o canto da minha boca. - Vamos sair daqui? - Estava falando com a voz um pouco abafada. Ele parou com os beijos, pegou minha mão e me levou para fora do boticário. Tranquei o lugar e fui com Alexander para seu carro.

- Minha Família está em casa - Ele olhou para mim e depois sorriu. - Mas, você já deve saber disso porque Isabelle deve ter falado. - Assenti com um sorriso ainda maior.

- Vamos para a minha casa. - Mordi o lábio inferir, será que Alexander estava consciente do que ele estava prestes a fazer? Ou isso não passava de um mero sonho?

Minhas emoções estavam no total controle porque minha razão estava sem condições, estava eufórico, totalmente eufórico por Alexander estar ali, agora, indo para a minha casa por ele mesmo querer. Durante toda a nossa conversa na estufa ele não negou sua paixão por mim e fiquei totalmente feliz, mais do que feliz... Estava abobado por poder tê-lo, mesmo que não durasse mais do que um dia, eu aproveitaria cada momento, cada toque, cada palavra, cada olhar, cada coisa que ele fizesse hoje. Me deliciaria em poder tê-lo mesmo que fosse por apenas uma noite.

Estávamos parados no sinal vermelho, estava tão agitado que nem tinha prestado a atenção em Alexander que não parava de me olhar com o canto dos olhos. Senti um aperto no peito, ele tinha se mantido calado ao longo do caminho e achei que tinha algo de errado.

- Você está arrependido? - Perguntei temendo por sua resposta, tive uma breve sensação de aperto.

- Não.

- Mas cogitou a ideia. - Olhei para ele que estava encarando o trânsito em nossa frente. Alexander ficou em silêncio e senti meus olhos queimando com as lágrimas que estavam querendo rolar. Quando o santo é bom a gente desconfia, claro que as coisas não podiam ser tão perfeitas do nada, se eu realmente prestasse a atenção o bastante nele, teria desconfiado desde o começo porque ele nunca teria aceitado tudo o que aconteceu no boticário. Alexander era um cara responsável a faculdade e família eram as coisas mais importantes para ele e... Eu não me encaixava em nenhum desses dois grupos. meu peito apertou um pouco mais, fiquei extremamente triste com o acontecido e perdido em um turbilhão de pensamentos.

Assim que ele estacionou o carro desci o mais rápido que pude indo em direção à porta, não estava aguentando mais segurar as lágrimas, como pude ter sido tão burro? Não estava conseguindo abrir a porta por causa de minha visão embaçada e o que mais queria era estar em meu quarto e ficar ali, sozinho.