Alec

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 Assim que vi meu irmão no aeroporto corri até ele, quando me aproximei percebi que seus olhinhos estavam vermelhos e ele estava claramente tenso. Se tinha uma coisa que odiava, era ver qualquer um dos meus irmãos dessa forma, independentemente de estar ou não bravo com eles. Abracei Max e ficamos por um tempo juntos até que novas lágrimas começaram a sair dos seus olhinhos e depois, finalmente elas cessaram.

 - Não se preocupe, Maryse está bem. - Eu realmente não sabia se estava certo ou não, fazia tempo que não tinha notícias de Maryse mas, queria tranquilizar meu irmão então, menti, ou melhor, omiti a verdade.

 - Mas, Izzy disse que...

 - Não de ouvidos a ela. - Me afastei com as mãos nos ombros de Max para poder o encarar enquanto falava e ele assentiu. - Agora, vamos vê-la?

 - Aham.


 Já estávamos em frente ao quarto de Maryse no hospital, não tínhamos nem passado em casa para deixar as malas por opção de meu irmão, olhei para Max que estava claramente ansioso ao meu lado e me abaixei.

 - Olha, eu preciso conversar com os médicos sobre Maryse, então, que tal você entrar e ficar com ela enquanto isso? - Estava evitando ao máximo entrar no quarto e encarar a mulher.

 - Ah mas quero que você vá junto. - Ele fez manha..

 - Max, eu realmente preciso ir conversar com os médicos. - Ele bufou e assentiu.

  - Tudo bem.

 - Eu volto logo.

 Abri a porta para que ele entrasse, assim que ele sumiu dentro do quarto eu fechei a porta de volta e fui procurar um dos médicos. Enquanto andava pelo hospital me lembrei das meninas, Magnus e eu não tínhamos voltado a visitar ambas, apesar de que fazia menos de um dia que tínhamos chego em Stanford.

 Pedi informações para algumas enfermeiras e depois fui de encontro ao médico. Assim que o vi, ele não fez uma das melhores caras e senti arrepios.

 - Ah Alexander, pensei que não o veria mais por aqui.

  -Não posso deixá-la. - Comentei e ele assentiu.

 - Podemos ir até minha sala? - Assenti e comecei a o seguir pelos corredores do lugar. Quando entramos, ele pediu para que me sentasse, fui até uma cadeira em frente a sua mesa e confesso que minha mão começou a soar pelo nervosismo. - Então, o organismo dela demorou um pouco mais para aceitar os novos medicamentos. - Assenti para que ele continuasse. - E agora, as alucinações estão tendo um peso maior do que o normal... - Ele falava com cuidado, arqueei a sobrancelha.

 - E? - Ele suspirou.

 - Achamos que ela precisa passar mais tempo com a família, está confundindo suas lembranças do passado com as do presente.  Ela não corre um risco grave, essas alucinações são momentâneas mas, mesmo assim eu e mais alguns médicos, achamos que pode ajudar a ela se acostumar com tudo se voltar a viver com a própria família. Claro que irão ter as medicações que vou mandar para que o tratamento dela não pare, mas, se ela continuar aqui sozinha, com tudo isso... - Ele suspirou, sabia a que ponto queria chegar. 

 - E quando o senhor acha melhor a levarmos?

 - O quanto antes. - Assenti, se eu estava perdido? Claro que estava!

 - Claro e-eu... E-eu... Preciso me organizar, conversar com meus avós e...

 - Ah claro, sim, você tem todo o tempo do mundo.  Só queria conversar com você sobre nossa sugestão, estávamos pensando seriamente sobre isso e queríamos saber se a família concorda. Queremos que ela tenha  a recuperação mais rápida possível e achamos que assim as coisas podem ser melhores. - Assenti, ainda estava embabacado com a ideia.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora