Magnus

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 - Alec você por... Ah, não precisa querido pode deixar. - Estava descendo as escadas ainda de pijama e com um roupão listrado de frio por cima. Quando acordei Alexander não estava mais na cama, como o de costume porque nunca acordava mais cedo que ele e então decidi descer.

 - Imagina, pode deixar que eu faço isso.

 - Você é visita.

 - Ah por favor... - Ouvi minha mãe suspirando, me encostei no batente da porta para os observar e ela estava sorrindo para ele que lavava a louça. - Então, respondendo sua pergunta: eu com absoluta certeza já gostava de Magnus antes de tudo aquilo, só estava negando a mim mesmo.

 - E por quê?

 - Algumas inseguranças, a maioria relacionada a família. - Estranhei, era difícil ele falar tão abertamente com alguém, encostei a cabeça no batente da porta ainda os observando e ouvindo a conversa alheia, enquanto ambos estavam de costas para mim. Se isso era uma coisa bonita de se fazer? Claro que não só que não contive a vontade de continuar os ouvindo.

 - Ah.

 - É perceptível o quão maravilhosos vocês foram e são com ele. Os admiro por isso.

 - Sabe, acho que todas as famílias deveriam apoiar seus entes queridos. - O vi dando de ombros.

 - É mais complicado para algumas pessoas mas, concordo com você, de certa forma a família é algum tipo de porto seguro para muitos.

 - Com você era assim? - O vi negando com um aceno.

 - Já foi, hoje não é mais. - Resolvi acabar com a conversa, me deu a impressão de estar ficando um pouquinho mais tensa e essa semana só havia espaço para alegria, nada de tumulto e mágoas do passado... Bem, pelo menos não agora.

 - Bom dia meus amores! - Ambos olharam para trás e sorriram assim que me viram, fui até minha mãe e dei um beijo em sua bochecha e em Alexander fiz o mesmo, só porque ele não se virou para que pudesse beijar sua boca, injusto na minha opinião.

 - Querido, eu acho que você está um pouco perdido no quesito horário. - Olhei para o relógio na parede.

 - Ainda está cedo! - Reclamei, nem tinha se passado das duas da tarde.

 - Não consigo entender como você dorme tanto Mag!

 - Então somos dois. - Comentou Alexander e eu revirei os olhos, complô contra mim.

 - Agora, onde está papai?

 - Sua avó pediu para que ele fosse os buscar. - Arqueei a sobrancelha.

 - Oi?

 - Não reclama. - Olhei para Alexander quando ele se virou enxugando as mãos no guardanapo.

 - Ele será o único que vai reclamar. - Peguei uma maçã na fruteira. 

 - Não se assuste, ele está exagerando, como sempre. - Comecei a rir.

 - Ah, vai me falar que você adorou conhecer a vovó?

 - Gostei. - Estreitei os olhos.

 - Você está mentindo! - Comecei a rir e ela também se entregando.

 - Tudo bem, mas Alec não se preocupe, ela irá gostar de você.

 - Você não pode ter certeza disso mãe.

 - Pare de o assustar! - Ela reclamou.

 - Como foi a conhecer? - Alexander perguntou para minha mãe, agora, todos já estávamos sentados ao redor do balcão da cozinha, meu namorado estava ao meu lado e minha mãe em nossa frente.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora