Magnus

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Estava com Alexander em sua cama, depois de horas de sofrimento, regadas de mal entendidos e inseguranças nós finalmente nos acertamos... Estava deitado sobre seu peito enquanto sentia seus dedos deslizando pelas minhas costas nua.

- Como foi com seus pais? - Sua voz estava rouca e soava baixa aos meus ouvidos.

- Foi animado como sempre, percebi que estava morrendo de saudades deles, lá é aconchegante e tem uma energia tão boa... Ás vezes sinto vontade de voltar atrás e fazer uma faculdade perto deles.

- Agora não vale mais a pena, talvez quando você se formar pode escolher fazer residência perto deles. - Assenti.

- Estava pensando nisso. - Ficamos em silêncio, fiquei prestando a atenção em sua respiração lenta e em seu peito que subia e descia calmamente acompanhando seu ritmo tranquilo.

- Minha mãe não parece estar bem. - Olhei para ele, o próprio estava encarando o teto com uma das mãos atrás de sua cabeça. - E eu não faço ideia de como poderia ajudá-la.

- Quando você a viu pela última vez?

- Nesse mês antes do meu pai ir embora, levei Max até ela e quando a vi parecia fraca, seus reflexos estavam lentos, ela estava pálida e achei isso muito estranho. Perguntei para meu irmão se ele tinha notado algo de diferente e ele falou que ela estava tomando vários remédios de uma só vez.

- Tem várias doenças que apresentam sintomas como esses.

- Eu sei e não estou pedindo uma opinião médica mas sim o informando como namorado. - Fiquei em silêncio apoiando meu queixo em minha mão enquanto o encarava. - Sabia que é falta de educação encarar tanto?

- Você é colírio para os meus olhos Alexander. - Ele sorriu ainda sem olhar para mim, não percebi se ele enrubesceu por conta da luz amena da lua que invadia o quarto.

- Não acredito que você voltou.

- Nunca o deixaria. - Voltei a me deitar sobre seu peito nu.

- Se eu fosse você eu não voltaria.

- Eu sei que não, você é orgulhoso o suficiente para tal ato.

- E isso é ruim?

- Não é bom. - Falei dando de ombros, ele repousou a mão em minha cintura.

- Iria atrás de você, só estava precisando pensar com calma, não sabia ainda o que diria, de qual forma pediria desculpas... - Sorri ao saber disso.

- Clary vai ser a madrinha do casamento! - Ele começou a rir.

- Não fale uma coisa dessas perto de Isabelle, ela iria começar a planejar desde já.

- E como ela está?

- Saindo direto com Simon, Clary e Jace, ela nem está parando em casa direito.

- Já está sentindo falta de Sara pela casa? - Perguntei enquanto passava os dedos pelo seu abdômen fazendo desenhos imaginários.

- Ah talvez... - Arqueei a sobrancelha e dei uma mordida relativamente forte em sua barriga. Ele se contraiu e logo em seguida começou a rir. - Nenhum pouco, prefiro quando não estão aqui. A não ser meus irmãos.

- E como foram os dias com seu pai?

- No fim, não duvido que ele estaria a ponto de ter um ataque comigo. - Me ajeitei indo mais para a cima da cama de modo que meu rosto ficasse na direção do dele.

- Por quê?

- Clary veio aqui alguns dias antes de eles irem embora, estava numa conversa animada com meu pai durante o jantar e de uma hora para a outra ela praticamente o desafiou por minha causa, não sei o que ele falou mas a ruivinha começou a falar um monte sobre mim para ele e sobre o trabalho que vou ter que apresentar. Ah e essa nem é a pior parte, ela o convidou para aparecer no dia da apresentação e falou para me fazer perguntas para "apreciar" minha capacidade. - Fiquei boquiaberto, não estava sabendo o que falar, Clarissa dessa vez tinha me surpreendido. Robert não era um homem com uma aparência acolhedora. Ele suspirou. - Eu sei, um completo desastre.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora