Magnus

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Quando cheguei em casa após as aulas fui direto para o banho, tinha uma festa a organizar e queria que ela saísse perfeita, principalmente porque era a primeira do ano e porque estava inspirado. Fazia tempo em que não tinha uma conversa longa e duradoura com Alexander e isso estava me dando nos nervos então, para ocupar um pouco mais minha cabeça, além de estudar feito uma mula eu também resolvi me jogar nos preparativos de uma festa.

-Bane? Bane?

-Estou no banho! - Gritei e logo em seguida Fell entrou no banheiro. - Ei, e a privacidade? Onde fica?

-Por que raios tem um gato na minha cama?- Sorri do outro lado do box.

-Gostou? Ele é nosso mascote!

-E quem decidiu isso?

-Eu.

-Só você? Sem o consentimento dos outros?

-Ei, minha opinião sobre ter um mascote conta mais do que a dos outros. Vocês são sem graça demais para deixar eu ter um pet então, sem que ninguém colocasse pitaco na minha decisão eu apenas o trouxe para casa.

-Magnus os outros vão te matar e eu vou dar o maior apoio nessa decisão. - Revirei os olhos, ele falava igual a minha mãe.

-Ah vai arrumar o que fazer Fell e me deixa tomar banho em paz! - Ouvi a porta fechando e fiquei aliviado, em três únicos momentos as pessoas não podiam de forma alguma me atrapalhar: quando estava no banho, quando estava estudando e, quando estava com Alexander. Regrinhas básicas para a convivência comigo.


Estava no quarto com presidente miau em meu colo enquanto lia um livro de um médico brasileiro, ouvi batidinhas na porta e quando olhei vi Raphael.

-Me diga que não veio reclamar do nosso mascote. - Ele sorriu pulando na minha cama.

-Por Dios, é claro que não! Qual o nome dele? Ele é tão fofinho e pequeno... - Ele começou a passar a mão no gato.

-Presidente miau. - Ele arqueou a sobrancelha para mim. - O gato é meu e eu escolho o nome que eu quiser! - Raphael revirou os olhos e começou a brincar com o gato.

-Seu outro gato não virá à festa. - Joguei o livro para o lado.

-Como?

-Ele vai ficar em casa estudando e fazendo um trabalho. - Revirei os olhos, era óbvio que ele não viria, Alexander não gostava de festas. Dei de ombros.

-Fazer o que né?

-Ele é todo aplicado em seus deveres, da até inveja, queria ser tão focado quanto ele.

-Realmente, tenho que concordar com você. Alexander é muito focado, só que assim ele acaba se esquecendo de sua vida social.

-Nossa, se tivesse aqueles olhos claros, meu amor, eu nunca que quietaria a raba! - Comecei a rir.

-Deixe só Ragnor ouvir uma coisa dessas.

-Falando em Ragnor, sua madrasta ligou.

-Você sabe que eu chamo ela de mãe, pode falar mãe e não madrasta. - Ele se sentou na cama para me encarar.

-Eu não sei, vai que você se sente desconfortável.

-Relaxa, então, o que ela queria?

-Saber quando você e Fell vão visitá-los.

-Ah! Preciso organizar uma viagem para nós três! - Falei sorridente.

-Na verdade, eu iria para a Espanha visitar alguns parentes nesse verão.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora