Magnus

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 Se eu tinha um pressentimento que a ideia de Alexander não iria dar certo? Claro que eu tinha, estava começando a achar que meu menino estava bebendo algumas das coisas que levei para a casa, só poderia ser muito álcool naquele organismo para ele ter tido aquela ideia absurda de eu ser amigo de Maryse sem contar a ela sobre nós. 

 Estava a caminho do hospital e morrendo de medo, ainda não sabia se tinha consentido a ideia de Alexander, Maryse me esfolaria vivo quando descobrisse... Droga! 

  Cheguei e fui até o quarto em que sabia que ela ficava, liguei para Lily e ela falou que a mulher ficaria alguns dias no hospital, tanto por causa dos diversos exames que estavam fazendo quanto pelo número de plaquetas que não aumentava de forma alguma e também pelos remédios que não estavam adiantando. Fui até seu quarto e a ouvi reclamando, assim que entrei vi quando Jace fazia careta enquanto tentava achar sua veia.

 - Pelo amor dos Deuses mulher, você não está tornando as coisas mais fáceis.

 - Olha jovem, você deveria estar acostumado a fazer isso.  Não tenho culpa se não faz bem seu trabalho. - Essa mulher com absoluta certeza acabaria comigo assim que descobrisse o que estava prestes a começar omitir.

 - Com licença... - Os dois olharam para mim.

 - Ah graças a Deus. - Falou Maryse e  Jace revirou os olhos.

 - Horário de almoço... - Arqueei a sobrancelha, ainda era de manhã! Ele saiu do quarto encostando a porta atrás de si.

 - Acho que não se deram tão bem. - Comentei indo até o lado da cama da paciente.

 - Não gosto de pessoas como ele. - Comecei a preparar uma nova agulha para a bolsa de plaquetas que pediram para colocar como uma última tentativa.

 - Ele é meu amigo. - Resmunguei.

 - E eu a paciente. - Arqueei a sobrancelha. - O que quero dizer é: gosto de profissionais capacitados, e ele, não é o caso.

 - Todos estamos aqui para aprender, nem eu sou.

 - Á controvérsias... - Vamos lá né miga, criar um pouco mais de amizade faz bem.

 - Estou começando a achar que a senhora está dando em cima de mim. - Maryse revirou os olho mas não me xingou, um bom começo. Dei um leve sorriso, e encontrei sua veia.

 Ficamos em silêncio, fiz mais algumas anotações e depois deixei a mulher sozinha lendo. O hospital estava tranquilo, não sabia como me sentia com isso, talvez... Talvez aliviado pelo fato de conseguir ficar mais em cima de Maryse do que deveria.

 - Magnus? - Olhei para trás e doutor Collins vinha com a filha em minha direção. Comecei a repassar tudo o que tinha feito durante o tempo em que estava aqui, acho que nada de ruim...

 - Sim?

 - Quero lhe dar os parabéns. - Arqueei a sobrancelha e eles sorriram. - Fizemos mais exames na senhora Lightwood, realmente não tínhamos tido a sensibilidade o suficiente para lidar com a paciente e ainda mais, observá-la. - Mal sabe ele que estava em cima dela feito um gavião por motivos particulares. - Então, estamos aguardando o resultado dos exames e queria lhe informar, Maryse vai ficar mais tempo do que esperávamos no hospital, as coisas estão... Se complicando.

 - Ainda não se tem ideia do que ela tem? - Ambos negaram.

 - Seu estado está se agravando aos poucos, esperamos que os resultados revelem algo a mais. - Assenti, estava prestes a voltar na direção da salinha dos estagiários e residentes.

 - Ah, Magnus? - Parei e me virei novamente. - Você poderia fazer companhia para ela? Não temos o número de nenhum familiar e, parece que você é o único que consegue se dar com ela. - Assenti.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora