Alec

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 Havia acabado de sair do escritório com vários papéis em mãos, as coisas estavam indo bem, o escritório estava crescendo e os Lightwood, estavam com cada vez mais trabalhos em mãos.  Meu celular começou a tocar no bolço, segurei as pastas contra meu peito com a mão esquerda e com um pouco de dificuldade enquanto andava, peguei o celular no bolço da calça. Vi na tela do celular a foto de Magnus e sorri.

 - Doutor Bane? A que devo a honra?

 - Já disse o quanto é sexy quando você me chama de doutor? - Sorri quando percebi que ele abaixou o tom de voz.

 - Eu sou sexy de qualquer jeito querido, impossível não ficar.

 - E Alexander Lightwood - Bane ataca novamente. Acho que meu nome fez mal a sua pessoa.

 - Péssimas influências. - Ri enquanto andava em direção ao meu carro no estacionamento, ele era o único no subsolo, prendi o celular entre meu rosto e meu ombro e peguei as chaves do carro, para abri-lo.

 - Você já está vindo para casa?

 - Aham, estou a caminho.

 - Acabei de ouvir você abrindo o carro.

 - Tudo bem, talvez eu demore uns minutinhos.

 -  O que aconteceu com meu anjinho que nunca atrasava?  - Abri a porta de trás do carro e coloquei as pastas em cima do banco, livrando minha mão e pegando o telefone.

 - Eu não atrasei, falei que chegaria antes das oito

 - Desculpa... - Comecei a rir.

 - Apenas verdades.

 - Você é um idiota Alexander.

 - Seu idiota.

 - Toma cuidado ok?

 - Pode deixar, sou um bom motorista. - Ouvi Magnus rir do outro lado da linha, uma risada da qual eu nunca enjoaria na minha vida, leve e doce. - Eu te amo. Nos vemos daqui a pouco.

 - Eu também te amo. - Encerramos a ligação e montei no carro.

 Já haviam se passado dois anos desde que eu e Magnus havíamos nos casado e adotado Gabriella, um processo que diga-se de passagem, foi muito mais rápido e fácil do que  o comum. Não tivemos que passar por nenhuma longa lista de espera para a adoção, como ela era a única criança daquela ilha e que a um bom tempo não havia tido contato nem com pai e mãe, os juízes acharam melhor não prolongar mais a demora para que ela encontrasse um lar e em apenas uma audiência, que foi convocada assim que voltamos de viajem a guarda dela foi dada a mim e meu marido. E meus pais cuidaram de tudo, para que saísse na mais perfeita ordem e para que conseguíssemos a guarda da garotinha, sem mais delongas. O que por sinal, me emocionou muito, sem contar no apego dos dois com Gab assim que chegamos. Tinha construído uma família maravilhosa em menos de três anos, que me transbordava de coisas boas e é claro, não me arrependi nenhum segundo de nada do que me aconteceu.

 O celular tocou e pelo rádio do carro eu atendi.

 - Até que enfim. - Reconheci a voz de minha mãe.

 - Aconteceu alguma coisa?

 - Aconteceu sim, quando vocês vão trazer Gab aqui? Já fazem dias.

 - Você jura que me ligou para isso?

 - Aham.

 - Mãe!

  - Não me venha com essa de mãe! Você sabe que gostamos quando vocês trazem ela aqui e ela também gosta.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora